terça-feira, 22 de dezembro de 2015

UM INIMIGO MORTAL DA IGREJA: AS IDEIAS!





“A religião é o ópio do povo.”

            Não existe vírus tão letal e eficaz como uma IDEIA. Não se pode ver e nem tocar, apenas sentir. Algo que provoca inspirações, desperta coragens e impulsiona a caminhos até então não seguidos. As IDEIAS são poderosas. Tem dois tipos: aquelas que criam e aquelas que destroem. Uma IDEIA é capaz de atravessar o tempo e chegar a mentes preparadas e ansiosas por algo forte que os motive em viver a vida. Gostando da IDEIA, essas mentes querem deixar como herança o que aprenderam. Deixam para as mentes novas a missão de melhorá-la e passar para os outros até que ela se torne imortal e imbatível.

            Para algumas mentes a religião é vista como algo que tira as pessoas da realidade. Algumas ideologias acreditavam que deveria haver uma luta de classes onde o empregado deveria tomar e dividir o poder do empregador. Essa tomada viria de uma guerra armada. Era preciso destruir para construir. As duas guerras mundiais expos o fracasso desse pensamento, pois os empregados estavam matando um ao outro em nome dos empresários. Partiu-se então para o campo cultural. Os comportamentos. Na Universidade futuros profissionais são treinados pela massa pensante(sociólogos, escritores..) a não acreditar na religião, a duvidar de tudo aquilo que não possa ser visto. Já que para eles, a religião fazia a pessoa esperar pelo transcendente e sobrenatural e a não lutar pelos seus ideais. Que a religião fazia as pessoas aceitar e a não querer mudar a realidade.

            Marxistas, comunistas, socialistas, nazistas e fascistas queriam que o Cristianismo não fosse o grande acontecimento da história. Que Deus era apenas uma invenção do homem. Como fazer isso? Basta plantar no coração da pessoa a semente da inveja, desejar ter o que não se tem. Bastar destruir a base da sociedade, a família (já que se não tem filhos não terá como passar a herança e assim não existirá o setor privado). Incentivar o homossexualismo (pessoa do mesmo sexo não gera filhos)Basta dar liberdade sexual (“Faça amor e não faça guerra”). Bastar incentivar o aborto (o corpo é meu e as regras são minhas). Basta as novelas, filmes, livros incentivarem as pessoas a fazer o que quer de suas vidas.

            Convivemos com duas correntes de IDEIAS. Uma diz que você vai ser feliz se acumular bens materiais e dinheiro, a outra fala de uma sociedade sem classes. Na primeira, a pessoa perde sua saúde indo atrás do dinheiro que quando chega a hora não tem condições de usufruí-lo. Na segunda, a sociedade justa nunca chegou. As duas focam no amanhã, mas é um amanhã que nunca chega. A felicidade se alcançaria aqui na Terra.

          Para o Cristianismo, o sentido da coisa está fora da coisa. O futuro é o além, o Céu. O filho de Deus, Jesus venho para nos ensinar a como viver nossas vidas. Infelizmente essas IDEIAS são tão venenosas que ultrapassou as paredes da igreja e fizeram bons homens firme na fé em meros apostatas. O que é o demônio, a não ser um ser espiritual dotado de ideias?

REFERÊNCIAS

https://padrepauloricardo.org/aulas/visao-historica
https://padrepauloricardo.org/aulas/o-fascismo-e-marxismo-cultural
https://padrepauloricardo.org/aulas/reacao-a-crise-marxista
https://padrepauloricardo.org/aulas/a-infiltracao-do-marxismo-cultural-no-brasil
https://padrepauloricardo.org/aulas/teologia-da-libertacao-e-sua-influencia-na-igreja
https://padrepauloricardo.org/aulas/como-lutar-o-bom-combate
https://padrepauloricardo.org/episodios/e-o-capitalismo


domingo, 20 de dezembro de 2015

O DOM DA PROFECIA



Como Dom carismático profetizar é proclamar para a um grupo de pessoas ou alguém em particular uma palavra inspirada por Deus sobre sua vida ou determinada situação. Por vezes, a profecia diz respeito ao futuro, mas nunca com o objetivo mesquinho de adivinhá-lo.

