“Não posso mudar o mundo.
Não posso mudar o que a história já
escreveu.
Eu posso apenas mudar a mim mesmo.
E começar a escrever um novo capítulo,
cheio de incertezas.”
O filme As Sandálias do Pescador fala dos riscos que acarreta uma decisão. O pano de fundo da história é a Igreja Católica enfrentando o desafio da escolha de um novo Papa. Durante o conclave, após tentativas frustradas de votação, o cardeal russo Kiril Lakota é proclamado Papa por ter mantido a fé durante os anos em que estava na prisão. Kiril, logo entende o peso da responsabilidade de seu cargo. Para que sua voz alcance os milhões de pessoas ao redor do mundo ele precisará enfrentar as dificuldades e resistências para fazer o que acredita ser o certo. E ter consciência que haverá um preço a ser pago.
Ele
entende isso na conversa emblemática com o cardeal Leone:
-
Leone como um homem sabe que suas ações são para ele ou para Deus?
-
Nunca se sabe. Temos um dever a cumprir. Mas não temos o direito de esperar
aprovação nem mesmo um bom resultado.
-
Então, no final meu amigo, estamos só?
-
Sim. Os que vieram antes do senhor passaram por momento de solidão. Devo dizer
que não há remédio pra isso. E quanto mais viver mais solitário será. O senhor
pode até usar um homem ou outro para o trabalho na Igreja. Mas quando o
trabalho estiver feito ou o homem não for adequado, irá dispensá-lo e buscará
outro. O senhor quer amor e poderá tê-lo por algum tempo, mas irá perdê-lo. Goste
ou não, está condenado a uma vida solitária desde o dia de sua eleição até sua
morte. É um calvário Vossa Santidade. E o Senhor apenas começou a subi-lo.
De: Michael Anderson. Com: Anthony Quim, Vittorio De Sica e Leo Mckern. Baseado do romance homônimo de Morris L. West. Eua, 1968, 2h 41 min.
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