sábado, 20 de agosto de 2016

O QUE UM FÃ DE SMALLVILLE TEM A DIZER?



         Smallville(as aventuras do superboy) deu um significado nas manhãs de domingo entre 2002 a 2010. Apesar de ser exibido no SBT com suas constantes mudanças de horários e cortes de cenas, esperávamos ansiosos pelas as aventuras do jovem superman. Some-se aí a música de encerramento que sempre se encaixava com o momento deixando-nos com o gosto de Quero mais!


            Toda temporada tinha uma história central que se ligava com as demais. Elas eram contadas em episódios que falavam de temas paralelos. Geralmente histórias particulares de cada personagem. Era a oportunidade de alguns atores aparecerem e mostrarem seus talentos.



          O seriado nas três primeiras temporadas marcavam altos picos de audiências pelos enredos nos episódios que falavam dos infectados pela kriptonita e os problemas que eles causavam a Clark e seus amigos. Com o tempo os temas foram se tornando mais adultos para acompanhar o crescimento de Clark. Da quinta a sexta mostra as consequências da segunda chuva de meteoros e a vinda de Zod(em espírito possuindo Lex) e seus dois soldados juntamente com os prisioneiros vindos da Zona Fantasma. Na sétima a ameaça Brainiac(James Masters) retorna e conhecemos o Veritas, a sociedade secreta formada para controlar o viajante(Clark)vindo do espaço. Nas três últimas havia um vilão para cada temporada. Doomsday/Apocalipse(Sam Witwer) na oitava, Zod (Callum Blue) na nona e Darkseid na décima.

Na forma de serem contados os enredos oscilavam entre momentos inspiradores e bem contados a momentos sem muita explicação e sentido. O que superava o calcanhar de Aquiles da série era o elenco. Na 6º e 7° temporada os conflitos entre os personagens entram numa rota de colisões onde vemos realmente como são cada um.

Clark Kent/Kal-el (Tom Weling) era aquele que interferia na ordem das coisas. Mudava o curso da vida de seus amigos através da salvação. Formado por uma moral ensinada por Marta e Jonathan Kent (os excelentes John Scheneider e Annete O’ Toole), Clark buscava sempre a justiça sem nunca ter a intenção de matar seus inimigos.

Apesar de ter superpoderes o jovem de aço tinha coração humano. Sentia-se muito só por ser diferente. Ele não queria ser o herói da terra, queria apenas ter uma vida simples e feliz ao lado de sua amada. Sua desobediência em não acatar as missões de Jor-el  (voz de Terence Stamp) acarretavam problemas que afetavam negativamente a todos deixando Clark numa culpa sem fim. O medo da reação ao saberem seu segredo fazia com que muitas pessoas queridas se afastassem.

Lex Luthor (Michael Rosenbaum) via na amizade com Clark e no casamento com Lana a oportunidade de não ser o que era: um monstro obsessivo, vingativo e controlador. Mas não deu certo! Após as relações se desfazerem passa a perseguir as consequências daquilo que mudou toda sua vida: a chuva de meteoros e seus afetados.

A perda precoce dos pais fez Lana Lang (Kristin Kreuk) tentar preencher sua carência em seus relacionamentos amorosos. Tentou com Whitney Fordman (Eric Johnson), Jason Teague (Jensen Ackles), Clark e Lex. Sem êxito. Os riscos que poderiam vir por saber dos poderes de Clark, a força deixar Smallville(e o seriado).

Lionel Luthor (John Glover) colheu o que plantou. Foi incapaz de mudar o filho e de passar confiança aos outros de sua transformação em um homem bom. Suas maldades foram um dos pontos altos da série.



Os diálogos eram bem construídos. Fato que enaltecia o elenco. 
Conversas que misturavam expectativas sobre o futuro, fatos corriqueiros e mágoas (Clark e Lex). Ironia e metáforas (Lex e Lionel). Conselhos (os Kent com Clark) e sarcasmos(Chloe). 

Tom, Michael e John se destacavam. Chloe Sullivam (Allison Mack) era inteligente e seu vocabulário era cheio de referências culturais. Gostei do Oliver Queen de Justin Harley.
 Não gostei da Lois Lane (Eric Durance), Jimmy Olsen (Aaron Ashmore) e Kara (Laura Vandervoort). Apareceram numa hora interessante, mas a permanência na história ficou sem necessidade. Lois e Jimmy tinham que aparecer com Clark já em Metropóles. Não gostei da Lana, mas gostei da atriz (estranho, né?).

O que falar da trilha sonorosa? Sem palavras. 

Smallville teve um fim decepcionante, mas ficou pra sempre no coração dos fãs.


sexta-feira, 5 de agosto de 2016

O REGRESSO (THE REVENANT)



            Vingança é um prato que se come frio. E haja frio neste filme de Alejandro González Iñarritu! A frieza está muito mais nas pessoas e não apenas no ambiente. A morte era um convidado indesejado. A vida era um sopro. Mas o sangue ferve quando perdemos alguém por maldade ou crueldade e nosso extinto de sobrevivência ganhar determinação para realizar um impulso forte do coração: vingança.

            Mas a mensagem durante todo o filme é fria. De que a vingança serviu a Hugh Glass (Leonardo DiCaprio) ? John Fitzgerald (Tom Hardy) ao final do filme fala a Glass palavras que dar um nó na garganta. “Você veio de longe só para vingar seu filho? Tudo o que fizer não vai trazê-lo de volta”. Num mundo frio onde caráteres são fabricados ao longo do tempo, não há muito que pensar apenas agir, sobreviver. Tendo consciência que a qualquer hora tudo pode mudar para sempre. É o clima onde não há vencedores, apenas a determinação de sobreviver ou não.


Eua, 2015, 2h36min
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