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sábado, 4 de maio de 2024

THE BEATLES: A HISTÓRIA POR TRÁS DE TODAS AS CANÇÕES


 

Das bandas que escutava na adolescência, os Beatles é a única que continuo ouvindo.

Há muitas razões para isso.

1. As músicas eram (são) boas. Quando deixaram de fazer apresentações ao público em 1966, os membros da banda passaram a ter mais tempo para se dedicar como artistas. Eles queriam se aperfeiçoar como músicos, explorar novas possibilidades. O processo de compor, tocar e gravar as músicas mudou. Usavam instrumentos diversos e as letras falavam de temas variados. Em vez de falar apenas de amor, elas passaram a mostrar seus verdadeiros sentimentos e como estavam enxergando o mundo.

Uma guarda de trânsito, uma cachorra, um orfanato, uma rua, notícias de jornal, propagandas de televisão, sonhos, desenhos de criança, um submarino, coisas místicas, tudo era fonte de inspiração.  Isso se refletia nas melodias, nos arranjos e na harmonia vocal.

2. O que explica o sucesso da banda? Eles eram bons músicos, mas já existiam melhores do que eles. Talvez os trabalhos do produtor George Martin e do empresário Brian Epstein ajudaram a dar uma cara ao quarteto diferenciando-os das outras bandas.

3. Alguns feitos até hoje são insuperáveis. É a banda que mais alcançou o top das paradas de sucesso. A que mais vendeu discos. A que bateu o recorde de lançamentos de discos em curto tempo (lançou dois por ano com músicas inéditas entre 1963 e 1965). E a que depois de 50 anos de seu término ainda hoje é lembrada por muitos.

4. Ouvir os Beatles é sentir saudade. De pessoas, de um momento, de um lugar, de um cheiro, é sentir algo bom.

Vale apena ouvir a discografia da banda. Especialmente Help, Rubber Soul, Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band, White Album, Abbey Road e Let it Be.

TUNNER, Steve. The Beatles: a história por trás de todas as canções. Tradução de Alyne Azuma. São Paulo: Cosacnaify, 2009. 384p.


terça-feira, 15 de março de 2022

COBAIN: MONTAGE OF HECK


 Em tempos passados bandas de rock guiavam gerações. Seus membros, quase sempre o vocalista, era um modelo a ser copiado. Uma imagem do ídolo é criada em nosso imaginário. Logo o colocamos num lugar muito importante da nossa vida. Essa ligação acontece não apenas por causa de sua obra, também por aquilo que é partilhado em público. Se por acaso algo de sua vida pessoal vem à tona mostrando um lado que desconhecíamos, o interesse pela sua arte permanece, mas aquela imagem do ídolo se desfaz. Esse é o sentimento ao assistir Montage of Heck(2015), documentário que narra a vida de Kurt Cobain(1967-1994), vocalista e guitarrista do Nirvana (1987-1994).

Ainda lembro a primeira vez que ouvi o Nirvana. Em 2003, um amigo emprestou uma fita k7 do Nevermind. De cara gostei de Smells Like Teen Spirit. Sua estrutura, versos lentos antecedendo o refrão gritado; bateria forte; baixo em destaque; e riffs de guitarra acompanhadas de uma voz seca e rasgada davam força e energia pra canção. Com o tempo fui gostando das demais. A mítica Come as you are, o hino Lithium, a explosiva Territorial Pissings, a romântica Drain You, One a Plain, a intimista Something in the Way.

Ao ouvir a discografia da banda só fez aumentar o interesse em saber de sua história. Na época as informações se limitavam em revistas de pôsteres contendo algumas curiosidades, letras e traduções de algumas músicas. Até que comprei uma que abordava mais coisas. Aí veio o primeiro choque: sua carta de despedida. Até em tão sabia que ele tinha cometido suicídio, mas não sabia a idade e nem as razões. 27 anos. Sucesso. Fama. Drogas. Depressão. Problemas de saúde. Sua vida era uma bomba relógio que estava prestes a explodir.

Montage of Heck mostra a vida de Kurt a partir de entrevistas de amigos e familiares, anotações de seu diário, de desenhos, pinturas, gravações caseiras, entrevistas e cenas de shows.