A experiência mostra que, em geral, as profecias anunciadas durante os momentos de oração são palavras de aconselhamento, ânimo, incentivo e apoio mediante o amor com que Deus cuida dos seus filhos. Deus revela o que acontecerá no futuro a fim de consolar seus filhos, preveni-los e salvá-los. (MENDES, 2008, p. 37).

Deus disse a uma senhora: “Coragem! Eu não permitirei que sua família se desfaça.” O marido havia a abandonado fazia poucos dias e, durante anos, aquela promessa foi a sua força e o seu sustento, até que finalmente a profecia se cumpriu e o seu lar foi restaurado. (MENDES, 2008, p. 31).

A palavra de profecia não tem a intenção de satisfazer nossos desejos e sim revelar a vontade de Deus. Agora para ser cumprida precisa ser ouvida e obedecida. Depois deve ser testemunhada para as pessoas.

A pessoa que recebe a profecia, não recebe a frase inteira. As palavras surgem em seu coração separadamente, uma por uma. A pessoa é tomada de um sentimento intenso. Sua voz não muda, apenas a maneira de falar. Suas palavras ganham vigor e certeza. Ela reconhece que tais palavras não poderiam sair dela mesma e que só Deus era capaz de realizar aquilo.

 A pessoa a quem a profecia se direciona sabe que vem de Deus. Sente uma paz indescritível no coração e fica renovada.

Corre-se o risco da profecia ser imperfeita por misturar sentimentos pessoais, por isso a importância de ser proclamada às pessoas para que seja discernida. Quem falou? Foi Deus? Foi o homem? ou o diabo? Do homem vem a ‘não profecia’. A pessoa quer apenas ser reconhecida, falar palavras bonitas e boas. Do diabo vem a ‘falsa profecia’. Causa medo, inquietação, angústia, acusação. Essas profecias não se cumprem. De Deus vem o consolo, a paz, a alegria.

A profecia não contradiz a Bíblia, a Tradição Apostólica e o Magistério da igreja.

MENDES, Márcio. O dom da profecia. 18ª edição. São Paulo: Canção Nova Editora, 2008. (Coleção Dons do Espírito). 91p.



quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

A ORAÇÃO EM LÍNGUAS

O Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. Rm8, 26

O dom de línguas, também chamado de glossolalia(do grego “glóssa”= falar e “laló”=língua), é uma oração difícil de se explicar. Não é pronunciar palavras estrangeiras ou sem ordem. Não é ficar fora de si,  Pois a pessoa sabe exatamente o que está fazendo e pode começar e parar quando quiser.

Trata-se de uma oração feita em língua desconhecida, em que a pessoa pronuncia sílabas, palavras, frases cujo significado ela não conhece. Permite que a boca fale dos sentimentos que o próprio Espírito Santo despertou em seu coração. (MENDES, 2007, p. 20).

A oração em línguas sempre existiu e após o II Concílio Vaticano está muito forte e atuante em Movimentos e Associações da Igreja Católica como a Renovação Carismática e as Novas Comunidades. É um dom misterioso, pois não é uma linguagem da inteligência, mas da alma, do coração, do espírito.

Aquele que fala em línguas não fala aos homens, senão a Deus; ninguém o entende, pois fala coisas misteriosas, sob a ação do Espírito. I Cor 14, 2.

A pessoa começa cantando, com músicas e palavras que ela mesma conhece. Pode cantar, inclusive, em meio aos seus afazeres, no meio de seus trabalhos do dia-a-dia. De repente, o coração se enche de tal alegria e de tamanho amor, que a pessoa não se prende mais às sílabas daquelas palavras que estava cantando, abandona as sílabas e deixa brotar outras novas, outros sons. Aquelas palavras novas ganham asas e começam a voar, surgem livremente do coração. (MENDES, 2007, p. 72).

O mesmo se dá com a oração que não é cantada. A pessoa começa a louvar a Deus com suas palavras e com sua inteligência até que o coração, não encontrando mais nenhuma palavra à altura daquele louvor, se abandona ao som das sílabas, conduzindo pelo amor que o Espírito Santo colocou em sua alma. (MENDES, 2007, p. 73).

