domingo, 25 de dezembro de 2016

MUDAR DE VIDA



          Estamos fugindo de responsabilidades e buscando refúgio no nosso corpo, na comida, na bebida, na roupa, na tecnologia. Mas nunca preenche e ficamos constantemente inquietos, impacientes e insatisfeitos. Nos tornando assim, coisas, seres descartáveis. Não queremos mais ser pais, mães, filhos, colegas e amigos. Esperamos sempre que o outro faça e não movemos um dedo para ajudá-lo. E se não há ajuda dificilmente se conseguirá vencer as dificuldades da vida.


            Mas estamos fracos e doentes pela violência, corrupção, morte, carência, pornografia, desemprego e solidão. Precisamos de uma força sobrenatural para suportamos estes obstáculos. Jesus aparece como opção na sua pobreza, humildade e desapego. Agora, temos que acolhê-lo todos os dias do ano e fazer a proposta de mudar de vida. Mudar pensamentos, estilos e atitudes. Os valores mundanos são vazios e vem nos deixando mortos vivos, deixando tudo sem sabor. Acolha Jesus no seu coração e Ele vai fazer milagres em sua vida!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

UM OLHAR QUE CURA: TERAPIA DAS DOENÇAS ESPIRITUAIS



AZEVEDO JR, Paulo Ricardo Azevedo. Um olhar que cura: terapia das doenças espirituais. 15 ed. São Paulo: Editora Canção Nova, 2014. 160pg.

            O ser humano não é uma doença, mas está doente. O amor desordenado por si mesmo (filáucia), coloca o ser humano numa busca desenfreada pela satisfação dos sentidos do corpo. O problema é que o desejo nunca é saciado, consegue-se apenas a própria destruição.

1 – O QUE SÃO AS DOENÇAS ESPIRITUAIS E QUAIS SEUS TIPOS?

Os Santos Padres definiram esse amor desordenado de Si contra Si mesmo em doenças espirituais. No total são oito: Gula, luxúria, avareza, tristeza, ira, acídia, vaidade e soberba. No Ocidente conhecemos como os sete pecados capitais (São Gregório Magno (540-604) suprimiu a soberba). No livro será tratada a gula, avareza e vanglória. As três tentações que Jesus sofreu no deserto, Lc 4.

2 – GASTRIMARGIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS?

Gastrimargia (gastri= estômago; margia= louco) é o termo técnico para gula. Loucura do estômago. Atitude espiritual doentia, patológica, diante da comida. A pessoa quer buscar a felicidade pela comida.

Além de falar demasiadamente, apresenta-se uma lerdeza espiritual, a alma fica pesada.

3 – POR QUE JEJUAR?

Não é uma atitude radical, apenas uma maneira de “darmos freio nas coisas”. Controlar o que se come vem da própria natureza do homem.

4 – LUXÚRIA (PORNÉIA)?

Uso e abuso da sexualidade fora da finalidade desejada por Deus (matrimônio e geração de filhos) onde se almeja somente o prazer. Dessa forma, o homem realiza o ato sexual separado do espírito. Vai caindo de abismo em abismo até chegar ao absurdo do sexo sem prazer.

5 – CASTIDADE?

Virtude que permite consagrar a Deus toda nossa capacidade de desejar e amar.

6 – LUTAS PARA MANTER-SE CASTO?

Combate físico

  • Não ficar ocioso;
  • Praticar exercícios;
  • Ter hora certa de dormir e levantar;
  • Começar o dia com o sinal da Cruz como um gesto de fé;
  • Não comer até se “empanturrar”;
  • Fugir das ocasiões e seduções;
  • Selecionar o que se ler, escuta, ver e fazer isso com equilíbrio.
Combate espiritual

  • Guardar o coração (não esconder o que sente e ser sincero com os sentimentos);
  • Ser humilde (sou fraco e pequeno, vai ser difícil!);
  • Ter contrição (ficar mal por ter ofendido alguém ou Deus);
  • Leitura orante das Sagradas Escrituras (Lectio Divina);

7 – AVAREZA

Amor exagerado em possuir. Se manifesta através de uma vontade de possuir cada vez mais (pleonexia) e uma dificuldade de se desprender dos bens possuídos (filargíria).

                                                          Causas

  • Amor ao prazer = dinheiro compra prazer;
  • Vaidade = dinheiro traz prestígio;
  • Falta fé = São colocadas seguranças nos bens materiais.