Tudo estava lá e não dava pra ninguém perceber. Este documentário nos mostra o erro de divinizarmos pessoas e nos ensina, mesmo que sem querer, a olhá-las como realmente são: humanas. O que se ver é uma pessoa doente. É verdade que um acontecimento familiar marcou sua vida pra sempre; Que o uso de drogas não o ajudou a lidar com a solidão e o sentimento de rejeição; Que a fama e o sucesso eram demais para sua procedência simples e pobre. Mas não tem só isso. Há um pai brincando com sua filha e um marido amando sua esposa. 

O que fica não é apenas seu final triste. Também a paixão de Kurt pela música. E é por causa dela, da música que ele nunca será esquecido.   

De Brett Morgen. EUA, 2015, 2h12min.


terça-feira, 16 de outubro de 2018

POR QUE A MORTE DE UM ROQUEIRO É TÃO TRÁGICA?



          Na adolescência a música sintetiza nossos sentimentos, desejos e aspirações. Não é qualquer música. Ela precisa vir carregada de significados respondendo ao momento que estamos passando. Era a oportunidade de viajarmos para outra realidade distante do mundo real. É por isso que ao saber que a pessoa responsável por isso “se vai” fica uma dor no coração.   

          O rock sempre foi expressão de liberdade e rebeldia. Tinha a capacidade de nos deixar unidos a nós mesmos. Dava para refletir sobre o mundo já que as bandas de rock sempre representavam o contexto social/cultural/político da época. Hoje, dificilmente as músicas da “curtição” conseguem propor isso (ou estou enganado?). Nossos olhares sempre iam para aqueles que cantavam nossa vida. Eram as vozes deles que ouvíamos quando estávamos sozinhos. Elvis Presley, John Lennon, Kurt Cobain, Scott Weiland, Raul Seixas, Renato Russo, Chorão... em 2017 foi a vez de Chris Cornell (Soundgarden e Audioslave) e Chester Bennington (Linkin Park).

          Vendo para suas vidas agora fica mais nítido a escuridão interior que viviam. Parece que tudo que faziam pré anunciava o que viria. Abusos sexuais, morte de alguém querido, separações dos pais eram um escape para o uso abusivo de drogas. A luta interior era forte. Eles até que tentaram, mas foram vencidos. Resta apenas lembrar do pedaço de felicidade que eles nos deram e ainda continuam dando.


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

POR QUE ESTÁ TÃO DIFÍCIL SAIR DO NINHO?



Na fase adulta constatamos que nunca vamos ter plena certeza. Nada é garantido. O que temos que fazer é arriscar e estar dispostos a enfrentar o que vier. Descobrir ali na hora uma maneira de lhe dar com a situação inusitada. E o pior, só você pode fazer isso. Haverá influências dos outros, mas você, livre e consciente deve tomar a decisão. Emancipação.

Cada tempo tem suas dificuldades. A nossa é a independência. Sim, uma hora temos que deixar a casa de nossos pais e “nos virarmos sozinhos”. Só que não é tão simples. Numa época em que as coisas estão tão fáceis é mais certo se perder. Enterrando as raízes na tentativa de experimentar novos ares, o que nos tornamos? Apenas um projeto de pessoa cheia de mágoas, ressentimentos, saudosismos, arrependimento e tristeza. A frase “isso faz parte da vida” caiu por terra. Essa vida cheia de negativismos não é atraente.

Por isso os pais tem um medo danado de nos soltarmos pelo receio de que algum mal vai acontecer. São tão super protetores que acabam anulando a nossa capacidade de decidir. “Não sei fazer nada sem meus pais...”, “Pai/mãe, o que faço? Pode fazer por mim?” Problema. Isso não pode ficar assim durante toda a vida. Eles um dia irão morrer o que faremos então? A ajuda acontece para se chegar à independência. É que nem andar de bicicleta. O pai dá um empurrãozinho e você vai sozinho.