Parte de nós uma vontade sincera e humilde de se entregar a Deus e receber e usar os dons que Ele nos dar. Para entendê-los é importante nos aprofundar na Igreja: A meditação das Sagradas Escrituras; o uso dos sacramentos; a leitura do Catecismo; a leitura da vida dos Santos, o conhecimento da Tradição e etc.

Algumas distinções.

 Orar em línguas é uma coisa e falar em línguas é outra.

 Orar em língua é falar com Deus pessoalmente. Todos podem fazer isso quando estão reunidos. Já o falar em línguas é uma profecia. Uma ou duas pessoas no máximo dirigem uma mensagem para assembleia. Quando se trata da tal, é preciso que uma outra pessoa interprete ou “traduza” a mensagem. A assembleia ou a pessoa a qual a mensagem de destinou precisa “confirmar” se o que foi dito partiu de Deus ou não. Como? A própria pessoa sente que é de Deus e acredita. Posteriormente ela deve testemunhar às pessoas o que Deus fez na vida dela.

Após um momento intenso de oração, em geral, depois de um bom tempo de oração em línguas, faz-se um profundo silêncio, cheio de adoração e expectativa para escutar o Senhor. Todos estão em silêncio... de repente, uma única pessoa em todo grupo começa a falar em línguas. Todos escutam. Quando ela termina, todos devem permanecer em silêncio até que uma outra pessoa comece a falar aquela mesma mensagem na línguas que todos entendem, no nosso caso, a língua portuguesa. (MENDES, 2007, p. 113-114).

MENDES, Márcio. A oração em línguas. 23ª edição. São Paulo: Canção Nova Editora, 2007. (Coleção Dons do Espírito). 116p.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O DOM DA CURA

Cura interior. Lá no fundo do coração, muito bem escondidas existem lembranças dolorosas, traumas, rejeições, não aceitação de si mesmo, falta de perdão, sentimentos de incapacidade, traições, medo, relacionamentos feridos, palavras malditas e etc. Tudo isso nos impede de ter uma vida mais sadia e pacífica. Elas estão num lugar em que somente o amor de Jesus é capaz de sarar. É por isso que Ele nos deu de presente os carismas do Espírito Santo. É por isso que existe a Igreja.

Todos precisam de cura espiritual. Ela não vem da capacidade humana. Não é ciência, nem técnica, nem magia, nem evocação de espíritos. É dom de Deus. A cura não atinge somente enfermidades físicas, mas também o coração.

Como obtê-la?

Pedindo. Pedir algo certo e que seja para nossa salvação Eterna.Por isso, o primeiro passo é rezar e se afastar da vida de pecado. Jesus nos impeli para que façamos tudo o que está ao nosso alcance e lhe peçamos o que está fora de nossas possibilidades. 

Ele pode curar ou de forma instantânea, ou apontando onde está a enfermidade para cura acontecer pelos meios humanos. “Dá lugar ao médico, que ele não te deixe, pois sua arte te é necessária (Eclo 38, 12).”

Onde obtê-la?

Nos Sacramentos (Principalmente Missas e Confissão), nos Grupos de Oração, nas Adorações ao Santíssimo Sacramento, no Rosário.

A cura é a mesma para cada pessoa? 

Não. Cada pessoa é diferente e a cura é um processo que pode durar dias, meses ou anos. Às vezes a pessoa precisa ser ouvida ou acompanhada de um modo reservado por um grupo ou comunidade. 

A cura pode não acontecer por uma série de obstáculos:

Ø  Falta de conhecimento em não pedir saúde para Deus; 

Ø  O apego a doença onde a pessoa se aproveita de sua situação para receber atenção, carinho e conforto. Mas não quer verdadeiramente a cura;

Ø  Preocupação exagerada com a autoimagem surgida pelo medo no que as pessoas vão pensar ao verem buscando auxílio na Igreja;

Ø  Maneira de achar que tudo é superstição;

Ø  Falta de fé e perdão.

