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terça-feira, 17 de dezembro de 2024

VIGIAR O CORAÇÃO

A vida é uma sucessão de provações, tentações e desafios. No meio disso tudo está o nosso coração. Precisamos vigiá-lo, pois é nele que o mal é concebido.

O coração fica refém dos prazeres vazios e egoístas, da ânsia de sempre querer possuir mais e mais e do apego exagerado ao dinheiro. Fica endurecido, cheio de pessimismos e rancores. Quer o mal do outro e ao mesmo tempo quer ser como ele. É abatido por um tipo de tristeza que faz sumir o sabor das coisas que antes davam alegria. Essa tristeza tira o interesse pela vida e faz aumentar o desejo de querer estar “fora” dela, não se importando com ninguém.

É necessário estar alerta, pois não somos fortes. A inteligência nem sempre é lúcida, a vontade nem sempre é firme, os desejos nem sempre são governados, a coragem nem sempre vence o medo. E por mais que eu seja inteligente, justo, forte e equilibrado, um dia vou cair. 

É necessário lutar não apenas com “os meios humanos”. No cristianismo aprendemos que diante de cada pensamento e desejo que chegam ao coração e a mente, deve-se questionar: De onde veio? De Deus ou do Adversário? Nunca se dialoga com o tentador. Ele é mais esperto que nós. Devemos fugir dele!

O Espírito Santo concedido no Batismo nos dá as Virtudes Teologais. A que nos coloca no caminho de encontro ao desconhecido e invisível permitindo  um vínculo com Deus através de uma força que abre a mente para seus mistérios. A Esperança de se acreditar na Ressurreição de Jesus Cristo, mesmo sabendo que tudo vai acabar, mesmo sabendo que as coisas podem dar errado. E por uma Caridade que nos permite amar a Deus e aos outros, nos movendo a amar o que ninguém amaria. 

Jesus está ao nosso lado para nos ajudar, para nos proteger, até para nos levantar depois do pecado. É ele que nos dar a capacidade de enxergar no escuro, de amar quando não se é amado e de ter esperança quando não há motivos.

Se abrirmos o coração ao Espírito Santo, Ele reavive em nós as Virtudes Teologais. Se perdemos a confiança, se estamos desanimados, se estamos desencorajados, se nosso coração está duro, Deus reabre-nos a Fé, desperta a Esperança e suaviza nosso coração com a Caridade.

A base dessas virtudes está na humildade. Reconhecer-se pequeno e necessitado. É preciso pedir sabedoria a Deus para que Ele proteja nosso coração e nos conceda a coragem de permanecer e acolher sua presença no “aqui e agora” não importando a situação.

Fonte:

Ciclo de Catequeses do Papa Francisco sobre “Os Vícios e as Virtudes”: https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2024-05/papa-francisco-ciclo-catequeses-vicios-virtudes.html


quinta-feira, 31 de outubro de 2024

QUAL O SENTIDO DA VIDA SEXUAL NO PLANO DE DEUS?

 A Fé Católica não oferece métodos ou exercícios para a vida sexual e sim conceitos claros da nossa moral.

A Igreja ensina que o único lugar adequado e lícito para a vida sexual é o casamento, como expressão do amor conjugal e da geração dos filhos. Fora do casamento a vivência sexual é um desastre. O sexo existe para dar ao casal humano unidade e alegria.

O que deve mover o casal é a busca da santidade. Não é apenas saber o que deve ou não fazer na vida matrimonial. O amor conjugal deve expressar o amor divino. Para ele acontecer é preciso que o casal lute contra aquilo que impede a manifestação desse amor: o pecado.

O pecado não é apenas a ruptura entre Deus e a humanidade, mas também entre o homem e a mulher. O amor entre ambos se vê ameaçado pelas infidelidades, ciúmes, brigas, desejos de dominação e pelos prazeres do mundo.

A nossa sociedade promove o sexo acintoso, sem responsabilidade e compromisso, faz dele uma mercadoria de consumo. A internet é o campo disso, pois é traiçoeira e pode viciar.

Outro motivo que deve mover o casal é o desejo profundo de construir a vida juntos. É uma decisão séria, portanto é importante não queimar algumas etapas antes do casamento. A castidade ajuda a defender o amor dos perigos do egoísmo e da agressividade além de permitir a cada um se conhecer melhor.

