sábado, 8 de dezembro de 2018

O QUE SABER DOS 4 DOGMAS MARIANOS?




I. MARIA, MÃE DE DEUS (theotókos)

Como pode uma mulher receber o título de mãe de Deus?
A prova está nas Sagradas Escrituras. Basta conferir em: Mc 6,3; Mt 1, 18; Lc 1, 26-38; 43. Maria é mãe do filho de Deus encarnado.
Definido como dogma no Concílio de Éfeso. Comemorado em 01 de janeiro.


II. VIRGINDADE

Como pode uma mulher gerar um filho sem a presença de espermatozoide? Como permanece virgem depois do parto?
O dogma não veio de uma descrição literal de um acontecimento. Nos primeiros séculos foi crescendo a convicção que Maria era abençoada por Deus. Ela dedicou sua vida para se consagrar a Deus e ser a mãe da comunidade cristã. Por isso renunciou sua vida conjugal com José. Então o sentido da Virgindade de Maria fala:

·    A concepção virginal quer dizer que a encarnação de Jesus é uma nova criação de Deus, um presente divino a humanidade;
·    Deus escolhe meios pobres para realizar a Salvação;
·    Consagração total, de corpo e alma, a Deus;
·    Ser humano diante de Deus é um terreno cheio de possibilidades onde tudo pode acontecer.

Jesus teve outros irmãos (Mc 6, 1-6)?

Não. Para os judeus chama-se irmão um parente próximo(Gn 11,31; 13,8; Ex2,11 ). Tiago menor e Joset eram filhos de outra Maria(Mc 15, 40).
Definido como dogma no Concílio de Latrão (649).

III. IMACULADA CONCEIÇÃO


Apresenta dificuldades pela falta de legitimidade (sem base bíblica, não responde a questões centrais da fé cristã, não foi proclamado em concílio ecumênico). O dogma foi formulado pela razão humana através dos argumentos de conveniência: “Deus podia fazer algo especial em Maria. Convinha a Deus que fizesse. Logo, fez!”

Fácil de ser aceito pelos católicos, pois já se compreendia que Maria é uma pessoa santa iluminada por Deus. Isso vinha lá dos tempos da colonização através de estátuas.

Não há termo bíblico que afirme claramente a Imaculada Conceição. Em Gn1, 15 não é um texto mariano, mas um anúncio esperançoso para a humanidade. Lc 1,38, o anjo diz que Maria é cheia de Graça e não Imaculada. Há um horizonte de compreensão com base em algumas passagens: Ef 1,4; Jr 1,5; Is 49, 1; Rm 5, 20.

Criou-se o paralelismo entre Eva (a virgem que leva a humanidade para o mal) e Maria (a virgem que abre o caminho para o bem). Nasce a devoção mariana. Escolas de pensamento (dominicanos e franciscanos) defendem que Maria recebeu uma Graça especial e foi purificada do pecado original durante a gestação ou na concepção.

Em 1852, o papa Pio IX encarrega uma comissão de teólogos para definir critérios para uma definição dogmática. Em 8 de dezembro de 1854 é proclamado o dogma da Imaculada Conceição com a bula Inefabilis Deus.

IV ASSUNÇÃO


A bíblia não conta detalhes a respeito dos últimos dias de vida de Maria. Não há fontes confiáveis do ponto de vista histórico. Os relatos da vidente Catarina Emmerich que descrevem detalhes do dia-a-dia de Maria na casa de éfeso contêm muitas informações improváveis e fantasiosas. No final do século IV se encontram referências a festa da “Dormição de Maria”.

Entre o final do século IV e VII, a partir de uma religiosidade mágica e sem apoio da bíblia escrevem-se apócrifos sobre o trânsito de Maria ao céu :

·    Maria recebe o anúncio de sua morte;
·    Milagrosamente, todos os apóstolos se reúnem em torno de seu leito;
·    Maria morre;
·    Depois do sepultamento, Jesus ressuscita Maria, que é levada ao paraíso.

O dogma foi proclamado em 1950 pelo papa Pio XII. A bula papal Munificentissimus Deus não entra em detalhes se Maria morreu ou não. Afirma que ela está unida a seu filho compartilhando seu destino e que foi assunta em corpo e alma à glória celestial. Comemorado no dia 15 de agosto.

Fonte:

MURAD, Afonso. Maria, toda de Deus e tão humana: compêndio de mariologia. São Paulo: Paulinas; Santuário, 2012. 260p. (coleção peregrina na Fé).




segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

PROBLEMAS NO CASAMENTO



          Hoje vemos muitos casamentos se desfazendo. Difícil encontrar as mesmas razões para os términos. Sabemos que eles vêm acompanhados por uma série de fatores:

·    A falta de unidade entre o casal. O “nosso” virou “meu”;
·    A relação se resumiu apenas a sexo;
·    O lar se transformou num ambiente de guerra;
·    A falta de responsabilidade, renúncias e maturidade;
·    Amizades inconvenientes;
·    Monotonia;
·    Comparações com outros casais;
·    Mentiras;
·    Inveja e orgulho;
·    A falta de confiança;
·    A falta de valores frutificadores;
·    A falta de perdão;
·    O mau uso do dinheiro, preguiça e reclamações.
         
         A pressa pode atrapalhar. Nosso ponto de vista sobre uma pessoa muda quando mais a conhecemos. Saber de traumas e acontecimentos do passado ajuda a lidar com situações presentes. Diferenças na família influenciam hábitos e costumes.

          Na convivência fraquezas e temperamentos podem provocar mudanças. Na forma de ouvir e de corrigir o outro por exemplo. Na resolução de problemas e tomadas de decisão a vontade individual pode atrapalhar a confiança no parceiro.

“As palavras transmitem aquilo que está no nosso coração”.

         No casamento busca-se completar o outro e fazê-lo feliz. Se o parceiro não faz o outro ser uma pessoa melhor, então o casamento será falho. Casamento também é formar um lar. Ter, cuidar e educar os filhos. Não se casa para curtir a vida.

          Mesmo sabendo dos prováveis problemas e de como deve ser as coisas falta algo indispensável para quem quer viver o “para sempre”. A presença de Deus no matrimônio.

DEUS FAZ TODA DIFERENÇA NA VIDA DE UM CASAL

·    Jesus não precisava de uma família, mas quis ter uma para redimi-la e mostrar sua importância para nós.
·    A família de Nazaré é o modelo de casamento e casal. Maria casou não porque precisava de um homem, mas para fazer a vontade de Deus (Lc 1, 26-38). José do mesmo jeito (Mt 1, 18-25).
·    As coisas vão pra frente quando Deus abençoa nossas vidas.
·    O casal precisa rezar e ser sustentado pela palavra de Deus. Importante ter uma vida espiritual.
·    Casamento é uma missão que Deus nos dar.
·    O corpo e o sexo foram criados para manifestar o amor de Deus e o desejo de se unir a cada um de nós, como Cristo e a Igreja.

Vemos Deus como um intruso e um ser desnecessário. Que engano! É a partir Dele que aprendo amar e perdoar.

FONTE:

AQUINO, Prof. Felipe. Problemas no casamento. 5 ed. Lorena-SP: Cléofas, 2014. 264p.

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