8 – CONSEQUENCIAS DA AVAREZA?

  • Com Deus = Perdemos a fé e a esperança Nele;
  • Consigo mesmo = As coisas acabam nos possuindo causando uma imensa tristeza;
  • Com o próximo = Olhamos o outro com interesse.

9 – COMO SE CURAR DA AVAREZA?

  • Admitir que é avarento;
  • Ter consciência que as coisas se vão;
  • Fé sólida em Deus;
  • Contentar com que se tem;
  • Desapego;
  • Magnificência (Ser um empreendedor corajoso tendo consciência dos riscos sem ter um excessivo apego aos bens materiais);
  • Esmola (significa compaixão). Possuir não é um valor absoluto.


segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

COMO ATACA E COMO SE DEFENDER DO DEMÔNIO?



“É importante falar sobre o demônio de forma equilibrada, com clareza de ideias, como a Bíblia nos ensina. Sem assustar as pessoas como fazem os meios de comunicação.” (Amorth, 2010, 3 ed., p. 97). 

As pessoas se afastaram de Deus pela incredulidade. Contudo, a presença dos demônios são bem reais como atesta as Sagradas Escrituras. Jesus veio para “destruir o reino do demônio e instaurar o Reino de Deus (Lc11, 20)”. O demônio está “nos ares” como diz São Paulo, por isso pode atacar pessoas, animais, lugares e objetos. No batismo, o catecúmeno é tirado de Satanás e dado a Cristo.


O QUE É O OCULTISMO?

“É acreditar na existência de entes ou forças não experimentáveis no plano normal da sensibilidade, mas através dos quais é possível dominar tudo. O ocultista julga adquirir conhecimentos e poderes que os outros não têm e que estão além das leis físicas ou racionais: leituras de pensamento, conhecimento do futuro, influências maléficas ou benéficas, contato direto com os espíritos (quais? Nunca se diz!), relacionamento com os mortos, com os extraterrestres e etc.” (Amorth, 2010, 3 ed., p. 35). 

OCULTISMO E ESOTERISMO?

Ocultismo: descoberta de entidades e de forças secretas e a aquisição de práticas necessárias para a conquista de maiores poderes.
Esoterismo: ensinamento daquilo que está escondido.

O QUE AS PESSOAS BUSCAM NA MAGIA?

A magia é a essência do ocultismo. Recorrem a bruxos e magos, homens e mulheres lúcidos e conscientes que querem acabar com o Medo (e se eu passar por um momento de dificuldade, o que farei?), satisfazer a Curiosidade (Estou sendo traído? Que decisões devo tomar? Me darei bem?) e Poder. Chegam a fazer coisas absurdas e bobas para conseguirem o que querem, mesmo sabendo que estão enganadas. É triste a separação da vontade de Deus e suas leis.


POR QUE ESTAMOS ACREDITANDO NO OCULTISMO?

  • Indiferença religiosa: tenho fé à minha maneira; acredito, mas não sou praticante; acredito em Jesus Cristo, mas não acredito na Igreja.
  • Confusão no campo da ética: não existem valores e nem lei moral.
  • Correntes teológicas errôneas: teólogos e biblistas confundem o povo cristão.
  • Crise de obediência ao magistério da Igreja: agora obedecemos a jornais, televisões, revistas, sites e etc.

MEIOS PARA COMBATER O OCULTISMO

  • Nova evangelização: retorno a Deus.
  • Informação: Saber das coisas.
  • Ouvir as pessoas: temos problemas, sofrimentos e dúvidas. Queremos compreensão e se sentir acolhidos.

SATANISMO

Culto ao Diabo. Para algumas correntes como a New Age, Satanás é uma pessoa contra Deus. Não há controle, freios. “Eu sou meu deus, eu sou absoluto”. Armas para pescar as pessoas: poder, riqueza e prazer.

NECROMANCIA

Evocação das almas de pessoas mortas ou espíritos. “Quem interroga os mortos é abominável aos olhos de Deus.” Dt 18, 2.

SINTOMAS SUSPEITOS DE MALEFÍCIO

  • Parecer médico a partir de diagnósticos clínicos;
  • Aversão ao sagrado;
  • Repugnância com a oração de pessoas que sempre rezam;
  • Sensibilidade à água-benta;
  • Reações violentas, furiosas às orações de libertação;
  • Perturbações (ouvir vozes, ter a sensação de se estar sendo observada, paralisia no corpo);
  • Infestação (passos, barulhos inexplicáveis ouvidos por todos);
  • Fenômenos estranhos ocorrerem após as idas em magos, cartomante, sessão de evocação dos mortos, seitas satânicas.