Existe uma finalidade profunda no sexo além do prazer. Pois ele manifesta  quem somos e mostra nosso caráter. Toda a pessoa deve participar desse ato, não podendo ser apenas um ato biológico e mecânico. Cada cônjuge não pode buscar apenas o prazer e fazer do outro um “instrumento de gozo”. Por isso a satisfação sexual do homem e da mulher depende de reações emocionais, afetivas, físicas e espirituais.  O prazer no ato sexual é uma consequência da intimidade entre o casal, exprime o que está no fundo da alma de cada um.

É preciso saber que o prazer sexual nunca poderá ser o mais importante no casamento. Só em Deus satisfaremos plenamente as nossas tendências naturais. A busca exagerada do prazer no casamento deixa o casal numa ansiedade negativa e numa angústia inconsciente, tornando-os psicologicamente abertos a tentar consegui-lo de maneira anormal ou imoral.

Fonte:

AQUINO, Prof. Felipe. Vida sexual no casamento. 16ªed. Lorena-SP: Cléofas, 2018. 144p

terça-feira, 10 de setembro de 2024

NÃO TE DEIXES VENCER PELO MAL


Acreditar em realidades invisíveis, não palpáveis e em que não se pode provar é um desafio pra nossa inteligência (que sempre quer entender tudo).

Na busca por respostas às perguntas difíceis (como a atuação do mal no mundo) encontramos uma explicação a partir da Fé Cristã. É através dela que descobrimos que o verdadeiro responsável pelos males que afligem a humanidade é um espírito, Satanás.

Nas Sagradas Escrituras, ele descrito como o adversário de Jesus. Não possui corpo, mas é dotado de inteligência e vontade. Seu objetivo? Levar a humanidade à perdição. Sua principal arma é a mentira. Uma mentira que confunde. Que faz o ser humano ficar preso e escravo às seus desejos; a fazer o errado achando que é o certo; a praticar o mal contra o próximo.

Satanás age em nosso ponto fraco e injeta em nosso coração:

Ø O desejo de ganhar dinheiro, de se tornar grande e poderoso não para ajudar as pessoas, mas para dominá-las;

Ø A busca por prazeres proibidos;

Ø Desânimo. No desânimo achamos que o pecado é o melhor remédio contra a tristeza.

Ø Medo do futuro. Fazendo com que recorramos a magia e feitiçaria.

Ø Angústia.

Ø Desconfiança da Misericórdia e amor de Deus.

Não é tão fácil saber aquilo que vem ou não do maligno. Existe o lado humano: os desejos profundos, a imaginação, o inconsciente, as doenças psiquiátricas. Agora, aquilo que é espiritual só pode ser tratado através de realidades espirituais. Se existe um espírito do mal é porque existe um espírito do bem.

Jesus Cristo deixou o Espírito Santo e também sua Igreja para lutarmos. Lutarmos para não cairmos nas armadilhas do demônio e termos força para recusar suas propostas.

                                   “Vigiai e orai para não cair em tentação”

A Oração e os Sacramentos nos ajudam a:

Ø  Guardarmos os sentidos;

Ø  Não olhar e escutar de tudo;

Ø  Estarmos atentos a nós mesmos e ao que nos rodeia; 

ØTermos força interior para ficarmos longe e evitar as tentações. 

Num mundo onde o mal e o errado é mais atrativo, é preciso de muita coragem em decidir seguir o caminho certo, ir além dos próprios desejos e vontades.

Convertei-vos e credes no evangelho disse Jesus. E o que é convertei-vos?

“Quer dizer: pare de prestar atenção só ao que é terreno, aos bens materiais, à carreira, às roupas, à comida, às coisas da terra, como se vivêssemos só aqui, e depois acabou. É preciso olhar para o alto, para o fim da vida e nos perguntar: para onde iremos quando morrermos?” (AMORTH, 2018, p. 26).

 AMORTH, Padre Gabriele. NÃO TE DEIXES VENCER PELO MAL: as últimas palavras de um grande exorcista. Tradução de José Eduardo Câmara. Campinas-SP, Ecclesiae: 2018, 148p.


domingo, 9 de junho de 2024

AS SANDÁLIAS DO PESCADOR (THE SHOES OF THE FISHERMAN)


 

“Não posso mudar o mundo.

Não posso mudar o que a história já escreveu.

Eu posso apenas mudar a mim mesmo.

E começar a escrever um novo capítulo, cheio de incertezas.”