Infelizmente o mundo está muito hostil e confuso. Desconfianças, crenças, mentiras, violências, ideologias, valores, crises, tudo isso nos transformam. Para enfrentar essas tipologias é preciso receber dos pais o que somente eles podem nos dar: amor. Amor para saber que coisas difíceis irão acontecer. Amor para nos fazer maduro e decidirmos por nós mesmos. Amar e devolver esse amor a eles para que confiem em nós.  Amor para não termos medo e que uma hora as coisas vão acabar. Mas até lá viveremos com dignidade sem corromper e se deixar ser corrompido.

À  Janela

Da janela o horizonte, a liberdade de uma estrada eu posso ver
O meu pensamento voa livre em sonhos pra longe de onde estou
Eu às vezes penso até onde essa estrada pode levar alguém
Tanta gente já se arrependeu e eu, eu vou pensar, eu vou pensar

Quantas vezes eu pensei sair de casa, mas eu desisti
Pois eu sei lá fora eu não teria o que eu tenho agora aqui
Meu pai me dá conselhos, minha mãe vive falando sem saber
Que eu tenho meus problemas e que às vezes só eu posso resolver

Coisas da vida, choque de opiniões, coisas da vida

Novamente eu penso ir embora, viver a vida que eu quiser
Caminhar no mundo enfrentando qualquer coisa que vier
Penso andar sem rumo pelas ruas, pela noite sem pensar
No que vou dizer em casa, nem satisfações a dar

Penso duas vezes me convenço que aqui é o meu lugar
Lá fora às vezes chove e é quase certo que eu vou querer voltar
A noite é sempre fria, quando não se tem um teto com amor
E esse amor eu tenho mas me esqueço às vezes de lhe dar valor

Tudo tem seu tempo e uma vida inteira eu tenho pra viver
E nessa vida é necessário a gente procurar compreender
Coisas que aborrecem muitas vezes acontecem por amor
E esse amor eu tenho esquecido às vezes de lhe dar valor


Roberto e Erasmo, Roberto Carlos (1972), faixa 01

domingo, 15 de março de 2015

PERCORRER



Não era bem assim no meu sonho
Não era como eu imaginei
Não tenho tudo aquilo que eu pensava alcançar
Antes dos 33
Não sou exemplo bem sucedido
“Homem do ano, ”o que venceu”
Não era bem assim no meu sonho
Mas tenho Deus
Eu tô com mais problemas que ontem
Demoro a me organizar
A cada réveillon faço promessas em vão
(”Nesse ano eu vou mudar”)
A grana é curta. Ninguém me liga
Eu engordei, ou a roupa encolheu
Eu tô com mais problemas que ontem
Mas tenho Deus!
A minha humanidade chora
E Ele não demora a me certificar
De que alguma hora eu perceberei
O que eu preciso para ser feliz
E eu aqui tentando achar
Alguma explicação pra tanta linha torta
E ele diz, sorrindo, assim: “confia em mim”
Eu creio que algo novo me espera
Mesmo parecendo que não
Mudando um pouco o ponto de vista
E escrevendo uma canção
Para que tanta coisa querer e não ter o essencial?
Eu creio que algo novo me espera
Pois no final (pois sempre!) eu tenho Deus!

Eu tenho Deus – Bruno Camurati

   Estudar para chegar a uma faculdade/universidade. Depois fazer alguma especialização/mestrado/doutorado. Passar num concurso. Depois ganhar dinheiro. O roteiro onde poderá ser feliz/satisfeito/realizado. Não se chega assim de um modo simples. Precisa decidir as prioridades. Precisa dedicar tempo. O sacrifício é necessário, pois não é fácil chegar até o final. Não há nenhum problema nisso. O problema são as surpresas que acontecem no transcorrer desse tempo (Da escola ao dinheiro) e a dinâmica da vida moderna. Elas influenciam e muito nossas vidas de uma maneira inimaginável.

          Alguém está onde queria estar? Você teve oportunidade de fazer aquilo que gostaria? Ou não? Disseram: “Você TEM que estar no ensino superior!” Ou onde você estar não tem o que quer? Acho que a resposta provável é não. A lei do homem é cruel. Pautada pela competição, torna-se preciso vencer para conseguir o que se quer. São muitos disputando pouquíssimos espaços. Para o mundo existem os vencedores e os perdedores. Qual deles prevalece hoje?

