Há
sofrimentos sem sentido aos quais não temos culpa. Esses são difíceis de
entender. Esta dor, na alma ou no corpo, que é resultado da não participação de
um bem desejado também pode atingir muitas pessoas. Fome, guerras, violências,
doenças (só pra citar alguns exemplos).
Por que estou sofrendo?
É necessário tempo, muito tempo para
que esta resposta seja percebida interiormente. Mas a verdade é que quando as
explicações humanas são insuficientes e inadequadas, a gente busca Deus.
É na
pessoa de Jesus Cristo que entendemos o sentido do sofrimento. Ele não explica
as razões do sofrimento ou o porquê que estamos sofrendo. Ele diz: “Segue-me!
Seja meu discípulo. Escute o que eu tenho a dizer. Veja o que tenho a fazer. Tenha
Fé em Mim.”
Cristo
também experimentou o sofrimento: cansaço, sem um lugar para morar,
incompreensão, hostilidade, rejeição, humilhação, perseguição. Mas também nos
ensinou sobre ele.
O
pecado gera sofrimento. Cristo com sua Cruz e Ressurreição destruiu o mal atingindo-o
na raiz: o pecado e a morte. Isso nos permitiu enxergar o sofrimento com um
novo olhar: a do Evangelho.
Jesus
nos dar a vida eterna. Com esta certeza entendemos que o sofrimento serve para
nos reconstruir. Serve para desenvolvermos as virtudes. A perseverança em suportar tudo aquilo que incomoda e faz
doer e de participar do sofrimento
do próximo.
Agora não precisamos mais ir a lugares ou a inventar formas de aliviar ou acabar com o sofrimento (que na maioria das vezes faz é piorar!).
“Cristo nos ensinou a
fazer o bem com o sofrimento e a fazer o bem a quem sofre.” p. 67.
Nossos
sofrimentos unidos à sua Cruz torna-se poder de Deus.
João
Paulo II, Papa. Carta Apostólica “Salvifici Doloris” O sentido cristão do sofrimento humano. 11ª ed. São Paulo: Paulinas,
2009. 70p.