A melhor maneira, portanto, de nos prepararmos é pedir ao Espírito Santo que nos converta mais profundamente a Jesus, que ele retire tudo que possa se colocar como um obstáculo entre nós e Deus. Essa barreira pode ser um pecado grave do qual a pessoa não se arrependeu nem pediu perdão, ou ainda a obstinação em continuar numa vida de erro sem grandes vontades de mudança. (MENDES, 2010, p. 94).

Quantas pessoas se tornaram infelizes porque se fecharam em seu passado. Não conseguiram deixar para trás o que já não existe. Estão amarradas a lembranças difíceis, nocivas, e, por isso, não conseguem avançar. (MENDES, 2010, p. 98).

 A falta de perdão faz com que fechemos nosso coração e desconfiemos das pessoas.

É preciso tomar cuidado, pois nem toda cura ocorre por parte de Deus. “Ou porque são mentiras e ali seremos enganados e roubados, ou por se tratar de algo pior, movido por forças malignas [ II Tes 2, 8-12], [Dt 18, 9-14]. (MENDES, 2010, p.34)”.

Há casos onde o Senhor não dá a cura. Nesses, somos convidados a viver os sofrimentos juntamente com Ele e nossos irmãos.

MENDES, Márcio. O dom da cura. 26ª edição. São Paulo: Canção Nova Editora, 2010. (Coleção Dons do Espírito). 248p.

 

 

terça-feira, 10 de novembro de 2015

DONS DA CIÊNCIA E SABEDORIA



Ciência e Sabedoria são dons de revelação. “A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, por esse mesmo Espírito.” I Cor12, 8.

                                    DOM DE CIÊNCIA:

Deus se vale de alguém para dirigir a uma pessoa uma mensagem sobre uma situação (passada ou presente) que só ela poderia saber. A mensagem também poderia ser direcionada a um grupo. Deus faz isso com o objetivo de CURAR, LIBERTAR e SALVAR.

Como sei se a mensagem é de Deus ou apenas da imaginação da pessoa que fala?

          É preciso então saber: 

                            1 - O que a pessoa disse;

                            2 - O que significou para mim;

                            3  - O que causou em meu coração;  


O dom da ciência nunca deve ser usado como forma de obter benefício próprio ou para se aproveitar da pessoa a qual a mensagem se destina. Os dons devem ser usados de forma desinteressada.           

                                   DOM DA SABEDORIA

A  palavra de sabedoria ensina o que fazer numa circunstância específica. Geralmente vem através de conselhos.

É entendido que o dom da ciência revela um problema e da sabedoria mostra a solução.

É BOM SABER: Tudo acontece por meio da vontade de Deus; Não vai contra a medicina; Nenhum dom carismático contradiz o que ensina a Palavra de Deus;

Deus não provoca males àqueles que não acolhe seus conselhos; É preciso testemunhar o que Deus fez!  Cf. Tg1, 5-6; Tg3, 13-15; Mt22, 15-22; 1Cor1, 20-25.

MENDES, Márcio. Dons de ciência e sabedoria. 21ª ed. São Paulo: Canção Nova Editora, 2008. (Coleção Dons do Espírito). 125p.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

SÓ POR HOJE E PARA SEMPRE



Durante 29 dias internado numa clínica de reabilitação em 1993, Renato Russo num diário relatava alguns fatos de sua vida. Neles é mostrado o outro lado do artista: a do homem

Como qualquer ser humano queria preencher o vazio de seu coração. Mas as coisas não saíram como sua cabeça esperava. Suas composições expressavam sua solidão, carência e depressão. 

Não tem como deixar de lado ou ignorar aquilo que o fez ir àquele lugar: a dependência química. O próprio Renato reconhecia que as drogas e o álcool não resolveram em nada seus problemas. O efeito sempre foi ruim, em si mesmo e nas pessoas ao redor. 

 Ele percebeu que estava no fundo do poço, mas queria redenção e se  reencontrar na vida. Talvez seja por isso que esse livro tenha importância. "Só por hoje vou me lembrar que sou feliz" canta em uma canção. O livro serve de  ajuda àqueles que querem um recomeço na vida.