          Vencer nos faz realizar cobranças internas e até desnecessárias de uma forma muito exagerada. Mas, que jogo é esse que tenho que ganhar? Por que tenho que jogar?

Nascemos por um motivo. E não é imitar o que todos fazem ou o que dizem para fazer. Pois aqueles que conseguem chegar até o final da jornada mundana não estão satisfeitos e já morreram pra si e para o mundo.


O que jogar? O que vencer?

terça-feira, 5 de agosto de 2014

LEVA ME ALÉM

            O pecado nos traz vergonha. Achamos que somos indignos de receber o amor de Deus. Temos a consciência que não estamos no controle de nós mesmos. Uma força, uma força imensa nos levando ao erro...

            Mas o amor de Deus é tão misericordioso ao ponto de nos fazer se arrepender de nossas falhas. De ter aversão ao pecado. Desperta a vontade de rezar mais. Faz cair um choro terapêutico. É na fraqueza que sentimos um pouco do amor de Deus. Por isso sempre peça:
Senhor, não quero mais pecar!
Me tire das ocasiões que fazem pecar
Sou uma pessoa fraca, não posso sem ti
O homem velho ainda luta aqui dentro

Me dê a graça do arrependimento
Sinto vergonha do meu pecado
Quero ter nojo de pecar
Quero rezar mais!
Acreditar mais!
Confiar mais!

Senhor, derrube as barreiras do medo,
A vida idealizada e os sonhos materiais
Sou uma pobre pessoa desejando a felicidade
Cura me e me faça ver além!
Amém

                        

LEVA ME ALÉM – ELIANA RIBEIRO

Nos dias difíceis da vida,
Quero enxergar degraus de santidade,
Os obstáculos quero vencer,
Pelo desejo de ser mais de Ti
Em cada detalhe quero sentir,
A tua mão de Pai a me moldar,
Para tornar-me o que devo ser,
E levar-me o mais perto de Ti

Não quero parar, nem vou desistir,
Quando eu achar que eu não posso,
E minha força acabar, 
Sustenta-me! (2x)

Leva-me além, supera o que me falta,
Com a força do Teu amor,
Leva-me além, e firma os meus passos,
Na Tua vontade, Senhor
Pois tudo o que eu quero é ser só Teu,
Retira de minha vida o que ainda é mau,
E santifica-me, santifica-me,
Seja o sentido de tudo em minha vida, Senhor!




sábado, 12 de julho de 2014

SE FOSSE MAIS FÁCIL

Homem:


Essa não é uma canção de louvor
Um hino de glória ao Senhor
Essa não é uma canção de adoração
Nem de amor, mas é a canção que sai de mim

É o que eu ouso cantar

É o que eu queria gritar mas não sai
Por isso pus as notas e os acordes
Pra expressar o que chora o meu coração

Se fosse mais fácil, se fosse mais claro

Ou mais bonito, se fosse mais óbvio
Ou mais tranquilo talvez eu pudesse
Acreditar

Talvez eu pudesse pensar em voltar a Ti
Deus:


Ah, por que você se dá por vencido
Se nada é impossível para mim?
Te peço apenas um pouco de fé

Pois nada é tão fácil

Nem sempre é claro nem tão bonito
Nem sempre é tão óbvio
Ou tão tranquilo
Assim é a vida
Mas se você esperar em mim
Mas se você confiar em mim
Então terás a paz....

Bruno Camurati





sábado, 12 de abril de 2014

A ESPERA...

            O tempo. A medida de todas as coisas. A melhor resposta para perguntas infindáveis. E a espera? É longa e penosa. Por que sem animação? Por que sem interesse? Por que a encenação? É por que não tem a resposta pra pergunta feita todo dia? Por que estou aqui?

 Quantas falhas até o acerto? É preciso esperar. É preciso rezar. Pra agüentar e perseverar. Mudar o olhar. Mudar a atitude. Tudo pela criação e para criar. Ser o fogo e derreter a frieza do coração.