O filme As Sandálias do Pescador fala dos riscos que acarreta uma decisão. O pano de fundo da história é a Igreja Católica enfrentando o desafio da escolha de um novo Papa. Durante o conclave, após tentativas frustradas de votação, o cardeal russo Kiril Lakota é proclamado Papa por ter mantido a fé durante os anos em que estava na prisão. Kiril, logo entende o peso da responsabilidade de seu cargo. Para que sua voz alcance os milhões de pessoas ao redor do mundo ele precisará enfrentar as dificuldades e resistências para fazer o que acredita ser o certo. E ter consciência que haverá um preço a ser pago.

Ele entende isso na conversa emblemática com o cardeal Leone:

- Leone como um homem sabe que suas ações são para ele ou para Deus?

- Nunca se sabe. Temos um dever a cumprir. Mas não temos o direito de esperar aprovação nem mesmo um bom resultado.

- Então, no final meu amigo, estamos só?

- Sim. Os que vieram antes do senhor passaram por momento de solidão. Devo dizer que não há remédio pra isso. E quanto mais viver mais solitário será. O senhor pode até usar um homem ou outro para o trabalho na Igreja. Mas quando o trabalho estiver feito ou o homem não for adequado, irá dispensá-lo e buscará outro. O senhor quer amor e poderá tê-lo por algum tempo, mas irá perdê-lo. Goste ou não, está condenado a uma vida solitária desde o dia de sua eleição até sua morte. É um calvário Vossa Santidade. E o Senhor apenas começou a subi-lo.

De: Michael Anderson. Com: Anthony Quim, Vittorio De Sica e Leo Mckern. Baseado do romance homônimo de Morris L. West. Eua, 1968, 2h 41 min.


domingo, 1 de outubro de 2023

O SENTIDO CRISTÃO DO SOFRIMENTO HUMANO


 

Há sofrimentos sem sentido aos quais não temos culpa. Esses são difíceis de entender. Esta dor, na alma ou no corpo, que é resultado da não participação de um bem desejado também pode atingir muitas pessoas. Fome, guerras, violências, doenças (só pra citar alguns exemplos).

Por que estou sofrendo?

          É necessário tempo, muito tempo para que esta resposta seja percebida interiormente. Mas a verdade é que quando as explicações humanas são insuficientes e inadequadas, a gente busca Deus.

É na pessoa de Jesus Cristo que entendemos o sentido do sofrimento. Ele não explica as razões do sofrimento ou o porquê que estamos sofrendo. Ele diz: “Segue-me! Seja meu discípulo. Escute o que eu tenho a dizer. Veja o que tenho a fazer. Tenha Fé em Mim.”

Cristo também experimentou o sofrimento: cansaço, sem um lugar para morar, incompreensão, hostilidade, rejeição, humilhação, perseguição. Mas também nos ensinou sobre ele.

O pecado gera sofrimento. Cristo com sua Cruz e Ressurreição destruiu o mal atingindo-o na raiz: o pecado e a morte. Isso nos permitiu enxergar o sofrimento com um novo olhar: a do Evangelho.

Jesus nos dar a vida eterna. Com esta certeza entendemos que o sofrimento serve para nos reconstruir. Serve para desenvolvermos as virtudes. A perseverança em suportar tudo aquilo que incomoda e faz doer e de participar do sofrimento do próximo.

Agora não precisamos mais ir a lugares ou a inventar formas de aliviar ou acabar com o sofrimento (que na maioria das vezes faz é piorar!). 

“Cristo nos ensinou a fazer o bem com o sofrimento e a fazer o bem a quem sofre.” p. 67.

Nossos sofrimentos unidos à sua Cruz torna-se poder de Deus.

João Paulo II, Papa. Carta Apostólica “Salvifici Doloris” O sentido cristão do sofrimento humano. 11ª ed. São Paulo: Paulinas, 2009. 70p.

terça-feira, 1 de agosto de 2023

VIRTUDES HUMANAS: O QUE SÃO E PARA QUÊ SERVEM?

O coração está centrado naquilo que se julga necessário para a felicidade. Às vezes se engana. Mira apenas naquilo que é prazeroso. Cega a pessoa e vai transformando-a dentre muitos “tipos”. Como:

·         Aquela que é preguiçosa e que não gosta de esforço;

·         Quer liberdade para fazer o que quer;

·         Ofende-se por qualquer coisinha;

·         Julga que se estar sempre com a razão desprezando a opinião dos outros;

·         Queixa-se em não ser compreendido ao mesmo tempo em que julga com dureza os demais;

·         Preocupa-se de forma excessiva com a própria imagem;

·         Não perdoa e guarda ressentimento por longo tempo;

·         Enxerga apenas o lado negativo do próximo;

·         Fala demais e escuta de menos.


