No início da década de 1990, Steven
Spielberg já tinha nome e sucesso. Estava numa ótima fase de sua carreira e era
um ótimo momento em arriscar. Em Parque dos Dinossauros de 1993, ele ensina
como fazer filmes de ação e suspense. Com paciência, explicando a história,
apresentando os personagens, preparando o ambiente para aquilo que vai acontecer.
Queremos ver o T-Rex e os Velociraptors, mas eles não aparecem de imediato. Ficamos
aguardando, olhando os detalhes, prestando atenção nos diálogos. Ao mesmo tempo
sentimos que algo de ruim vai ocorrer em breve. Depois de quase uma hora, eles aparecem.
E quando aparecem não é tão rápido. Ficam o tempo suficiente para percebemos o
que suas presenças causam nos personagens e no ritmo do filme. A admiração
pelos dinossauros no início dá lugar a correrias e gritarias pela
sobrevivência.
Steven foi certeiro em usar a tecnologia
a favor da história. Os dinossauros são bem reais, até o som que eles emitem. Os
atores primeiramente atuaram sem ver nada. Os dinossauros foram colocados
depois. Nem dá para perceber tamanho realismo.
O filme ainda traz a mensagem sobre os
perigos que ambição humana pode causar aos seus. O interesse financeiro pode
fazer com que o ser humano rompa os limites da moral, da ética e da natureza e
isso tem consequências. Os paleontólogos Alan Grant (Sam Neil), Ellie Sattler
(Laura Dern) e o matemático Ian Malcolm (Jeff Goldblum) foram ao Parque ver as
possíveis falhas e mostrar aos investidores que o lugar é seguro. Eles até que
ficaram bestificados com o feito do bilionário John Hammond (Richard
Attenborough), mas não demoraram a perceber que quando a natureza é atacada, ela
revida e de um jeito mortal. E brincar de ser Deus é muito perigoso. Trazer de
volta seres pré-históricos para nossa época e achar que poderá controlá-los é
cometer um terrível engano. Tudo pode dar errado, tudo pode sair do controle. E
quando as mortes começam a acontecer só resta a busca pela sobrevivência.
Parque dos Dinossauros é um clássico do
cinema mundial. É um daqueles filmes que será lembrado muito pela sua música.
Inconfundível. Nostálgica e Eterna.
A continuação, Mundo Perdido(1997) é boa, o terceiro(2001)
é mais ou menos. A trilogia Jurassic
World (2015, 2018 e 2022) é regular. Prova de que como é difícil criar
continuações que superem a original.
De:
Steven Spielberg. EUA, 1993, 2h07min.
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