COMO COMBATER OS MALEFÍCIOS?

Viver em comunidade, viver em Graça, missa, comunhão, adoração eucarística, oração. Pedir os dons carismáticos do Espírito Santo. As orações em louvor, a de intercessão, em línguas e etc.

QUANDO RECORRER AO EXORCISTA?

“Quando não existem explicações humanas para os males que afligem o paciente; quando um caminho de conversão, de oração, uma série de orações de libertações não obtiver o efeito desejado, mas sublinharam reações crescentes inexplicáveis do ponto de vista natural, quando se notam fenômenos estranhos e inexplicáveis, é então necessário recorrer ao exorcista.” (Amorth, 2010, 3 ed., p. 101).

O EXORCISTA DEMONIZA TUDO?

Não. “O exorcista tranquiliza, afasta falsos medos, colabora eficazmente para a pacificação das consciências  e para paz entre os indivíduos.” (Amorth, 2010, 3 ed., p. 28). 

EXORCISMO E ORAÇÃO DE LIBERTAÇÃO.

Exorcismo: Sacramento administrado pelos sacerdotes autorizado pelo Bispo.
Oração de Libertação: Preces realizadas por um indivíduo ou grupo de fiéis. Não requer autorização da Igreja. Esse tipo de oração liberta a pessoa de malefícios menores e é um passo para a cura.


QUAL A FORÇA DA ORAÇÃO COMUNITÁRIA?

A Oração comunitária permite com a interação dos vários carismas que, deste modo, melhor iluminam e torna mais eficaz a oração. Preserva-nos do perigo de sermos confundidos com magos ou curandeiros que atuam isoladamente.  

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FONTES:


AMORTH, Gabriele(1925-2016). Exorcistas e psiquiatras. Tradução de Ana Paula Bertolini. 3 ed. São Paulo: Palavra&Prece, 2010. 168pg.

sábado, 3 de dezembro de 2016

CONVERSÃO E A INSISTÊNCIA NA ORAÇÃO



          “A confissão de minhas faltas passadas –  que perdoaste e esqueceste para me fazer feliz[...] – leva a quem lê e ouve, a não se entregar ao desespero dizendo: não posso! Que esta confissão desperte nele o amor pela tua misericórdia e pela doçura de tua Graça, que fortalece os fracos e lhes permite tomar consciência da própria fraqueza.”

Livro X, 1-4; pg. 271.

A CONVERSÃO

            Santo Agostinho foi uma figura icônica para os cristãos. Tentou buscar a felicidade através do status social, de jogos, do teatro e num relacionamento com uma mulher sem fins de procriação. Contudo, esse estilo de vida lhe traziam inquietações e preocupações. Agostinho buscava a verdade. Se enganou com o maniqueísmo, seita gnóstico-cristã que ensinava que o mundo se resumia a dois princípios, Deus e a matéria. Os maniqueístas deformavam o dogma da Trindade, pois para eles Deus era Pai, que enviou o Espírito e o Filho como criaturas para libertar o homem do mal. Felizmente, as palavras sábias e verdadeiras de Santo Ambrósio o fizeram abandonar a seita.

Em suas confissões louva a Misericórdia do Senhor através de passagens da Bíblia ao tempo que se arrepende da vida que levava.

“Eis a condição da alma fraca que ainda não aderiu solidamente a verdade. Vai e volta, avança e retrocede, conforme sopra o vento das palavras de quem exprime uma opinião. Ofusca-se a luz, e não mais se enxerga a verdade. E ei-la que está diante de nós.”

Livro IV, 21-23; pg. 107.

“Da vontade pervertida nasce a paixão; servindo à paixão, adquire-se o hábito e, não resistindo ao hábito, cria-se a necessidade. Com essa espécie de anéis entrelaçados[...] mantinha-me ligado à dura escravidão.”

Livro VIII, 9-12; pg. 214-215.

            Agostinho oscilava. Uma hora queria buscar a verdade em Deus, outra hora tinha medo de deixar a vida de prazer que levava. Hesitava, na fraqueza achava que não suportaria o Evangelho. Contudo, as lágrimas e orações de Santa Mônica derem resultado. Com 30 anos conhece Ambrósio, abandona o maniqueísmo e o relacionamento de concubinato que tinha com uma mulher.
           
