A adolescência é o tempo da novidade e de descobrir.
Descobrir que existe algo a ser explorado e em que isso consiste em obedecer a vontade
de: novas necessidades aparecem para serem supridas juntamente com as
perguntas que precisam ser respondidas. E se a música, precisamente o rock n’
roll for tudo isso que precisamos? E se ele for nossa resposta e necessidade? E
se for um oferecimento de uma vida que talvez possa ser boa pra gente?
É um
tipo de som que “puxa” e nos fascina pelas letras que expressam o que estamos
passando: “Ele me entende!” ou pelas atitudes do artista. A rebeldia em não
seguir ordens, detestar o que é certinho e normal, cabelos longos, cigarros,
tatuagens e etc. Do fazer o quiser sem importar com a opinião do outro. É o
sentir prazer de estar vivo.
No
início é inocente. As bandas de rock queriam mostrar seu som e o que pensavam
sobre a vida. Mas tudo isso é destronado quando entra as drogas e a fama.
A fama. Quando
todos olham pra você e esperam muito de você exerce uma pressão psicológica terrível.
Não tem como confiar e nem acreditar em alguém quando se viaja muito. Você acaba
“descontando” em alguma coisa. Tem o público que sempre espera algo novo e revolucionário,
aquilo que vai dar sentido a vida. Somando a isso vem a pressão do mercado que
quer mais oferecer um produto do que arte. Só oferecem o sucesso. Sucesso pra
quê? Pra conseguir aquilo que provavelmente vai preencher seu vazio?
Exemplo1:
A banda Pearl Jam sentiu o peso do sucesso depois do primeiro álbum e
toda a pressão do mercado em fazer sua música vender. Isso abalou os
integrantes que focavam mais o aspecto artístico da música do que o desespero
de aparecer.
Há muito
tempo vivia-se o clichê: “Sexo-drogas-rock n’ roll”, o passaporte direto pra
morte. Tudo em nome exclusivamente do prazer.
O problema era que essa tríade destruía muitos talentos. Resultado:
Felicidade para o mercado já que tudo que o falecido fez tornou-se sagrado,
pois foi pela última vez; saudade e tristeza da família por eles terem ido de
uma forma tão trágica.
Exemplo2:
O Nirvana foi uma das melhores bandas do início da década 90 do século XX. Com o som zuadento formado por
músicas com versos lentos e refrão gritados, a voz suja de Kurt Cobain e o
hábito de destruir os equipamentos de som durante as apresentações acabaram
chamando a atenção da mídia. Logo após o lançamento do álbum Nevermind, Kurt não imaginava as conseqüências da fama e o
enorme peso que exerceria em sua cabeça. Depois da separação dos pais na
infância jamais foi o mesmo. Pra completar já adulto viciou-se em heroína. Nos últimos
anos de vida desejou a morte até fazer isso em 1994.
Exemplo3: Ser
muito público acaba despertando fanatismo. É tanto que os fãs almejam ser
iguais, ter a mesma vida que o artista esquecendo a sua. Exemplo disso foi a
morte de John Lennon em 8 de dezembro de 1980.
Exemplo4: Ser
super popular, super inteligente, super carismático super talentoso e ainda ter
uma opção sexual que antes não era tão aceita acaba levando o indivíduo a uma solidão
não proposital, já que nem todos eram iguais a você. No final, você acaba sendo
levado para aquilo que é fácil e passageiro. Vida desregrada, drogas, sexo e
AIDS.
Não deve
ser nada glorioso se destruir e ainda ser exemplo do que não se deve seguir. Antes
era difícil, agora está bem mais fácil ter a capacidade de usar o som do rock
sem suas conseqüências autodestrutivas. Tendo a preocupação de passar a música
e não a tragédia.
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