            Não queremos mergulhar no oceano da morte e nem nas influencias erradas. Não queremos mentir. Não se sabe quando será a última vez. É preciso esperar pra vencer. Esperar...

A Canção de Amy

Amy se foi
E o tempo vai passando
O quão distante? O quão rápido? Quanto tempo?

A última vez que vimos Amy
Ela estava indo pra praia
Confrontando os voláteis céus cinzentos

Ela disse: O para sempre começa agora
E ninguém sabe sua hora
Nós nos despedimos sem saber
Que podia ser nosso último adeus

Amy era uma guerreira
Ela batia como Cassius Clay *
Ela queimava como um fogo
A despeito de todas estas chuvas

Quando o tempo era uma interrogação
Ela só sabia uma música:
Ela cantava: O quão distante? O quão rápido? Quanto tempo?

A salvação é um fogo
Na meia-noite da alma
Ela se acende como uma lata de gasolina

Sim, ela era um soldado da liberdade
Ela era uma garota do tipo que não se intimidava com nada
Ela estava pronta pra começar um fogo
Em um mundo plástico de código de barras

Quando tudo para de se mover
E eu paro pra recuperar o fôlego
E dirigir meu trem do pensamento
Até o fim da jornada

Meus pensamentos se voltam para Amy
E o fogo que ela começou
Ela chegou quando estávamos congelando
E nos deixou em chamas


Amy’s song - Switchfoot






quinta-feira, 17 de outubro de 2013

ROCK N’ ROLL, FAMA, DROGAS, SEXO E DESTRUIÇÃO!!!

            A adolescência é o tempo da novidade e de descobrir. Descobrir que existe algo a ser explorado e em que isso consiste em obedecer a vontade de: novas necessidades aparecem para serem supridas juntamente com as perguntas que precisam ser respondidas. E se a música, precisamente o rock n’ roll for tudo isso que precisamos? E se ele for nossa resposta e necessidade? E se for um oferecimento de uma vida que talvez possa ser boa pra gente?

            É um tipo de som que “puxa” e nos fascina pelas letras que expressam o que estamos passando: “Ele me entende!” ou pelas atitudes do artista. A rebeldia em não seguir ordens, detestar o que é certinho e normal, cabelos longos, cigarros, tatuagens e etc. Do fazer o quiser sem importar com a opinião do outro. É o sentir prazer de estar vivo.

            No início é inocente. As bandas de rock queriam mostrar seu som e o que pensavam sobre a vida. Mas tudo isso é destronado quando entra as drogas e a fama.

            A fama. Quando todos olham pra você e esperam muito de você exerce uma pressão psicológica terrível. Não tem como confiar e nem acreditar em alguém quando se viaja muito. Você acaba “descontando” em alguma coisa. Tem o público que sempre espera algo novo e revolucionário, aquilo que vai dar sentido a vida. Somando a isso vem a pressão do mercado que quer mais oferecer um produto do que arte. Só oferecem o sucesso. Sucesso pra quê? Pra conseguir aquilo que provavelmente vai preencher seu vazio?


Exemplo1: A banda Pearl Jam sentiu o peso do sucesso depois do primeiro álbum e toda a pressão do mercado em fazer sua música vender. Isso abalou os integrantes que focavam mais o aspecto artístico da música do que o desespero de aparecer.

            Há muito tempo vivia-se o clichê: “Sexo-drogas-rock n’ roll”, o passaporte direto pra morte. Tudo em nome exclusivamente do prazer.  O problema era que essa tríade destruía muitos talentos. Resultado: Felicidade para o mercado já que tudo que o falecido fez tornou-se sagrado, pois foi pela última vez; saudade e tristeza da família por eles terem ido de uma forma tão trágica.

Exemplo2: O Nirvana foi uma das melhores bandas do início da década 90  do século XX. Com o som zuadento formado por músicas com versos lentos e refrão gritados, a voz suja de Kurt Cobain e o hábito de destruir os equipamentos de som durante as apresentações acabaram chamando a atenção da mídia. Logo após o lançamento do álbum Nevermind, Kurt  não imaginava as conseqüências da fama e o enorme peso que exerceria em sua cabeça. Depois da separação dos pais na infância jamais foi o mesmo. Pra completar já adulto viciou-se em heroína. Nos últimos anos de vida desejou a morte até fazer isso em 1994.