            A conversão vem ao ler Romanos 13,13: “Comportemo-nos honestamente, como em pleno dia: nada de orgias, nada de bebedeiras; nada de desonestidades, nem dissoluções; nada de ciúmes”.

A ORAÇÃO

            Santa Mônica exemplificava a esperança na oração. Figura forte, dedicou sozinha o tempo que tinha rezando a Deus a conversão do filho. (Agostinho perde o pai aos 17 anos).


            “Meu filho, nada mais me atrai nesta vida; não sei o que ainda estou fazendo aqui. Já se acabou toda esperança terrena. Por um só motivo eu desejava prolongar à vida nesta terra: Ver-te católico antes de eu morrer. Deus me satisfez amplamente, porque te vejo desprezar a felicidade terrena para servi-lo.”
                                                                          
                                                                                                            Livro IX, 24-17; pg. 257.

Fonte:

AGOSTINHO, Santo, Bispo de Hipona(354-430). Confissões. Tradução de Maria Luiza Jardim Amarante. São Paulo: Paulus, 2002. (clássicos de bolso).

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

É TEMPO DE MUDANÇAS





É tempo de mudanças
De enxergar com um novo olhar
De dar um sentido por aquilo que passou
Escolher o correto em vez do fácil

Deu errado, e agora?
Culpa minha ou de vocês?
É tempo de mudar

Quem é você?
Que diferença vai fazer mesmo?
Daremos apenas pedaços e expectativas
Um monte de movimentos impensados
No final, seremos apenas lembranças

Quanta tristeza, de onde veio?
Por que não dar uma chance a você mesmo?
É o tempo de encontrar a verdade

O que somos hoje? O que seremos?
Um punhado de experiências não vivenciadas?
Quem está enlouquecendo?
Eu ou vocês?

O que adianta ficar remoendo o passado?
O que interessa de quem se afastou primeiro?
É tempo de mudar alguma coisa


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

O VALOR A VIDA E AO TEMPO QUE TEMOS



                                            Tempo de Despertar (Awakenings)

            Em 1969 na cidade de Nova York, o neurologista Malcolm Sayer (Robin Williams) descobre que os pacientes internados num hospital psiquiátrico sofrem de encefalite letárgica. Doença rara que tem como características a perda da sensibilidade e movimento do corpo, perda da fala, tremores, posição rígida e imóvel. Malcolm acha que eles estão “adormecidos” e que podem “despertá-los” usando o remédio certo. Com autorização usa o medicamento L-DOPA em Leonard Lowe (Robert DeNiro) para ver os efeitos. Com o sucesso do experimento aplica nos demais pacientes. Contudo, Leonard apresenta estranhos e perigosos efeitos colaterais

            O filme aborda de uma maneira cômica e dramática a importância de se dar valor a vida e ao tempo que temos. Somos como aqueles pacientes. Passamos muito tempo de nossas vidas adormecidos e paralisados. Após um despertar desejamos apenas fazer coisas simples. Andar, dançar, conversar, ler. Enfim, aproveitar o tempo incerto que temos. Na vida nos deparamos com situações inexplicáveis onde temos que apenas aceitar. Mas o espírito humano é tão forte que é capaz de tirar uma felicidade  e uma finalidade num momento tão triste.

            A vontade de ajudar motiva o tímido Malcolm Sayer, a prestativa enfermeira Eleanor Costello (Julie Kavner) e toda um equipe de saúde a dar o muito aos que tem pouco. Que no caso filme, o tempo. Ao ver a dor alheia e o desejo de ter apenas o simples paramos para refletir e vemos o quanto reclamamos da vida à toa, o quanto estamos desperdiçando o precioso tempo que temos fazendo coisas supérfluas.


De Penny Marshall, Com John Heard, EUA, 1990, 2h01min. Baseado no livro de Oliver Sacks.

Concorreu aos oscars de melhor filme, ator(RobertDeNiro) e roteiro adaptado.


Disponível no catálogo do Netflix.

                                      Confira o trailer em:



terça-feira, 25 de outubro de 2016

ANSIOSO, EU?! NÃO!.....................TODOS NÓS!!!!!