As virtudes ajudam a acabar com esses “tipos”.

Uma pessoa prudente pensa antes de agir. Faz bom uso do tempo e enxerga aquilo que é bom e prioritário. É justa sendo verdadeira em palavras e ações, tendo consciência de suas intenções. É forte quando consegue enfrentar e resistir as dificuldades e sabe ser paciente (a arte de sofrer e esperar!). Consegue também manter o equilíbrio entre o espiritual e o corporal fazendo razão e vontade estarem acima dos desejos e instintos.

Aí está exemplificado as quatro divisões das virtudes humanas. Prudência, Justiça, Fortaleza e Temperança.


A palavra virtude vem do grego virtus que significa força. Ela define a maneira de pensar, sentir e agir da pessoa, além de ajudá-la a desenvolver a capacidade de ordenar e governar sua conduta.

As virtudes servem para se alcançar um bem, vencer o mal e alcançar uma autêntica realização humana.

Para tê-las é preciso querer. Pois elas são adquiridas, conservadas e cultivadas com esforços cotidianos. Que vão desde falar a verdade como aceitar pequenas dores e sofrimentos sem reclamar (só pra citar alguns exemplos).


E sobretudo ser humilde, o fundamento de toda virtude. Quem é humilde:

·         Não é apegado às coisas que passam;

·         Não se coloca acima dos outros;

·         Não é vaidoso em extremo;

·         Reconhece seus erros e limitações;

·         Não é invejoso nem rancoroso,

·         Aceita aquilo que não pode mais mudar;

·         Perdoa, ama, quer o bem do próximo e sempre busca melhorar em tudo que faz.

 

“Pessoas de referência são aquelas capazes de grandes sacrifícios, de renúncias, de sofrimentos por uma causa. Esta causa consistia sempre num Bem, nunca num prazer puro e simples.”

                                                       Francisco Faus         

Fonte:

FAUS, Francisco. A conquista das virtudes. São Paulo: Cultor de livros, 2014. 208 p.

sábado, 1 de julho de 2023

O AMOR MAIOR: A HISTÓRIA DE SANTA GIANNA

 


A qualquer momento.  A qualquer dia. E a qualquer hora, uma situação vai exigir de nós uma grande decisão. Esta decisão será resultado de pequenas decisões que tomamos ao longo da vida. Este momento, este dia e esta hora chegou uma vez para a italiana Gianna Beretta Molla. Durante a gravidez de seu quarto filho descobriu um fibroma uterino (um tipo de tumor maligno). Havia três escolhas a fazer:

·         Remoção do tumor e do útero (que salvaria sua vida);

·         Interrupção da gravidez e remoção do tumor (para ter outros filhos);

·         Remoção do tumor sem interromper a gravidez (a mais arriscada, pois comprometeria sua vida).

Ela escolheu esta última e no dia 20/04/1962, uma Sexta-Feira Santa, a criança nasceu e recebeu seu nome: Gianna Emanuela. Uma semana depois Gianna Beretta Molla entra em coma falecendo no dia seguinte, 28/04/1962 às 08h da manhã.  Ela tinha 39 anos.

A vida de Gianna

Todos os pequenos momentos que ela viveu no cotidiano foram pouco a pouco lhe preparando a tomar aquela grande decisão: decidir livremente sacrificar sua vida para salvar a da criança que levava no ventre.

Não existiu nada de extraordinário na vida de Gianna. Teve pais; irmãos(sete); formou-se (em medicina com especialização em pediatria); casou-se (com Pietro Molla em 1955); teve filhos (quatro).

O que marcou mesmo sua vida foi a Fé em Jesus Cristo. Após a participação em um curso de Exercícios Espirituais, aos 15 anos, definiu este propósito:

“Jesus, prometo-me submeter-me a tudo o que permitires que me aconteça. Só te peço que me faças conhecer Tua Vontade.”

 

Desde pequena fazia da melhor forma possível àquilo que competia fazer. Sem nunca recuar. Participou da Ação Católica (movimento que no início do século XX organizava e ampliava a participação dos leigos católicos no apostolado da Igreja). Em todas as circunstâncias se dirigia confiantemente ao Senhor. Antes da cirurgia ela tinha esperança de que o Senhor haveria de ajudar e a deixaria com seus filhos e marido.