Depois dali, a Legião Urbana lançou O Descobrimento do Brasil onde há umas das melhores canções da banda, Perfeição.

RUSSO, Renato(1960-1996). Só por hoje e para sempre: diário de um recomeço. (Organização e notas de Leonardo Lichote) São Paulo: Companhia das letras, 2015. 167p.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

OS INDOMÁVEIS (3:10 TO YUMA)



          “Dan Evans(Christian Bale) é um homem honrado e íntegro. Ele vive com sua esposa Alice(Gretchen Mol) e seus dois filhos, em um modesto rancho no Arizona. Após ter sua propriedade queimada, e perder quase tudo, Evans sai em busca de sobrevivência. Durante o trajeto, ele se depara com um assalto comandado por Bem Wade(Russel Crowe), um famoso assassino. Grayson Butterfield(Dallas Roberts), o xerife local oferece uma recompensa a Evans e a outros homens para ajudá-lo a capturar e a escoltar Wade até o tribunal de Yuma, no trem que parte às 3h10. Até mesmo algemado, Wade é destemido e perigoso, e ainda conta com a ajuda de diversos comparsas liderados por Charlie Prince(Bem Foster), que farão de tudo para libertar o temido fora da lei.”

            Assistir os filmes de faroeste é interessante porque eles exibem uma parte da história de formação dos EUA. Os aspectos envolvendo a maneira de como as pessoas viviam(uma vida muita dura, pouca confortável e pouca romântica), os fora-da-lei(pistoleiros sem perspectiva de vida que foram usados na guerra civil entre o Norte e Sul dos EUA do século XIX e depois descartados após o término dela) que adotaram esse estilo de vida fácil como forma de vingança ou ressentimentos advindos da guerra civil americana. O enfoque não na disputa entre o bem e o mal, mas sobre tudo na HONRA onde era mais importante fazer o que era preciso em vez do querer.

            As atuações e o roteiro são os pontos fortes do filme.


De James Mangold, EUA, 2007, 2h02min.

domingo, 20 de setembro de 2015

POR QUE A VIDA TÁ FICANDO TÃO SEM GRAÇA?



           A insatisfação no trabalho e nas relações sociais anda gerando um clima gigantesco de descontentamento com a vida. O dinheiro não está dando a paz e o conforto desejado onde não se tem uma motivação e um ânimo necessário para buscá-lo. A toda hora somos obrigados a gastar, gastar, gastar.  E as perguntas saltam a mente: “Minha vida é isso?” “Será que um dia encontrarei prazer naquilo que faço?”

            Nas relações fica a agonia de não se ter a quem desejamos/de que a visão que os outros têm de mim não agrada/que cobramos verdades e não gostamos de sinceridades/de o outro não ser do meu jeito/a insistência de querer saber tudo da pessoa mesmo quando ela não tem nada a dizer/o medo da solidão/ a falta de confiança/ a cobrança da atenção/ a dificuldade de esperar.

            Feridas profissionais e afetivas. Muitos andam conseguindo auxílio e forças no meio religioso. Pois se perguntam “Qual o sentido da vida se o que levo dela é taca e a qualquer hora posso perder tudo?”

            Não é um caminho fácil. É preciso muita cautela, vontade e disposição de se conhecer. Isso consiste vir à tona nosso lado desagradável e reprovável. Mas é sabendo desse lado que podemos saber no “QUE” e “COMO” mudar. Aprender o valor da espera e a perda do medo de viver a vida.

            

domingo, 6 de setembro de 2015

O DOM DO DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS



Discernir é separar aquilo que é bom do que não é. Na realidade cristã, separar aquilo que vem de Deus, do Diabo ou da natureza ferida do homem. É a oportunidade de permitir que o Espírito Santo ilumina nossa inteligência, toque  nossos sentimentos e coração, guiando nossa vontade para cumprir o que Deus nos pede.

