O
resumo da história é mais ou menos assim:
Cem
rapazes são mandados à força a países espalhados pelo continente para se
tornarem Cavaleiros. Desses, dez retornam ao Japão e participam de um torneio
de combate entre eles. Quatro se destacam: Seiya, Shiryu, Hyoga e Shun. Ikki,
um dos dez invade o torneio com os Cavaleiros Negros e roubam partes da
Armadura de Ouro de Sagitário. Um combate posterior pela posse das outras
partes acontece, mas é interrompido pelos Cavaleiros de Prata. Nas edição #10 e
#12 temos o resumo dos acontecimentos até ali: a deusa Atena é enviada para a
Terra a cada 200 anos para lutar contra as forças do mal. Para isso ela conta
com a ajuda dos Cavaleiros do Zodíaco. Saori Kido é a reencarnação de Atena e
Seiya, Shiryu, Hyoga, Shun e Ikki têm a missão de defendê-la e protegê-la. Esse
é o núcleo da narrativa de todo mangá.
Cavaleiros do Zodíaco ou Saint Seiya no original divide-se em três partes. A rebelião de Saga de Gêmeos; a reencarnação precoce de Poseidon e a luta definitiva contra Hades. Em cada uma delas Seiya e seus irmãos vencem inimigos poderosos travando combates sangrentos e realizando feitos impossíveis e milagrosos com ajuda de suas energias cósmicas e da intercessão de Atena (Saori).
Foi através do Mangá que tive um maior contato com os defensores de Atena. Raramente acompanhava o desenho que sempre era exibido em horários que não dava para assistir. A versão em quadrinho não segue a mesma sequencia de acontecimentos que vemos no desenho. O final das 12 casas é diferente e mais emocionante do que no desenho. Os personagens também são caracterizados de forma diferente. Eles não são (não me interpretem mal) meigos demais, sensíveis demais. Seja pelos traços e diálogos de Masami Kurmuda, eles nos são apresentados como pessoas duras e ríspidas. Além disso, possuem individualidades permitindo com que o leitor se identifique com alguns deles. O que mais gostei foi do Ikki. Ele não gostava em andar em bando, mas sempre aparecia para ajudar seus irmãos nos momentos mais críticos.
Mesmo
com toda história tendo como pano de fundo a mitologia grega e a crença no
cosmo e nas constelações do zodíaco, o que mais me chamou atenção foram outros
aspectos. Temas como sacrifício, amizade, renúncia e serviço (no sentido de
servir alguém ou a algo) ajudam a formar uma pessoa. Sobretudo a noção de que é
preciso lutar. Lutar contra o Mal. Lutar
para defender quem amamos. Lutar para ser melhor.
Outro
ponto que me chamou atenção é que as personagens femininas não estavam apenas
preenchendo espaço. Não eram meras coadjuvantes. Elas ocupavam papeis de
destaque e de relevância para o mangá.
Masami
Kuruma mostrou que não apenas sabe desenhar como também sabe narrar uma boa
história. Traz algo novo e interessante carregado de conteúdo e mistério sem
pressa de contar logo fatos, deixando-os serem revelados no momento certo
permitindo assim um bom clímax.
OBS: Os comentários aqui não tiram a importância do desenho.
Ele vale a pena ser assistido.
A história e as ilustrações dos Cavaleiros do Zodíaco foram feitas por Masami Kurumada sendo publicadas no Japão a partir de 1985.