Perder
alguém nunca é fácil. Ainda mais se tivermos uma ligação afetiva forte com ela.
Apesar de ser dolorida, a morte nos traz a certeza de que não viveremos para
sempre. As pessoas que amamos não vão estar sempre conosco. Isso traz
sentimentos de tristeza, solidão e vazio fazendo surgir incertezas a respeito
do que poderá acontecer depois. “Como as coisas serão sem você?” (Alguns têm
medo do julgamento de Deus por aquilo que fizeram ou não durante a vida).
Na
verdade, a morte é a oportunidade de darmos um novo significado a nossa vida.
De reorganizá-la e reajustá-la. E entender também que:
§ A Fé
se mostra importante na hora de superarmos a partida da pessoa querida. E não
só isso. Nos ajuda a seguir em frente;
§ O
luto é uma fase. Ele precisa ser vivido, mas tendo consciência que não durará
pra sempre. O luto dura em média 2 anos, onde neste período a realidade da
perda se torna concreta e extremamente dolorosa, além da alternância entre dias
bons e maus serem comuns;
§ Falar
dos sentimentos: raiva, culpa, tristeza, desânimo. Expressar dor e emoções é
libertador;
§ Aceitar
a realidade da perda. A dor não durará para sempre;
§ Cultivar
espiritualidade. No caso, praticar alguma religião. A vida não é apenas as “coisas
visíveis”;
§ Não
usar o luto para se aproveitar das pessoas;
§ Não
há necessidade de se comunicar com ente querido que esteja no além. (No
cristianismo basta confiarmos na Revelação Divina que consta nos Evangelhos);
§ Concluir
o luto. Ele termina quando ao pensar no falecido não se sente mais dor e sim
vontade de levantar a cabeça e continuar vivendo.
§ Não
precisa ser religioso para perceber que não estamos nesta terra somente para
produzir e consumir. Nenhum dinheiro do mundo nos protegerá de morrer quando
chegar a hora. A vida é feita de escolhas cujas consequências são imediatas ou
futuras.
MORAIS, Cristiano Batista de. Falar da morte para viver alegre e esperançoso. Halley: Piauí, 2019. 268p.