              O excesso de informações causa diversos problemas: A impaciência! Queremos tudo no nosso tempo! Não desfrutamos o presente, vivemos no passado e sofremos por antecipação por algo que tem 10% de chance de acontecer! Apresentamos dificuldades em lidar com perdas e frustrações! Não suportamos os outros por não serem como nós! Não aceitamos a realidade como ela é! Mergulhamos em pensamentos e sonhos! Vivemos constantemente ansiosos! Pensamos em muitas coisas! Nossa boca está fechada, mas a cabeça está a mil! Não dormimos bem! Acordamos cansados! Vivemos angustiados! Não temos paz!

            Neste século tão inquieto, barulhento, imediatista e consumista nos tornamos viciados em internet, celular e informação. O que deveria ser algo de bom não é, pois com tudo isso fica impossível de parar. Fazer uma pausa. Dar um stop e cuidar de nossas emoções. A toda hora sentimos que como por impulso a necessidade de fazer algo. Não filtramos o que entra na cabeça. Sabemos muito sobre o mundo desde fatos históricos às notícias em primeira mão, mas não sabemos nada sobre nós mesmos. Somos imaturos emocionalmente. E pior, não a tempo de cuidar dessa parte, já que estamos vivendo para o depois de amanhã.

            Muito raramente DUVIDAMOS, CRITICAMOS e DETERMINAMOS algo para a vida. Deixamos ser levados “pelas coisas”, “pela onda do momento”. Uma hora estamos aqui, outra hora estamos ali. Antecipamos tudo e o resultado é ver crianças com a mentalidade e saúde emocional de um adulto. E com muita experiência.

            Para sair dessa e equilibrar nossa saúde mental são necessárias muita paciência, esforço, perseverança e muita determinação. É fundamental se apoiar em algo mais forte que nós mesmos, pois sem essa ajuda não vamos conseguir!

Fontes:


CURY, Augusto. Ansiedade: como enfrentar o mal do século. São Paulo: Saraiva, 2015. 160p. 

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

AGNUS DEI



             Inspirada numa história real, em dezembro de 1945, Mathilde Beaulieu (Lou de Laage), uma enfermeira francesa ajuda a um grupo de freiras polonesas grávidas, vítima de estupro por soldados soviéticos. As sete irmãs que sofreram o abuso tem reações diversas. Algumas aceitam a maternidade, já outras rejeitam, tendo medo de irem ao inferno por quebrarem o voto de castidade. No início, Mathilde receia, mas com o tempo elas e as irmãs criam um vínculo afetivo forte.

            O filme aborda a Fé no Deus invisível e silencioso em meio a uma tragédia. Desenvolvemos o pensamento que Deus não permitiria que fossemos acometidos por grandes sofrimentos na vida. Contudo, Deus e vida são  mistérios difíceis de explicar. O que sabemos é que eles surpreendem. Para bom ou ruim.

            Diante de dilemas acabamos por tomar decisões. Decisões que acabam nos consumindo por dentro. “Dará certo ou errado?”. Decisões desagradáveis aos olhos dos outros. As experiências de vida acabam nos ajudando a encarar situações futuras. Nos dão forças para “segurar a onda” e manter o equilíbrio. Às vezes o pensamento no Bem maior e nas Recompensas Eternas causam cegueira nos impedindo de pensar racionalmente. Por medo da vergonha e humilhação acabamos tomando atitudes reprováveis.

             A dor une e fortalece. Uma enfermeira se sensibiliza a dor alheia ao tempo que reaviva a Fé àquelas irmãs que estavam em momento de crise.

            Dores acontecem para sermos curados. A desobediência a Deus traz consequências nefastas a todos. Mas, Ele em sua infinita misericórdia envia samaritanos, estrangeiros para nos lembrar de que na vida é preciso transgredir e reconstruir o que foi destruído.



De Anne Fontaine, Com Agata Buzek, Agata Kulesza e Vincent Macaigne, FRA/POL, 2015, 1h55min.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

SMALLVILLE, A TEMPORADA DERRADEIRA!!!



          “Grandes homens e mulheres são definidos pelos seus inimigos.” Sintetiza Lex Luthor (Michael Rosenbaum) a Clark Kent (Tom Weling). Essa conversa e reencontro é a melhor parte da décima temporada de Smallville. “Estamos destinados a ser grandes homens por causa do outro[..]. O herói é tão bom quanto seu inimigo”, finaliza. Esse diálogo foi capaz de fazer um raio X da série da oitava até essa temporada. Corroborando que um bom elenco pode sustentar uma história bem intencionada que não alcança o que queria almejar.

