terça-feira, 16 de outubro de 2018

POR QUE A MORTE DE UM ROQUEIRO É TÃO TRÁGICA?



          Na adolescência a música sintetiza nossos sentimentos, desejos e aspirações. Não é qualquer música. Ela precisa vir carregada de significados respondendo ao momento que estamos passando. Era a oportunidade de viajarmos para outra realidade distante do mundo real. É por isso que ao saber que a pessoa responsável por isso “se vai” fica uma dor no coração.   

          O rock sempre foi expressão de liberdade e rebeldia. Tinha a capacidade de nos deixar unidos a nós mesmos. Dava para refletir sobre o mundo já que as bandas de rock sempre representavam o contexto social/cultural/político da época. Hoje, dificilmente as músicas da “curtição” conseguem propor isso (ou estou enganado?). Nossos olhares sempre iam para aqueles que cantavam nossa vida. Eram as vozes deles que ouvíamos quando estávamos sozinhos. Elvis Presley, John Lennon, Kurt Cobain, Scott Weiland, Raul Seixas, Renato Russo, Chorão... em 2017 foi a vez de Chris Cornell (Soundgarden e Audioslave) e Chester Bennington (Linkin Park).

          Vendo para suas vidas agora fica mais nítido a escuridão interior que viviam. Parece que tudo que faziam pré anunciava o que viria. Abusos sexuais, morte de alguém querido, separações dos pais eram um escape para o uso abusivo de drogas. A luta interior era forte. Eles até que tentaram, mas foram vencidos. Resta apenas lembrar do pedaço de felicidade que eles nos deram e ainda continuam dando.


quinta-feira, 4 de outubro de 2018

NA VALSA DA VIDA



Ahh vida...
Que a tenho no momento que abro os olhos
Tão preciosa
Foi dada pra ser vivida
Para crescer, para aprender
Sozinho ou não
Partilhada ou não
Que vem passando tão rápido

O ano começa e quando percebo ele já está terminando
Nem percebo direito as coisas passando
Começo as esquecer delas
Não noto que algumas coisas aconteceram há muito tempo
Parece que foi ontem...
A sensação é que a vida é um dia que nunca acaba
Só recomeça do abrir ao fechar dos olhos

A vida escreve o roteiro...
Que atuação escolho?
Do dramático, do cômico, do romântico ou do aventureiro?
Como vou ser lembrado?
Aquele que enxergava a luz no fim do túnel e levantava das quedas?
Ou aquele que se entregava e esperava a hora chegar?
Serei o vilão ou o herói da história?
O coadjuvante ou o protagonista?

O que vivo pode representar alguma coisa ou servir pra nada
Se perde mais do que ganha
A vitória foi uma jogada sem querer

Tudo pode acabar a qualquer hora
Sozinho vim e sozinho vou da vida
Ela nunca me pertenceu
Não adianta reclamar, xingar ou amaldiçoar, só resta aceitar!

Há um mistério dentro de nós e no mundo
Que talvez nunca vamos entender
Que faz a gente tomar decisões por medo (medo de ficar só ou de ser um derrotado)
Ou que desperta uma coragem que vem não se sabe de onde

Se fosse pra acontecer já terei acontecido
O final só termina quando acaba

A vida é um milagre e uma bênção...



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