O
amor vence a depressão. Arranca o sujeito de si mesmo e direciona-o para o
outro.
É
um relacionar-se com outra pessoa conhecendo sua individualidade e seu
mistério.
É
um deixar-se ser fraco para ao mesmo tempo sentir-se forte.
O
filósofo, professor e escritor coreano Byung-Chul Han discorre no livro Agonia de Eros o quanto o amor vem perdendo
espaço atualmente num mundo onde a pessoa tem à sua disposição escolhas
infinitas de liberdade e multiplicidade de opções.
·
O ser humano vive constantemente comparando
tudo com todos.
·
Não consegue mais estabelecer claramente os
próprios limites.
·
Sobrecarrega-se querendo controlar tudo de
maneira exagerada e doentia.
·
Acha que é livre por não está submisso às ordens
de alguém.
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Trata o próprio corpo como mercadoria.
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Busca no outro a confirmação de si mesmo ou o
enxerga apenas como objeto de excitação.
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Não quer mais se relacionar.
·
Evita o sofrimento a todo custo.
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Cuida de forma exagerada a própria saúde.
Byung
afirma que nada verdade isso não faz do ser humano uma pessoa realmente feliz.
Pois agora ela explora a si mesma e por decisão pessoal. Vive por viver,
permanecendo igual a todo mundo. Sem rumo, sem descanso e sem paz.
Apesar
dessa exposição séria e preocupante, o autor é esperançoso.
A
vida com seus mistérios pode surpreender e ensinar que uma desgraça desastrosa
pode converter-se inesperadamente em graça e salvação. A relação com o divino
faz a pessoa perceber a verdadeira “essência do amor”. Esquecendo um pouco de
si mesmo, a pessoa passa a renunciar algo e a olhar o negativo “diretamente nos
olhos”, além de descobrir formas de enfrentá-lo.
HAN,
Byung-Chul. Agonia do Eros. Tradução
de Enio Paulo Giachini. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017. 96p.