segunda-feira, 23 de maio de 2016

VIDA AZEDA?



          Se vive por um objetivo e só se vive até alcançá-lo. Certo? E quando não se consegue apesar das dezenas de tentativas?  O que fazer se só encontra a felicidade fora da realidade através de filmes, músicas, pensamentos de situações não ocorridas e sonhos não realizados? O que fazer se tudo o que mais quer parece ficar cada vez mais longe? Pior quando não se sabe o que quer e só vive a vida por viver.

            Tem que ter alguma conquista para continuar o gosto pela vida. Se vive a fase adulta rodeado de cobranças. Ser o melhor nos estudos; Conquistar e manter um emprego que seja rentável e dê prazer; Policiar nossa postura perante os outros; Obter um corpo perfeito; Ser feliz toda hora; Ter relacionamentos estáveis e confiáveis.... e etc.


            Poucos têm isso. Para maioria resta carregar em si uma enorme dor insuportável pelos fracassos (mesmo que eles só existam em nossas cabeças). Ou se quer tirá-la pulando de lugares altos ou Deus com seus anjos descem do céu para reanimar-nos e ressuscitarmos nos dando um novo sentido para esta dádiva que é a vida.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

CAPITÃO AMÉRICA 3: GUERRA CIVIL (Captain American: Civil War)



            Capitão América 3: Guerra Civil tem ação e humor. Arrecadar 900 milhões em um mês não é para qualquer um.

Apresenta novidades. Aqui explica as ameaças e os riscos de termos pessoas com superpoderes. E se eles se voltassem contra nós? O que faríamos? Gente poderosa do bem sempre chama a atenção de gente poderosa do mal. Nasce o conflito que gera a catástrofe e que termina em mortes inocentes, pois numa batalha o que sobra é destruição.

            A reunião de super-heróis ocupando um mesmo filme. Aqui há muitos. É bom e ao mesmo tempo ruim. Aqui entra o defeito do filme. Tem muita gente. Ao final fica a sensação de que o nome do filme deveria ser outro. Homem de Ferro 4? (Tony Stark querendo ou não ganha mais destaque que o capitão Steve Rogers). Vingadores classe B? (Vemos a reunião dos heróis classe B da Marvel).

Como nos últimos filmes da Marvel esse Capitão América responde perguntas de filmes anteriores e deixa uma lacuna de perguntas a serem respondidas nos posteriores.

A velha e conhecida Vingança ocupa o pano de fundo da história (Se bem que a intenção desses filmes é reunir todos os heróis para formarem os VINGADORES).

Ver personagens tão queridos lutando entre si é curioso e de apertar o coração(para os mais sensíveis). Mas a medida que o homem vai obtendo poder mais sombrio ele fica e mais decisões difíceis ele toma.


Capitão América é um filme espetáculo. Não ganha pela história e sim pela sacada dos realizadores em reunir essa “penca” de super-heróis na mesma tela.

domingo, 15 de maio de 2016

O CÉU COMEÇA EM VOCÊ


Os monges como São Bento, Evágrio Pôntico e Santo Antão apontam o caminho espiritual como forma de viver uma vida saudável. Equilibrando oração e trabalho; vigília e sono; refeição e jejum; solidão e convivência, e estabelecendo uma rotina saudável é possível organizar a vida pessoal. 

A espiritualidade dos padres do deserto (como eles eram chamados) não consiste em estabelecer altos ideais, e sim ir de encontro às próprias fraquezas. Na fraqueza se descobre um pouco de si mesmo, a vontade de Deus e o que é necessário para alcançar a Graça necessária.

Para se chegar ao que o autor chama de “espiritualidade de cima” é preciso ter:

       Ø  Abnegação;

Ø  Autodomínio;

Ø  Amabilidade constante;

Ø  Amor desinteressado;

Ø  Liberdade diante da cólera;

Ø  Domínio da sexualidade. 

O caminho para se obter isso é árduo, pois o indivíduo precisa travar algumas batalhas.

A primeira delas é separar o ideal da realidade. Os padres do deserto nos aconselham a representar nossas fantasias e sonhos na realidade.

Por exemplo: Você quer uma mulher?

Então imagine se tivesse uma. Você teria que cortejá-la, não é mesmo?

Teria que dar atenção;

Fazer algumas renúncias por ela;

Fazer coisas que ela gosta porque uma vez ela já fez isso por você;

E se ela se sentir doente?  Ficará perto dela?

E se ela lhe pedir dinheiro?

E se ela não trabalhar? 

Levando as coisas para a realidade pode-se descobrir o que realmente se quer. Não reprimindo os pensamentos e sim os deixando vir à cabeça e levá-los para realidade. Pensar: “Conseguirei viver realmente desta forma? Meus sonhos serão possíveis e estarei em paz?”

A outra batalha a ser vencida é com os maus hábitos. Os padres convidam a uma mudança:

Em relação à comida. Comer devagar, saboreando a comida em vez de comer rápido, em excesso e escolhendo mal o cardápio.

Em relação ao sexo. Usar o sexo como resultado de uma vontade e disposição de um homem e de uma mulher que decidem se relacionar seriamente, doando-se intimamente, em vez de usá-lo apenas para buscar um prazer solitário e egoísta.  Lembrando que a sexualidade não bem vivida “retarda o processo de humanização e é transformada num bloqueio em direção a Deus.” (GRÜN, 2010, p. 73.).

Em relação às posses. Ter consciência que dinheiro e bens nunca vão dar tranquilidade, sossego e harmonia desejados. A vida não consiste em apenas tê-los. A ânsia em possuir nunca será satisfeita. O que aumenta é a aflição de querer mais e mais na esperança de suprir algum vazio.

Em relação ao tempo. Olhar para o presente encarando a própria realidade, tendo ânimo para trabalhar e rezar, e se envolvendo com algo ou uma pessoa em vez de ter os pensamentos longe, em outro lugar, querendo fazer coisas diferentes a toda hora, sem estar aproveitando o momento presente.

Em relação aos sentimentos. Descobrir as causas da raiva e da tristeza em vez de se deixar dominado por eles.

Em relação a si mesmo e ao próximo. Reconhecer o que se sabe fazer; ter consciência que não é igual aos outros; está na disposição de ajudá-los quando possível em vez de se comparar, de ter, de ser e de torcer pelas derrotas do próximo.

O modelo de comportamento é Jesus Cristo. Ele que desceu dos céus para nos levar a Deus dará as forças e o ânimo necessário para todos aqueles que crerem Nele.

GRÜN, Anselm. O céu começa em você: a sabedoria dos padres do deserto para hoje. 18 ed. Tradução de Renato Kirchner. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.  141p.

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