 O ator é bom quando uma vez após sua atuação, você não esquece de suas cenas. Você memoriza as falas e as toma para você. E vê várias e várias vezes a mesma cena. As saídas de John Schneider (Jonathan Kent), Annette O’Toole (Marta Kent), John Glover (Lionel Luthor) e de Rosenbaum foram necessárias, mas o buraco deixado por eles não foi preenchido. As pontas que fizerem durante a temporada só fez lembrar os tempos dourados da série. Eric Durance (Lois Lane), Cassidy Freeman (Tess Merence), Justin Hartley (Oliver Queen) e Alisson Mack (Chloe Sullivan) e o elenco secundário apesar de serem simpáticos, não conseguiram tornar o enredo atraente.

A temporada foi fraca. A existência de uma realidade alternativa só me causou estranheza; O romance de Clark e Lois nesse seriado não era preciso; Os inimigos não foram bem trabalhados assim como os Vigilantes; Não mostraram Tom usando a roupa do Super Homem de corpo inteiro; Poucos episódios inspiradores.

 Mesmo assim não foi capaz de estragar toda série. Rsrsrsrsrs.


Smallville, desenvolvido por Alfred Gough e Miles Millar.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

V DE VINGANÇA (V FOR VENDETTA)


           V de Vingança, baseado no HQ de Alan Moore e David Lloyd, é instigante e bem atual. Nos mostra num futuro não tão distante um país dominado pela opressão, alta censura, vigilância, manipulação das informações e violência por aqueles que deveriam proteger o povo. Nas palavras do diretor James McTeigue: “A história da obra é bastante complexa. De um lado temos o protagonista que é altruísta. Acha que pode provocar grandes mudanças se fizer com que o povo se una e perceba como o governo de alguma maneira perdeu o controle, já que estão dando a eles o pão e o circo de cada dia. Mas ele tem uma grande ambiguidade moral já que também busca uma vingança homicida contra todos que lhes fizeram algum mal”.  

        Nos colocamos no lugar dos dois personagens principais. Vendo por um ângulo achamos até justificável a vingança de V (Hugo Weaving), afinal para tudo se tem limite e toda ação provoca uma reação. Evy (Natalie Portman) precisava enfrentar seus medos. Sua relação com V provocou mudanças mútuas. Mudanças significativas, pois todos acabam encontrando aquilo que achavam que não seria mais possível. No fundo no fundo não queremos sair por aí destruindo prédios ou fazendo justiça com as próprias mãos e nem mesmo viver guiado por ideias.

          Destaque para a influência da Arte (cinema, música, pinturas) como escapismo e felicidade para encarar uma realidade cruel. Por fim dar para afirmar que o filme possui cérebro e coração e não é apenas “mais um” filme de ação.



De James McTeigue, Com John Hunt, Stephen Rea e Stephen Fry, EUA/ALE/ ING, 2005, 2h12min.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

NAMORO



AQUINO, Felipe. Namoro. 45ª ed. Lorena-SP: Cleófas, 2015. 144p.

                        MUITOS DEVEM SABER DO QUE SE TRATA O NAMORO:

            Amar é doar-se ao outro de forma livre e consciente para completá-lo e construí-lo, dando sua vida pela pessoa amada de forma desinteressada. O namoro é a fase onde a pessoa se conhece. O momento que tem para possuir-se e de sair de sua realidade. De conhecer sua sensibilidade e impulsos e decidir aonde quer chegar. Relacionar-se não é brincadeira. Trata-se de mexer com sua vida e a do outro.

            O mais importante de tudo é a maturidade. Devemos namorar quando já pensamos em casar com seriedade. Mesmo que ele esteja longe. Para isso é preciso de uma escolha criteriosa. O que queremos? Devo estar com o primeiro(a) que aparecer? Deixar-me atraído pela sua aparência e simpatia? Divertir-nos ou viver a vida seriamente? Pensam-se em casamento, o casal deve estar em consonância em alguns pontos. Não dar para ficar com alguém que não quer formar família ou não quer obedecer as leis de Deus. “Só comece a namorar quando você souber porque vai namorar (AQUINO, 2014, p.52).”

