No meio cristão-católico, a figura de José de Nazaré
desperta curiosidade. O pouco que se fala dele nos evangelhos (Mt 1, 18-25; 2,
13-14, 19-23; Lc 2, 4-5) mostra um homem silencioso e de ação.
Como
foi a vida desta pessoa que nas Sagradas Escrituras em nenhum momento fala? Que
só recebia as mensagens de Deus em sonho? O que se passava em sua cabeça pela
responsabilidade de criar o filho de Deus? Quais foram os aprendizados?
José não era Deus e nem foi agraciado
por nenhuma graça especial. Sofreu com as demoras e teve medo diante do futuro
e dos perigos da vida. Foi abandonado pelos seus parentes. Sentiu na pele a
incapacidade, os limites pessoais. Incomodou-se com suas frequentes
inconstâncias.
O
livro não mostra a versão oficial da vida de José. É mais um “como se fosse”. Fala
de como a vida é difícil, mas que é preciso vivê-la. Da conformidade de uma
realidade por outra. Toca na parte da fé. Fala da presença real e constante do
Altíssimo. Da oração que “dissipam as dúvidas”. Do papel que temos que
desempenhar.
José cumpriu o seu. Enquanto esposo de Maria Santíssima e guardião do Filho de Deus, foi “a sombra do Pai”.
Dobraczynski, Jan(1910-1994). A Sombra do Pai. Tradução de Antônio Carlos Santini. São Paulo:
Cultor de Livros, 2017. 327p.
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