Os milagres

Os dois milagres que foram atribuídos a sua intercessão ocorreram com duas brasileiras. A primeira foi a cura de uma fístula retovaginal contraída de uma operação de um corte cesariano com filho natimorto de Lúcia Silva Cirilo em 1977, Grajaú-MA (a dor que ela sentira desapareceu e a fístula cicatrizou). E o parto miraculoso de Elisabete Arcolino, ano 2000. Na gravidez de seu quarto filho descobriu-se um tipo de problema em qual seria necessário a interrupção da gravidez. Elisabete recusa a operação confiando na intercessão de Gianna. Após uma operação cesariana, sua filha nasce em 31/05 daquele ano sem grandes complicações.

Gianna Beretta Molla foi proclamada Santa em 16 de maio de 2004 pelo Papa João Paulo II.

Uma mensagem de sua filha caçula para todos nós

“O caminho da Cruz, como Nosso Senhor Jesus testemunhou e indicou, é humanamente o mais desconfortável e difícil; no entanto é o único caminho que nos permite dar um sentido pleno e completo às nossas vidas.”

Gianna Emanuela Molla.











Foto1:  Giana com Pietro

Foto2:   Gianna com Mariolina

Foto3:   Gianna com Pierluigi e Mariolina

Foto4:    Funeral de Gianna em 30 de abril de 1962

Foto5:    Laura, Gianna Emanuela e Pierluigi no dia da canonização da mãe.* 

*A irmã deles, Mariolina faleceu em 1964 de Glomerulonefrite.

 

PELUCCHI, Giuliana. O amor maior: a história de Santa Gianna. Tradução de Antônio Maia da Rocha. Dois Irmãos, RS: Minha Biblioteca Católica, 2020. 296p.


Leitura complementar: Sobre o aborto e ter filhos

domingo, 4 de setembro de 2022

DEVOÇÕES CATÓLICAS

A Religiosidade Popular é uma forma de se viver a fé católica. As devoções são um exemplo. Todas elas, novenas, romarias, fórmulas de consagração, rosário ou terço são manifestações do coração. Ou seja, a pessoa não é obrigada a fazer. Contudo elas alimentam nossa fé. Vejam o terço. O terço ajuda a pessoa a adorar a Deus; a contemplar os mistérios da vida de Jesus e a venerar sua mãe.

As devoções têm função importante no desenvolvimento da oração (Ela que é apenas um componente da relação com Deus, porque experimentamos sua presença em algumas situações da vida!) e da relação com Deus. Procurar fazer sua vontade em atitudes e valores; cultivando intimidade com Ele ( espiritualidade); e expressando de forma comunitária (os ritos como a Missa) são exemplos dessa relação.

Ultimamente a vida urbana, o consumismo e o individualismo vêm “matando” a religiosidade popular tirando das pessoas um referencial espiritual.

MURAD, Afonso. Maria, toda de Deus e tão humana: compêndio de mariologia. São Paulo: Paulinas; Santuário, 2012. 260p.

 


domingo, 26 de junho de 2022

A SOMBRA DO PAI



No meio cristão-católico, a figura de José de Nazaré desperta curiosidade. O pouco que se fala dele nos evangelhos (Mt 1, 18-25; 2, 13-14, 19-23; Lc 2, 4-5) mostra um homem silencioso e de ação.

Como foi a vida desta pessoa que nas Sagradas Escrituras em nenhum momento fala? Que só recebia as mensagens de Deus em sonho? O que se passava em sua cabeça pela responsabilidade de criar o filho de Deus? Quais foram os aprendizados?

José não era Deus e nem foi agraciado por nenhuma graça especial. Sofreu com as demoras e teve medo diante do futuro e dos perigos da vida. Foi abandonado pelos seus parentes. Sentiu na pele a incapacidade, os limites pessoais. Incomodou-se com suas frequentes inconstâncias.

O livro não mostra a versão oficial da vida de José. É mais um “como se fosse”. Fala de como a vida é difícil, mas que é preciso vivê-la. Da conformidade de uma realidade por outra. Toca na parte da fé. Fala da presença real e constante do Altíssimo. Da oração que “dissipam as dúvidas”. Do papel que temos que desempenhar.

José cumpriu o seu. Enquanto esposo de Maria Santíssima e guardião do Filho de Deus, foi “a sombra do Pai”.

          

Dobraczynski, Jan(1910-1994). A Sombra do Pai. Tradução de Antônio Carlos Santini. São Paulo: Cultor de Livros, 2017. 327p.  


domingo, 3 de abril de 2022

SOBRE SER FELIZ

Se as coisas e as pessoas são perecíveis e mortais, respectivamente.