            É preciso de paciência. Só existe paixão a primeira vista. O amor vem com o tempo. Temos que conhecer a família do outro, seu interior, valores, motivações, seu lado bom e depois fazer o mesmo a ele. Dar atenção. É indispensável o diálogo. Um namoro maduro acontece se o casal tem constantemente o hábito de conversar. Através do diálogo cada um se revela ao outro como é verdadeiramente.

                       

MUITOS SABEM O QUE ATRAPALHA O NAMORO:


            Se sabemos que não conquistamos o outro, passamos a ter ciúmes dele onde passamos a perseguê-lo e a desconfiar de tudo. Queremos avançar o sinal antecipando a hora do sexo. Sexo antes do casamento só produz pais e mães solteiros, filhos criados pelos avós ou abandonados, inúmeros abortos, doenças e etc.

            “O namoro é o tempo de conhecer o coração do outro, e não seu corpo; é o momento de explorar a sua alma, e não o seu físico. (AQUINO, 2014, p.110)”.

            O namoro se transformou numa triste experiência entre nós porque perdeu o sentido.

            “É fácil encontrar dois namorados unidos fisicamente, mas não é muito fácil encontrar dois unidos pelo coração. E mais difícil ainda é achar dois que tenham os espíritos unidos (AQUINO, 2015, p. 100).”


                        AGORA, O QUE DEVEMOS SABER E PRATICAR:


            Deus é o centro. Devemos fazer sua vontade. Participar de grupos, comunidades e rezar de forma desinteressada e ser honesto de coração. Esperar confiante Nele com fidelidade e persistência.

            O espírito guiado por Deus deve agir primeiramente juntamente com a razão. Se nos afastamos de Deus, agimos por instinto, nos tornamos escravos de nós mesmos. “Quando o corpo impera, a razão enfraquece, o espírito agoniza e o amor perece (AQUINO, 2015, p.40).”

            “Não desanime e não se desespere, o Senhor o aguarda para ajudá-lo com Sua força. Vá a Ele. Tenha coragem de olhar-se de frente e aceitar sua realidade atual. Em seguida peça ao Senhor que lhe dê a Sua graça para que você possa ser um rapaz  ou uma moça apto para amar de verdade. (AQUINO, 2015, p. 41-42).”

            “Quando o namoro estaciona nos corpos, logo se esgota e termina, mas quando atinge o coração e a alma, torna-se maduro, equilibrado e duradouro (AQUINO, 2015, p.103).”



            Leia 1Cor 13, 4-7.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

E SE NÃO CONSEGUIRMOS REALIZAR NOSSOS SONHOS?



        Petra Costa exibe as memórias da irmã através de vídeos e depoimento no ótimo Elena de 2014. Elena Costa se mudou para Nova York no final dos anos 80 para realizar o sonho de ser atriz de cinema. Por parte dela não faltou esforço e nem dedicação, mas num curto espaço de tempo a demora da espera de oportunidades lhe causa uma dor profunda. Elena tira a própria vida aos 20 anos em 1990.

Crescemos com a ideia triunfalista de que todo esforço será recompensado e de que todo sonho será realizado. Sim! É a dura verdade. Não vamos conseguir tudo que queremos, mas isso não significa que é o fim ou que a vida não vale ser vivida. Agora, precisamos ser honestos: É muito complicado lhe dar com os fracassos e as demoras de oportunidades. De ver que precisamos mudar certos pensamentos, mudar planos de vida, mudar o foco.

Diante de uma situação desagradável ou acabamos com tudo ou reconstruímos tudo. Elena disse a mãe: “Se eu não for atriz prefiro morrer”. Sua mãe retruca: “Minha filha não precisa ser assim”.

A culpa pela incapacidade nos assombra. Só que não adianta remoer as coisas. É preciso suportar e deixar o tempo fazer sua parte. Haverá coisas que nunca entenderemos.

Não adianta dizer: “Se não acontecesse isso talvez fosse diferente”. As justificativas não resolvem nada. Pode ser que a separação dos pais tenha tirado da cabeça de Elena a ideia de criar uma família. E daí veio o desejo de querer construir a vida longe do colo maternal. Pode ser.

Diante de perguntas sem respostas o que podemos fazer?

De Petra Costa, BRA, 2012, 1h22min


O filme está disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=KxoDVNh0tIA

sábado, 20 de agosto de 2016

O QUE UM FÃ DE SMALLVILLE TEM A DIZER?



