Os conceitos cristãos
fazem parte da nossa vida. Usamos às vezes sem pensar e nem saber de seus
verdadeiros significados. Quando se vai atrás constata-se que não são tão
simples de compreender. Mais complicado ainda é aplicá-los e percebê-los quando
se quer. Vejamos sobre Pecado, Graça e Tentação.
Aprendemos que pecado é um ATO ou
PENSAMENTO que ferem o outro e a Deus. Fácil identificar o mal feito ao
próximo. Basta verificar os seis últimos mandamentos do decálogo(Cf. Mc 10,
19). Se não os segue, pratica-se o que está em Gl 5, 19-21. Como firo Deus?
Alguém poderia responder: “Praticando o mal a mim mesmo ou as pessoas, pois
somos imagem e semelhança de Deus”. Verdade. Mas nem tudo que fazemos parte de
nossa própria vontade. Perturbações patológicas, pressões exteriores, impulsos
da sensibilidade, condicionamentos da sociedade, afeições imoderadas e as
“paixões” podem diminuir o grau de culpa ou responsabilidade.
O que são as “paixões”? São
sentimentos que inclina alguém a agir para experimentar algo imaginado como bom
ou mal (Catecismo da Igreja Católica,1763).
Não somos livres! Nossas fraquezas e
fragilidades da vida dão brecha para o mal entrar em nossa vida. O que me
“empurra” para fazer o mal? A tentação. São os maus pensamentos. Se tornam
pecado quando há o consentimento. Eu tenho que querer na intenção de obter algo. Vejamos o processo:
·
Sugestão
= um pensamento que surge;
·
Deleitação
= prazer no pensamento;
·
Consentimento
= “vou lá e faço”!
As tentações podem vir de nós mesmos
ou do demônio. Aqui já se entende que pecado e tentação fazem parte de
realidades espirituais. Então precisa de meio espirituais para combater as
tentações. Aí você pergunta: “E se consenti e pequei ? E agora?” Precisa buscar
a Graça de Deus.
No catecismo, Graça é um favor ou
socorro gratuito de Deus. Ele nos deu Jesus Cristo que enviou o Espírito Santo
para nos purificar do pecado. O homem se reconcilia com Deus, liberta-se da
escravidão do pecado e recebe a cura. Deus nos deu a vida para conhecê-lo,
servi-lo e amá-lo. A felicidade não está em riquezas e conquistas. Está nas
bem-aventuranças (Cf. Mt 5, 3-12). Importante saber disso, pois ajuda na hora
de recorrer aos meios espirituais na luta contra a tentação. Que meios?
·
Humilhar-se
diante de Deus. Reconhecer a fraqueza e colocar em Deus toda nossa confiança.
Como o pecado acaba se tornando “Amor de si mesmo até desprezar Deus”, o
orgulho precisa ser superado. Não confiar somente nas próprias capacidades.
·
Recorrer
a Deus. Não dialogar com a tentação. Invocar os nomes de Jesus e Maria.
·
Assiduidade
nos sacramentos. Principalmente a Missa e a confissão.
·
Devoção
a Imaculada mãe de Jesus.
·
Fuga
da ociosidade(buscar o apostolado).
·
Modéstia
dos olhos e vigiar as emoções.
Como dito
anteriormente, meios externos e desordens interiores podem dificultar as
práticas espirituais. “Tenho o desejo de fazer o bem, mas não o pratico.” O que
vale então é a sinceridade de coração. Para acolher a Misericórdia de Deus
preciso reconhecer e confessar meus pecados. Buscar a verdade da minha vida. E
a partir daí vivê-la bem!
FONTES:
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. Edição típica Vaticana. Loyola, Paulinas: 1998. p.466-531.
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