Exemplo3: Ser muito público acaba despertando fanatismo. É tanto que os fãs almejam ser iguais, ter a mesma vida que o artista esquecendo a sua. Exemplo disso foi a morte de John Lennon em 8 de dezembro de 1980.

Exemplo4: Ser super popular, super inteligente, super carismático super talentoso e ainda ter uma opção sexual que antes não era tão aceita acaba levando o indivíduo a uma solidão não proposital, já que nem todos eram iguais a você. No final, você acaba sendo levado para aquilo que é fácil e passageiro. Vida desregrada, drogas, sexo e AIDS.

            Não deve ser nada glorioso se destruir e ainda ser exemplo do que não se deve seguir. Antes era difícil, agora está bem mais fácil ter a capacidade de usar o som do rock sem suas conseqüências autodestrutivas. Tendo a preocupação de passar a música e não a tragédia.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

SWITCHFOOT



O hoje é tudo que você tem agora

O hoje é tudo que você sempre terá

Não feche os seus olhos

Esta é a sua vida

Você é quem deseja ser?

This Is Your Life, Álbum The BeautifulLetdown

 

Quando sentir que meus sonhos estão tão distantes

Cante para mim os planos que você tem outra vez

 Only Hope, Álbum New Way To Be Human

 

Onde encontrará a si mesmo?

Pois você é o desaparecido agora

Afaste-se de seus dúvidas e deixa-se ser encontrado

Incomplete, Álbum New Way To Be Human

 

Tudo o que sei me diz que ela é tudo aquilo que eu poderia esperar

Tudo o que sei me diz que eu não posso deixá-la ir

Eu levei um tempo para achar as palavras

Eu esperava que ela sentisse o mesmo

Porque eu quero alguém para compartilhar meu sorriso e dor

Para estar lá quando o mar estiver cinza

Para compartilhar a alegria, para melhor ou pior

E eu pensei que poderia ter sido ela

Might Have Ben Hur, Álbum The Legend Of The Chin

 

Há algo diferente nesta banda. Ela é uma das únicas bandas (a outra é os The Beatles) que ainda hoje consigo ouvir seus álbuns. O que explica isso?

Talvez as composições que falam tanto de Deus quanto de questões humanas (estimulando a reflexão). Talvez o som. Talvez pelos os membros terem uma vida estável e ordenada. Talvez pelas músicas terem significado. Talvez pela banda manter uma unidade e ainda existir.

Ou tudo isso junto. Não sei. É difícil dizer. A música chega num momento. Vai embora por um tempo, depois volta trazendo sentimentos e lembranças (ruins ou boas). Sei que Jon Foreman, vocalista e principal compositor da banda tinha algo a dizer:

 Enough To Let Me Go

Eu estava pensando em como o amor na verdade envolve um pouco de fé. Há muito desapego envolvido. Duas almas apaixonadas é uma dança intrincada de dar e receber. Posso ser uma pessoa bastante solitária de tempos em tempos. Claro, eu amo estar com as pessoas, mas também preciso de um tempo sozinho. Portanto, esta música é sobre a dança envolvida em um relacionamento: a união e o desapego. A música iguala o amor à respiração: inspirar e liberar. Ou uma semente: para a semente crescer ela tem que ser jogada e enterrada.

Em nossa mídia, o amor é frequentemente retratado como consumo. Como consumidores em uma cultura comercial, podemos começar a ver outras almas como objetos ou possíveis curas para nossos medos e inseguranças mais profundos. "Talvez se eu encontrasse o amante certo eu não sentiria mais esse profundo desespero existencial." Mas é claro que nenhuma alma humana vai corresponder a isso. Somente o divino pode preencher esse papel. Mas o silêncio pode ser ensurdecedor. É uma coisa terrível estar sozinho. Você me ama o suficiente para me deixar ir? "Não posso viver sem você"; "Eu morreria se você me deixasse". Essas não são canções de amor, são canções de consumo."