Se há medo em perder o que se tem.

Se nem tudo que se quer é verdadeiramente bom.

Se o tempo e o prazer passam.

E se o dinheiro pode nos dominar, o que de fato pode nos deixar felizes?

 

Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino são bem conclusivos: Deus. Ter a Deus é viver de modo feliz.

Quem tem Deus?

·         Aquele que faz sua vontade?

·         Aquele que não tem uma alma impura?

·         Aquele que vive bem?

E o Bem?

·         O bem acrescenta algo real e positivo. Traz harmonia entre o ser e o agir.

·         Somos bons não por conta própria e sim através da participação da Bondade Divina. Pois só Ele é puro.

·         Nenhum ser humano pode tudo ou é eterno.

·         O ser humano é falho.

·         A noção do que é certo é afetado pela maldade das pessoas.

            Os dois entram em consenso que quem sonda os Mistérios Divinos e busca sabedoria vive de modo pleno e moderado. Deus é o fim último de tudo. É Ele que nos dar forças nas mudanças.

Fontes:

AQUINO, Tomás de. O Bem: questões disputadas sobre a Verdade (Questão 21). Tradução de Paulo Faitanin e Bernardo Veiga. Campinas, SP: Ecclesia, 2015.

SANTO AGOSTINHO. Sobre a vida feliz. Tradução de Enio Paulo Giachini. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014. (Vozes de bolso).

terça-feira, 28 de setembro de 2021

O LIVRO DA VIDA [SANTA TERESA D’ÁVILA]

 



         Em algum momento de sua vida, Santa Teresa D’Ávila “nem se alegrava em Deus e nem achava felicidade no mundo”. Ao olhar para dentro de si reconheceu o que havia ali. Percebeu que Ele continuava agindo mesmo nesse seu estado. Cristo não estava tão longe. Sua força se encontra acima de toda e qualquer fraqueza ou entendimento. Ao receber o que precisava fez um propósito de não ofendê-lo na medida de suas forças.

          Confesso que não li todas as 359 páginas. Passei muitas. Talvez não tinha nada para mim...

          Jesus nos protege. Faz tudo. Nos livra de males piores. De sofrimentos piores. Ensina de modo estranho às vezes. Dá alguns nãos. Tira a cegueira do nosso coração. Nos coloca na verdade. Quer o nosso bem. Nos move para um lado. Mesmo que teimemos em ir para o outro.

TERESA DE JESUS, Santa. O livro da vida. São Paulo: Paulus, 1983. 359p.

domingo, 4 de julho de 2021

ORAÇÃO: O GRANDE MEIO PARA ALCANÇARMOS DE DEUS A SALVAÇÃO E TODAS AS GRAÇAS QUE DESEJAMOS



 

O coração do homem jamais encontrará a verdadeira paz, senão se livrando de tudo o que não é de Deus, para dar lugar ao seu santo Amor.

 

QUAL A NECESSIDADE DA ORAÇÃO?

Ø Para obter a Salvação e as graças (auxílios) de Deus;

Ø Obter seus dons, tais como a Fé e a Sabedoria;

Ø Alimenta a alma;

Ø Arma mais poderosa para nos defender das forças do mal;

 

POR QUEM DEVEMOS PEDIR?

Primeiramente por si mesmo e depois pelos outros.

 

O QUE DEVEMOS PEDIR A DEUS?

Ø Que nos livre dos apegos e desejos dos bens terrenos, aos quais não dão paz, mas trazem aflições e inquietações ao espírito;

Ø Aspirar ao Seu Amor e os bens eternos;

Ø Conformar-se nossa vontade com a Dele;

Ø Coragem e fortaleza para resistir às tentações;

Ø A conversão pessoal;

Ø O bem do próximo.

 

COMO DEVE SER FEITA A ORAÇÃO?

Com dedicação (devoção), humildade, confiança, perseverança, com constância, sem hesitar. Tendo como fundamento e esperança o próprio Deus.

 

DEUS NOS DARÁ TUDO QUE PEDIRMOS?

Nem sempre. Deus quer nosso bem, por isso não concede certos pedidos (Cf. Tg4, 3). “Basta-te a minha graça” (Cf. IICor12, 7).

 

Referência:

LIGÓRIO, Santo Afonso. Oração: o grande meio para alcançarmos de Deus a salvação e todas as graças que desejamos. Aparecida-SP: Santuário, 2020. 109p.


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