O coração está centrado
naquilo que se julga necessário para a felicidade. Às vezes se engana. Mira
apenas naquilo que é prazeroso. Cega a pessoa e vai transformando-a dentre
muitos “tipos”. Como:
·
Aquela que é preguiçosa e que não gosta de
esforço;
·
Quer liberdade para fazer o que quer;
·
Ofende-se por qualquer coisinha;
·
Julga que se estar sempre com a razão desprezando
a opinião dos outros;
·
Queixa-se em não ser compreendido ao mesmo
tempo em que julga com dureza os demais;
·
Preocupa-se de forma excessiva com a própria
imagem;
·
Não perdoa e guarda ressentimento por longo
tempo;
·
Enxerga apenas o lado negativo do próximo;
·
Fala demais e escuta de menos.
As virtudes ajudam a acabar com esses “tipos”.
Uma pessoa prudente pensa
antes de agir. Faz bom uso do tempo e enxerga aquilo que é bom e prioritário. É
justa sendo verdadeira em palavras e ações, tendo consciência de suas
intenções. É forte quando consegue enfrentar e resistir as dificuldades e sabe
ser paciente (a arte de sofrer e esperar!). Consegue também manter o equilíbrio
entre o espiritual e o corporal fazendo razão e vontade estarem acima dos
desejos e instintos.
Aí está exemplificado as
quatro divisões das virtudes humanas. Prudência,
Justiça, Fortaleza e Temperança.
A palavra virtude vem do grego virtus
que significa força. Ela define a maneira de pensar, sentir e agir da
pessoa, além de ajudá-la a desenvolver a capacidade de ordenar e governar sua
conduta.
As virtudes servem para se alcançar
um bem, vencer o mal e alcançar uma autêntica realização humana.
Para tê-las é preciso
querer. Pois elas são adquiridas, conservadas e cultivadas com esforços
cotidianos. Que vão desde falar a verdade como aceitar pequenas dores e
sofrimentos sem reclamar (só pra citar alguns exemplos).
E sobretudo ser humilde, o fundamento de toda virtude. Quem é humilde:
·
Não é apegado às coisas que passam;
·
Não se coloca acima dos outros;
·
Não é vaidoso em extremo;
·
Reconhece seus erros e limitações;
·
Não é invejoso nem rancoroso,
·
Aceita aquilo que não pode mais mudar;
·
Perdoa, ama, quer o bem do próximo e sempre
busca melhorar em tudo que faz.
“Pessoas
de referência são aquelas capazes de grandes sacrifícios, de renúncias, de
sofrimentos por uma causa. Esta causa consistia sempre num Bem, nunca num
prazer puro e simples.”
Francisco
Faus
Fonte:
FAUS, Francisco. A conquista das virtudes. São Paulo:
Cultor de livros, 2014. 208 p.