O meio para que o Espírito Santo nos “fale” é a oração. Mas apresentamos dificuldades em rezar devido a: 

 

Ø     A preguiça;

Ø     Desânimo interior;

Ø     Desconfiança de que Deus não nos atenderá por causa de algum pecado que cometemos;

Ø     Os inúmeros apegos que tornam o coração pesado;

Ø     A decepção quando Deus não faz exatamente o que pedimos;

Ø     A dificuldade em aceitar a bondade do Senhor, que nos atende gratuitamente apesar de nossos erros;

O contrário do discernimento é a confusão. Confuso é aquilo que não é claro, que causa desordem e perturbações. 

Satanás é um espírito que não tem poder sobre nós a não ser que permitamos. Ele se aproveita de nossos pensamentos, desejos e imaginação para contar uma mentira fazendo-nos pecar. Sua intenção é no separar de Deus para que fiquemos no desespero e na angústia. 

 Ao homem e mulher de fé é preciso entender que estamos numa batalha espiritual, já que “não são com homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades.”

Cristo veio para destruir as obras de Satanás. Nos deu o Espírito Santo para que cheguemos ao conhecimento da verdade. É a verdade que nos fará viver a vida de uma forma mais plena e livre de qualquer mal que atrapalhe. 

MENDES, Márcio. O dom do discernimento dos espíritos. São Paulo: editora Canção Nova, 2007. (Coleção Dom do Espírito). 169p.


                                         Atualizado em 13/03/2024

terça-feira, 18 de agosto de 2015

MAGNÓLIA


“Big Earl Partridge (Jason Robards) é um produtor de TV a beira da morte que deseja reencontrar o filho. Phil (Phil Seymour Hoffman) é seu dedicado enfermeiro e Linda (Juliane Moore), sua jovem esposa. Frank (Tom Cruise), um célebre guru machista, é o filho que Big Earl procura. Jimmy Gator (Philip Baker hall) é apresentador do famoso programa de TV que também está com câncer  procura se entender com sua filha Claudia, viciada em cocaína. Stanley é um garoto-prodígio manipulado pelo pai oportunista. E Donnie Smith (William H. Macy) é um ex-gênio que fez fama no mesmo Quis Show e hoje está falido. O ponto em comum entre esses personagens? Todos vivem num bairro em Los Angeles cortado por uma rua chamada Magnólia, onde muitas surpresas podem ocorrer.”

            Somos tão frágeis. Não existe um escudo forte. Não existe o bem capacitado, o imbatível, o preparado. O que há dentro do coração é um ser pequeno e muito sensível que às vezes pode ser destruído pelas situações da vida.

Não é fácil passar por um momento ruim. Ninguém está preparado. Tenta-se mudar, enfrentar. Tornamo-nos pessoas até desagradáveis e difíceis para esconder nossas maiores vergonhas: a pequenez e a dor.


As diferenças podem está nos olhos, no cabelo, na aparência e na personalidade. Agora no aspecto de amar e ser amado, somos todos iguais. Erramos e tem horas que erramos feio, ainda mais quando não nos amamos. Mas vindo à  tona a verdade, buscamos o arrependimento e redenção. A velha tentativa de ser o melhor sem destruir ninguém e nem a si mesmos.

De Paul Thomas Anderson, EUA, 1999, 3h08min.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

O IRMÃO DE ASSIS



Se viver consiste em acreditar em algo, é preciso conhecer pessoas mostrando que acreditar é preciso. Que é possível viver acreditando e será possível dar a vida acreditando. Essas pessoas guardam um mistério onde se torna fascinante e estimulante querer saber a vida delas. Como elas viveram? Como conseguiram? Como suportaram? Seus atos inspiram e seus nomes e obras atravessam o tempo. Apresento aqui um pouco da vida de Giovanni di Pietro di Bernardone.

           
            Deus? Quem é Deus? Uma invenção? Uma história?


O que dizer? Às vezes muito é se dito quando é pouco falado. As palavras têm o poder de “balançar as estruturas”. Tem se a história, os ensinamentos, os dramas, as vitórias, as experiências...


“Tudo começa com o despertar. Você acorda diante do fracasso. Ver que tudo pelo qual se lutou foi em vão. Não deu certo. Sozinho, preso, sem tantas coisas pra fazer. Apenas quieto. É  nessa hora que Ele aparece...”  LARRAÑAGA, 2007, p.12.


