sábado, 24 de março de 2018

TENTANDO ACHAR O PRÓPRIO CAMINHO




Tem horas que busco respostas para tudo, uma explicação...
Nem sempre elas existem
E não sei criar uma

Mesmo que eu tenha tudo que eu quisesse ainda existiria um buraco
Que se preenchido traria aquela paz que reinaria aqui dentro
Uma hora a respiração e o coração vão parar e olhos se fecharão para sempre
Sim, é um mistério...
Mas até lá preciso tentar encontrar meu caminho, o caminho da minha vida
O caminho para eu ser feliz

Uma pessoa e o dinheiro podem ajudar, ou não!
Nem sempre o que está na cabeça e no coração esteja certo

Podemos concordar ou discordar em algumas coisas
Compatibilidades poderão existir ou não
Sou tão estranho quanto você
Sou tão fechado como você
O que temos de diferente é aquilo que está em nossas cabeças
Fora isso, somos tão iguais!

As memórias podem salvar ou torturar
As decepções podem abalar a crença
É possível sonhar sem sair do lugar
Vivendo a realidade e a verdade
Se você me perguntar como se fazer isso eu vou falar:
“Tente encontrar seu caminho”

domingo, 4 de março de 2018

DEPRESSÃO PODE SER EVITADA?



       
          Muito fácil falar e escrever sobre depressão. Agora, a convivência com quem tem essa doença torna-se bem complicado. Somente um profissional pode dar o diagnóstico, porém precisamos ficar "ligados". Não se trata de uma ameaça, mas de uma presença que pode afetar aqueles que amamos.

           Depressão, doença social bastante difusa vem se ampliando e parece que o avanço tecnológico e o bem estar social dão lhe mais impulso. A tristeza de uma felicidade não alcançada mostra-se como principal causa.

          Antes disso, acontece alguns "gatilhos":

·         Perda de alguém pela morte;
·         Perda do emprego;
·         Términos de relacionamentos ou casamentos;
·         Afetos não recebidos pelo pai ou mãe;
·         Amores não correspondidos;
·         Fracassos profissionais;
·         Falta de sentido na vida;
·         Não aceitação da realidade.
          
              Em casos mais graves pode levar ao suicídio. Pessoas veem nesse ato uma forma de expiação ou desejo de alcançar uma vida nova, mais perfeita e serena. O insucesso nos estudos, falta de afeto dos pais, amor não correspondido e dificuldade de inserir-se na vida adulta são fatores que levam os jovens ao suicídio. Os idosos são atingidos pela sensação de inutilidade, doenças que duram a vida toda e visão negativa do mundo.

          Para lutar contra a depressão precisa:

·         Mudar o modo de comportar-se em confronto consigo mesmo e com o mundo que o cerca.
·         Saúde mental: regular horas de sono, alimentação adequada, diminuição de estimulantes, usar o humor.
·         Conhecimento de si e controle emocional.
·         Impor limites.
·         Mudar de vida (trabalho, amores).
·         Ser bem acolhido.
·         Persistir.
·         Uso de remédios.
          
              Mas não basta só isso. Precisa-se de uma consistência espiritual, pois outra causa da depressão vem quando a fé em Deus não serve de apoio e esperança. Em casos graves de depressão, alguns atribuem a ação demoníaca.  

          Crendo no Deus do evangelho (e não o da nossa cabeça!) e praticando a solidariedade somos capazes de encontrar o sentido da vida no sofrimento. Nunca vai ser fácil. Podemos nos entregar:

"Se alguém chega ao ponto de não mais suportar a própria vida, se já não está em condições de dispor de maneira realmente livre de si mesmo e em tal estado chega ao ponto de pôr fim à própria vida, a essas pessoas cabe às mãos do Deus da misericórdia acolhê-las".    Karl Rahner  (CANOVA, 1999, p. 24)

          Ou podemos lutar:

"Esta vida mortal, não obstante as suas tribulações, os seus méritos obscuros, os seus sofrimentos e sua fatal transitoriedade, é uma realidade belíssima, um prodígio sempre novo e comovente, um acontecimento digno de ser cantado em júbilo e glória".     Papa Paulo VI (CANOVA, 1999, p. 78)

"Todos os homens e mulheres que conseguiram superar a enfermidade, estão testemunhando que existe um caminho de salvação e que há a possibilidade de percorrê-lo".   William Stryron.  (CANOVA, 1999, p. 10).

Fonte:
CANOVA, Francesco. Estressados ou deprimidos? 2 ed. Tradução de Clemente Raphael Mahl. São Paulo: Paulinas, 1999. (Coleção: Psicologia e você). 80p.


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