domingo, 4 de novembro de 2018

AINDA VALE A PENA FALAR DE PECADO E GRAÇA NUM MUNDO TÃO RELATIVISTA?




      Os conceitos cristãos fazem parte da nossa vida. Usamos às vezes sem pensar e nem saber de seus verdadeiros significados. Quando se vai atrás constata-se que não são tão simples de compreender. Mais complicado ainda é aplicá-los e percebê-los quando se quer. Vejamos sobre Pecado, Graça e Tentação.

      Aprendemos que pecado é um ATO ou PENSAMENTO que ferem o outro e a Deus. Fácil identificar o mal feito ao próximo. Basta verificar os seis últimos mandamentos do decálogo(Cf. Mc 10, 19). Se não os segue, pratica-se o que está em Gl 5, 19-21. Como firo Deus? Alguém poderia responder: “Praticando o mal a mim mesmo ou as pessoas, pois somos imagem e semelhança de Deus”. Verdade. Mas nem tudo que fazemos parte de nossa própria vontade. Perturbações patológicas, pressões exteriores, impulsos da sensibilidade, condicionamentos da sociedade, afeições imoderadas e as “paixões” podem diminuir o grau de culpa ou responsabilidade.

       O que são as “paixões”? São sentimentos que inclina alguém a agir para experimentar algo imaginado como bom ou mal (Catecismo da Igreja Católica,1763).

          Não somos livres! Nossas fraquezas e fragilidades da vida dão brecha para o mal entrar em nossa vida. O que me “empurra” para fazer o mal? A tentação. São os maus pensamentos. Se tornam pecado quando há o consentimento. Eu tenho que querer na intenção de obter algo. Vejamos o processo:

·    Sugestão = um pensamento que surge;
·    Deleitação = prazer no pensamento;
·    Consentimento = “vou lá e faço”!

         As tentações podem vir de nós mesmos ou do demônio. Aqui já se entende que pecado e tentação fazem parte de realidades espirituais. Então precisa de meio espirituais para combater as tentações. Aí você pergunta: “E se consenti e pequei ? E agora?” Precisa buscar a Graça de Deus.

          No catecismo, Graça é um favor ou socorro gratuito de Deus. Ele nos deu Jesus Cristo que enviou o Espírito Santo para nos purificar do pecado. O homem se reconcilia com Deus, liberta-se da escravidão do pecado e recebe a cura. Deus nos deu a vida para conhecê-lo, servi-lo e amá-lo. A felicidade não está em riquezas e conquistas. Está nas bem-aventuranças (Cf. Mt 5, 3-12). Importante saber disso, pois ajuda na hora de recorrer aos meios espirituais na luta contra a tentação. Que meios?

·    Humilhar-se diante de Deus. Reconhecer a fraqueza e colocar em Deus toda nossa confiança. Como o pecado acaba se tornando “Amor de si mesmo até desprezar Deus”, o orgulho precisa ser superado. Não confiar somente nas próprias capacidades.
·    Recorrer a Deus. Não dialogar com a tentação. Invocar os nomes de Jesus e Maria.
·    Assiduidade nos sacramentos. Principalmente a Missa e a confissão.
·    Devoção a Imaculada mãe de Jesus.
·    Fuga da ociosidade(buscar o apostolado).
·    Modéstia dos olhos e vigiar as emoções.

       Como dito anteriormente, meios externos e desordens interiores podem dificultar as práticas espirituais. “Tenho o desejo de fazer o bem, mas não o pratico.” O que vale então é a sinceridade de coração. Para acolher a Misericórdia de Deus preciso reconhecer e confessar meus pecados. Buscar a verdade da minha vida. E a partir daí vivê-la bem!

FONTES:

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. Edição típica Vaticana. Loyola, Paulinas: 1998. p.466-531.




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