“Em toda adesão a Deus, quando é plena, esconde-se uma busca inconsciente de transcendência e de eternidade. Em toda saída decisiva para o Infinito, palpita um desejo de libertar-se da opressão de toda limitação e, assim, a conversão transforma-se na suprema libertação da angústia.”. LARRAÑAGA, 2007, p.12.


“Onde está o dinheiro não há lugar para outro Deus. Onde há dinheiro não há amor. O dinheiro corrompe os sentimentos, divide coração, dissocia famílias: inimigo de Deus e inimigo do ser humano.” LARRAÑAGA, 2007, p.72.


“A família e sociedade firmam os pés sobre o senso comum, sobre a plataforma do convencionalismo e necessidade às vezes naturais, às vezes artificiais: é preciso casar-se, ter filhos, ganhar dinheiro, construir um prestígio social... É difícil, quase impossível, ser livre nesse ambiente, e a pessoa que quer seguir Jesus até as últimas conseqüências precisa antes de tudo liberdade, e não há liberdade sem saída. LARRAÑAGA, 2007, p 73.”


“Deus está sempre no centro. Quando todos os revestimentos caem, aparece Deus. Quando os amigos desaparecem, os confidentes atraiçoam, o prestígio social é ferido a machadadas, a saúde vai embora, então aparece Deus. Quando todas as esperanças sucumbem, Deus levanta o braço da esperança. Quando os andaimes arriam, Deus transforma-se em apoio e segurança. Só os pobres possuirão a Deus.” LARRAÑAGA, 2007, p. 94


“Não sabia que rumo sua vida haveria de tomar. Esforçava-se apenas para ser fiel cada dia e vivia à espera da manifestação da vontade divina.” LARRAÑAGA, 2007, p. 119.


“O dinheiro classifica. Levanta muralhas de aço entre irmãos. A fama classifica e a beleza também. Que sobrará para todos os filhos de Deus que não têm dinheiro, beleza, títulos, saúde ou fama? Só o esquecimento e o desprezo...”  LARRAÑAGA, 2007, p.129.


“Uma pessoa pode não ter beleza, dinheiro ou bondade, mas pode ter fama. Nesse caso, o pólo de atração será a fama, que a fará rodeada e estimada. Outra pode não ter fama, beleza, simpatia ou bondade, mas pode ter dinheiro.  Nesse caso, o dinheiro vai ser o pólo de atração. Outras vezes vai ser a beleza e a simpatia. Pode faltar tudo, mas a bondade pode ficar como pólo de atração. [...] As pessoas nunca amam o homem puro. Amam as qualificações sobreposta às pessoas. LARRAÑAGA, 2007, p. 131”


“Esta noite eu vi em sonhos... [...] Estas poderosas torres de São João de Latrão começaram a curvar-se. O edifício inteiro começou a ranger e, quando parecia que as paredes da igreja iam ao chão, um homenzinho esfarrapado arrimou-a com os ombros, sustentou-a e impediu que a igreja viesse abaixo. E ainda estou vendo aquele mesmo esfarrapado. Eras tu, Francisco, filho de Assis.” LARRAÑAGA, 2007, p. 239.

                                                                                                              
Ninguém quer passar por ridículo. Receber zombarias, desprezos e humilhações. Quem seria capaz de renunciar suas riquezas e desejos de fama e glória? De tomar Deus como guia para o resto da vida?


Tinha chegado à conclusão de que na base de toda rebeldia há um problema afetivo. Os difíceis são difíceis porque se sentem rejeitados. Mas também sabia que é difícil  amar os não amáveis, e que as pessoas não os amam justamente porque não são amáveis, e que ficam menos amáveis ainda quanto menos são amados, e que a única coisa no mundo que pode curar o que se comporta mal é o amor. LARRAÑAGA, 2007, p. 261


Houve um problema profundo:

Onde está a vontade de Deus?

Houve um problema mais profundo:

Onde está Deus?

