sábado, 1 de julho de 2023

O AMOR MAIOR: A HISTÓRIA DE SANTA GIANNA

 


A qualquer momento.  A qualquer dia. E a qualquer hora, uma situação vai exigir de nós uma grande decisão. Esta decisão será resultado de pequenas decisões que tomamos ao longo da vida. Este momento, este dia e esta hora chegou uma vez para a italiana Gianna Beretta Molla. Durante a gravidez de seu quarto filho descobriu um fibroma uterino (um tipo de tumor maligno). Havia três escolhas a fazer:

·         Remoção do tumor e do útero (que salvaria sua vida);

·         Interrupção da gravidez e remoção do tumor (para ter outros filhos);

·         Remoção do tumor sem interromper a gravidez (a mais arriscada, pois comprometeria sua vida).

Ela escolheu esta última e no dia 20/04/1962, uma Sexta-Feira Santa, a criança nasceu e recebeu seu nome: Gianna Emanuela. Uma semana depois Gianna Beretta Molla entra em coma falecendo no dia seguinte, 28/04/1962 às 08h da manhã.  Ela tinha 39 anos.

A vida de Gianna

Todos os pequenos momentos que ela viveu no cotidiano foram pouco a pouco lhe preparando a tomar aquela grande decisão: decidir livremente sacrificar sua vida para salvar a da criança que levava no ventre.

Não existiu nada de extraordinário na vida de Gianna. Teve pais; irmãos(sete); formou-se (em medicina com especialização em pediatria); casou-se (com Pietro Molla em 1955); teve filhos (quatro).

O que marcou mesmo sua vida foi a Fé em Jesus Cristo. Após a participação em um curso de Exercícios Espirituais, aos 15 anos, definiu este propósito:

“Jesus, prometo-me submeter-me a tudo o que permitires que me aconteça. Só te peço que me faças conhecer Tua Vontade.”

 

Desde pequena fazia da melhor forma possível àquilo que competia fazer. Sem nunca recuar. Participou da Ação Católica (movimento que no início do século XX organizava e ampliava a participação dos leigos católicos no apostolado da Igreja). Em todas as circunstâncias se dirigia confiantemente ao Senhor. Antes da cirurgia ela tinha esperança de que o Senhor haveria de ajudar e a deixaria com seus filhos e marido.

Os milagres

Os dois milagres que foram atribuídos a sua intercessão ocorreram com duas brasileiras. A primeira foi a cura de uma fístula retovaginal contraída de uma operação de um corte cesariano com filho natimorto de Lúcia Silva Cirilo em 1977, Grajaú-MA (a dor que ela sentira desapareceu e a fístula cicatrizou). E o parto miraculoso de Elisabete Arcolino, ano 2000. Na gravidez de seu quarto filho descobriu-se um tipo de problema em qual seria necessário a interrupção da gravidez. Elisabete recusa a operação confiando na intercessão de Gianna. Após uma operação cesariana, sua filha nasce em 31/05 daquele ano sem grandes complicações.

Gianna Beretta Molla foi proclamada Santa em 16 de maio de 2004 pelo Papa João Paulo II.

Uma mensagem de sua filha caçula para todos nós

“O caminho da Cruz, como Nosso Senhor Jesus testemunhou e indicou, é humanamente o mais desconfortável e difícil; no entanto é o único caminho que nos permite dar um sentido pleno e completo às nossas vidas.”

Gianna Emanuela Molla.











Foto1:  Giana com Pietro

Foto2:   Gianna com Mariolina

Foto3:   Gianna com Pierluigi e Mariolina

Foto4:    Funeral de Gianna em 30 de abril de 1962

Foto5:    Laura, Gianna Emanuela e Pierluigi no dia da canonização da mãe.* 

*A irmã deles, Mariolina faleceu em 1964 de Glomerulonefrite.

 

PELUCCHI, Giuliana. O amor maior: a história de Santa Gianna. Tradução de Antônio Maia da Rocha. Dois Irmãos, RS: Minha Biblioteca Católica, 2020. 296p.


Leitura complementar: Sobre o aborto e ter filhos

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