 Red Eyes

"Então, aqui estamos no alvorecer da próxima geração. Muita gente já passou por nós. Kennedy, Elvis, Lennon, Cobain, Michael Jackson. Eles nos deixaram procurando, imaginando, esperando. Eu leio as manchetes, vejo as notícias. Países em guerra; torres caindo; mães, irmãos, irmãs e pais passando da vida para a morte. Estamos matando uns aos outros, destruindo uns aos outros. Às vezes, o estado do mundo pode deixar um homem de joelhos. Isso pode fazer você chorar. Ainda me perguntando por que este novo dia tem tanto da velha escuridão, das velhas tristezas, do velho ódio. Eu me sinto tão sozinho neste mundo de dor. Temos perseguido deuses menores. Deuses que não sabem nossos nomes. Deuses que morrerão ao nosso lado. Nosso dinheiro, nosso conhecimento, nossa medicina, nosso sexo, nossos privilégios, essas são facas de dois gumes. Com nossas duas mãos construímos e destruímos o futuro. Estou procurando por um pássaro chamado esperança, pela única canção verdadeira que poderia me trazer para casa. Estou esperando o amanhecer. Estou sonhando, alcançando o outro lado."

 Might Have Ben Hur

Esta é uma canção sobre relacionamentos. Todo mundo quer alguém com quem compartilhar seus sorrisos e lágrimas. Alguém com quem falar. Às vezes encontramos alguém que realmente podemos dar certo. Rir, falar e crescer juntos, compartilhando nossos pensamentos e construir uma sólida amizade. Como todos sabemos, essas relações podem desmoronar. Deixar ir pode ser a coisa mais difícil do mundo. Deixando as expectativas; o desapego de alguém que você ama; todas as  memórias e seus pensamentos. E lá está você, ainda desejando que você tivesse alguém para compartilhar a alegria e a dor da vida. “E você pensou que poderia ter sido ela.”

Always

A letra desta canção tenta começar no útero e seguir uma alma humana pela vida. E assim começa: o coração bate, os olhos abrem, a respiração.  Que sensações extraordinárias! Eu queria escrever esta música a partir da perspectiva de um pai. Um olhar nos olhos de seu filho. 

O segundo verso fala da dor.  Nascemos em um mundo de dor, a dor de perder um filho, a dor da rejeição, do racismo... essas experiências nos rasgam em pedaços. Todo mundo sente dor.  Victor Frankl fala de transformar sofrimento em realização humana e otimismo em face da tragédia. 

A ponte na música é o reconhecimento de minhas próprias falhas. Como um homem nascido em beleza e dor, há um momento de entrega, onde eu dou a minha vida. Esta é uma ação livre, um presente, assim como o amor do pai, foi me dado esta resposta. A simples entrega ao Criador Infinito do finito reconhecendo que eu preciso de seu amor. O significado na minha vida é freqüentemente encontrado em sinal de rendição, em vez de maestria.

You

Devemos reconhecer que a vida, a liberdade e os sentidos não podem ser encontrados dentro de nós mesmos. Em Cristo, nosso criador, infinito e pessoal, temos sentido e verdade. C.S. Lewis pergunta: "Para quem você vai procurar ajuda se você não vai olhar para aquele que é mais forte do que você mesmo?" Como cristãos, somos chamados a olhar exclusivamente a Cristo e viver para Ele com tudo o que somos. Ele deve crescer e eu diminuir.

Underwater

“A vida é tão curta. Todo mundo está correndo contra o tempo. Em quem se pode confiar? Somos tão humanos. Cada novo dia nos deparamos com os mesmos velhos problemas. A menina em Underwater enfrenta o dilema da humanidade moderna. É ruim estar em um mundo onde nada realmente importa. Sem Cristo como nossa fundação, somos atirados por ondas de desesperos, nadando em um mar de desesperança. Ela  afoga seu desespero em álcool. Ela se esconde da realidade da vida onde ela pode esquecer suas necessidades ardentes.  Às vezes tentamos buscar nossa realização em outro lugar: no relacionamento, no nosso trabalho, ou até mesmo em atuar na religião. Além da fundação de Cristo, estamos vivendo na realidade falsa, morna e sem direção, subaquática.”