Houve um problema final:

Deus é ou não é?
                                                                               LARRAÑAGA, 2007, p. 310


A noite escura do espírito é um turbilhão que agarra e arrasta tudo para o abismo final. Parece que Deus nos abandonou e não atende os nossos chamados. Parece que a Palavra não tem sentido algum. Ficamos irreconhecíveis. Tudo nos deixa desanimados.


Só que é esse momento que Deus nos mostra que é Tudo. É o momento de purificação.


Como explicar?  É como se alguém descobrisse, de repente, que ele mesmo não passa de uma mentira que pregou a si mesmo, como uma brincadeira de criança em que cada um quer ver quem engana o outro, sabendo que todos estão enganando todo mundo.

Como explicar? É como um desdobramento da personalidade, como se, de repente, alguém descobrisse que estava enganado a si mesmo e que as duas partes de si mesmo sabiam que estavam enganando e sendo enganadas.
LARRAÑAGA, 2007, p. 314.


“Por que a ti? De acordo com as regras do mundo, tu, Francisco de Assis, não tens nenhum motivo para cativar a atenção popular. Não és bonito, por que todos querem ver-te? Não és eloqüente, por que todos querem ouvir-te? Não és sábio, por que todos querem consultar-te? Por que todo mundo corre a ti quando não tens nada para atrair? Qual é o segredo do teu fascínio?”
LARRAÑAGA, 2007, p. 276.


A coisa que amamos nos prende. Às vezes, fico em dúvida se é a coisa que nos prende ou nós que nos prendemos a coisa. Possivelmente, não há diferença entre um e outro. Quando aparece alguma ameaça para a coisa que amamos, isto é, quando surge algum perigo de que ela nos escape, nós a agarramos com mais força. Se o perigo aumentar, aumentará o nosso agarramento. Quanto mais crescer nosso agarramento maior será a coisa.
LARRAÑAGA, 2007, p. 363.


O ser humano utiliza sua superioridade intelectual para torturar os animais indefesos. Quer domesticar a todos, isto é, quer dominá-los e submetê-los a seu serviço, e muitas vezes a seu capricho. Os que se dedicam a caçar não são os pobres que têm fome, mas os ricos a quem não falta nada. Matam para se divertir. O ser humano não respeita nada, porque se sente superior a tudo.

LARRAÑAGA, 2007, p. 462.

sábado, 25 de julho de 2015

DE OLHOS BEM FECHADOS



“Bill Harford (Tom Cruise) é casado com a curadora de arte Alice (Nicole Kidman). Ambos vivem o casamento perfeito até que, logo após uma festa, Alice confessa que sentiu atração por outro homem no passado e que seria capaz de largar Bill e sua filha por ele. A confissão desnorteia o sujeito, que sai pelas ruas de Nova York assombrado com a imagem da mulher nos braços de outro. Ele acaba em meio a uma reunião secreta e uma mansão afastada.”


            Uma máquina complexa. Uma maneira bem instigante de nos definir. Difícil de decifra alguém já que a medida que o tempo passa mais misteriosos e assustadores ficamos. Dentro de nossas cabeças são escondidos desejos, fantasias, sonhos, coisas boas.

Um ponto que desencadeia quaisquer novos comportamentos são os relacionamentos. O que faz eu querer conviver com o outro? Por que tenho que compartilhar coisas? E se eu prometer que viverei com alguém independente do que aconteça sendo fiel e justo? Estou disposto a me sacrificar pelo outro? Engolir meu egoísmo e orgulho? Tentar descobrir sua essência?

Hoje se vê os relacionamentos pela ótica do sexo. Só se chega perto de uma pessoa porque ela é bonita e atraente. Você a deseja apena para aquilo e o resto nada mais importa. Quer obter felicidade, mas e a felicidade do outro? É bom ser usado? Parece satisfatório reduzir o ser humano a um mero animal? Um lixo? Onde só o corpo vale mais?

É em busca de um sexo desordenado, animalesco, egoísta e mortal que muitos estão se destruindo. Quem se importa em construir uma família? Cuidar de filhos? Sua felicidade é mais importante que tudo? É bom viver numa realidade solitária e opaca?


De olhos bem fechados, De Stanley Kubrick, Com Tom Cruise e Nicole Kidman, EUA, 1999, 2h39min.



Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...