         Smallville(as aventuras do superboy) deu um significado nas manhãs de domingo entre 2002 a 2010. Apesar de ser exibido no SBT com suas constantes mudanças de horários e cortes de cenas, esperávamos ansiosos pelas as aventuras do jovem superman. Some-se aí a música de encerramento que sempre se encaixava com o momento deixando-nos com o gosto de Quero mais!


            Toda temporada tinha uma história central que se ligava com as demais. Elas eram contadas em episódios que falavam de temas paralelos. Geralmente histórias particulares de cada personagem. Era a oportunidade de alguns atores aparecerem e mostrarem seus talentos.



          O seriado nas três primeiras temporadas marcavam altos picos de audiências pelos enredos nos episódios que falavam dos infectados pela kriptonita e os problemas que eles causavam a Clark e seus amigos. Com o tempo os temas foram se tornando mais adultos para acompanhar o crescimento de Clark. Da quinta a sexta mostra as consequências da segunda chuva de meteoros e a vinda de Zod(em espírito possuindo Lex) e seus dois soldados juntamente com os prisioneiros vindos da Zona Fantasma. Na sétima a ameaça Brainiac(James Masters) retorna e conhecemos o Veritas, a sociedade secreta formada para controlar o viajante(Clark)vindo do espaço. Nas três últimas havia um vilão para cada temporada. Doomsday/Apocalipse(Sam Witwer) na oitava, Zod (Callum Blue) na nona e Darkseid na décima.

Na forma de serem contados os enredos oscilavam entre momentos inspiradores e bem contados a momentos sem muita explicação e sentido. O que superava o calcanhar de Aquiles da série era o elenco. Na 6º e 7° temporada os conflitos entre os personagens entram numa rota de colisões onde vemos realmente como são cada um.

Clark Kent/Kal-el (Tom Weling) era aquele que interferia na ordem das coisas. Mudava o curso da vida de seus amigos através da salvação. Formado por uma moral ensinada por Marta e Jonathan Kent (os excelentes John Scheneider e Annete O’ Toole), Clark buscava sempre a justiça sem nunca ter a intenção de matar seus inimigos.

Apesar de ter superpoderes o jovem de aço tinha coração humano. Sentia-se muito só por ser diferente. Ele não queria ser o herói da terra, queria apenas ter uma vida simples e feliz ao lado de sua amada. Sua desobediência em não acatar as missões de Jor-el  (voz de Terence Stamp) acarretavam problemas que afetavam negativamente a todos deixando Clark numa culpa sem fim. O medo da reação ao saberem seu segredo fazia com que muitas pessoas queridas se afastassem.

Lex Luthor (Michael Rosenbaum) via na amizade com Clark e no casamento com Lana a oportunidade de não ser o que era: um monstro obsessivo, vingativo e controlador. Mas não deu certo! Após as relações se desfazerem passa a perseguir as consequências daquilo que mudou toda sua vida: a chuva de meteoros e seus afetados.

A perda precoce dos pais fez Lana Lang (Kristin Kreuk) tentar preencher sua carência em seus relacionamentos amorosos. Tentou com Whitney Fordman (Eric Johnson), Jason Teague (Jensen Ackles), Clark e Lex. Sem êxito. Os riscos que poderiam vir por saber dos poderes de Clark, a força deixar Smallville(e o seriado).

Lionel Luthor (John Glover) colheu o que plantou. Foi incapaz de mudar o filho e de passar confiança aos outros de sua transformação em um homem bom. Suas maldades foram um dos pontos altos da série.



Os diálogos eram bem construídos. Fato que enaltecia o elenco. 
Conversas que misturavam expectativas sobre o futuro, fatos corriqueiros e mágoas (Clark e Lex). Ironia e metáforas (Lex e Lionel). Conselhos (os Kent com Clark) e sarcasmos(Chloe). 

Tom, Michael e John se destacavam. Chloe Sullivam (Allison Mack) era inteligente e seu vocabulário era cheio de referências culturais. Gostei do Oliver Queen de Justin Harley.
 Não gostei da Lois Lane (Eric Durance), Jimmy Olsen (Aaron Ashmore) e Kara (Laura Vandervoort). Apareceram numa hora interessante, mas a permanência na história ficou sem necessidade. Lois e Jimmy tinham que aparecer com Clark já em Metropóles. Não gostei da Lana, mas gostei da atriz (estranho, né?).

O que falar da trilha sonorosa? Sem palavras. 

Smallville teve um fim decepcionante, mas ficou pra sempre no coração dos fãs.


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