Playlist:

Bomb; Might Have Ben Hur; Home; Concrete Girl; Underwater; You;

Incomplete; Only Hope; Amy’s Song; Under the Floor;  Sooner Or Late;

Company Car; Innonce Again; The Loser; This Is Your Life; Twenty-Four;

Always; Enough To Let Me Go; Red Eyes; New Year’s Day.


                                                                                                       Atualizado em: 05/02/2023

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

VOLTE PARA A REALIDADE... ESTA É SUA VIDA



          É verdade, somo guiados pelos nossos sonhos. Levantamos todos os dias com a esperança de obter o que desejamos. Mas, e se não acontecer? É certo pensar demais e não fazer nada? É certo viver em momentos que já passou ou então aqueles que virão e que provavelmente não virão? É correto se planejar tanto para uma coisa achando que vai sair tudo a seu jeito? Fugir dos problemas adianta? É correto ter inveja das conquistas dos outros e “fazer pouco” delas só para aliviar sua tristeza? Se a realidade é terrível e tenho poucas possibilidades de conquistar meus sonhos do que adianta então viver? Melhor, qual dos dois posso embarcar? Viver ou sonhar?

        Acho que podemos fazer as duas coisas, sonhar e viver, entretanto seria interessante se dermos mais importância ao “viver”. Ora, seu sonho consiste numa VIDA que você quer, não é? Você, eu e todo mundo pensamos nisso. Queremos viver a vida e não ficar sonhando o tempo todo. As realizações são provas que estamos vivos tendo nossos pés no chão. O sonho é só uma maneira é meio de ajudarmos a viver a vida.

          Agora, volto para as indagações que fiz primeiramente. E se não acontecer? Fará o quê? Tentará de novo? E se falhar novamente?

          Depende de cada um a escolha a ser feita. Abandonar e buscar um novo sonho ou persistir e ainda continuar no velho sonho. Não é certeza de nada. Em ambos os casos temos que aceitar a condição que a realidade nos impõe. Ela é cruel, injusta, traiçoeira, mórbida e faz com que a gente a rejeite. E toda vez que a rejeitamos, nosso coração e mente desaparece. Algumas frustrações e dores serão difíceis de suportar e de superar e farão você se resignar. São momentos que temos que encarar de frente, olhando cara-a-cara e persistir. Não desistir.

          Não importa a religião, a opção sexual, a língua, o sexo, a maneira de pensar, todos têm a chance de conseguir o que querem. Buscamos e sempre buscaremos a felicidade. Para chegarmos a ela é preciso esquecer o que já se passou e o que ainda está por vir. Viva o hoje, ou seja, encare os problemas e enfrente- os. Nossas vidas consistem em surpresas, boas ou más. Nada vai sair como queremos, mas vai acontecer. Não temos como controlar tudo, então o ideal é aproveitar o presente. Não se abater pelo que não foi conquistado.

          Aceitar sua condição (financeira, emocional e material) é primeiro passo. Às vezes sonhamos de maneira errada. Desejamos as coisas erradas. Talvez seja isso o fato de alguns sonhos não darem certo. O melhor ainda está por vir.

          E para chegar nele, ah meu amigo ou minha amiga, vamos “penar” e muito.


Esta é sua vida – Switchfoot

O ontem é uma ruga em sua testa
O ontem é uma promessa que você quebrou

Não feche seus olhos

Esta é sua vida e hoje é tudo que você tem agora
E hoje é tudo que você já teve

Esta é sua vida
Você é quem quer ser?
Esta é sua vida
Você é quem quer ser?
Esta é sua vida
É tudo que você o sonhou seria
Quando o mundo era mais novo
E você tinha tudo a perder

O ontem é uma criança no canto
O ontem é inoperante e excedente

                      
Fonte da imagem: recantojasmin.blogspot...


Walter Luis de Sousa Santos
Estudante de Biblioteconomia 8º Bloco




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