sábado, 25 de julho de 2015

DE OLHOS BEM FECHADOS



“Bill Harford (Tom Cruise) é casado com a curadora de arte Alice (Nicole Kidman). Ambos vivem o casamento perfeito até que, logo após uma festa, Alice confessa que sentiu atração por outro homem no passado e que seria capaz de largar Bill e sua filha por ele. A confissão desnorteia o sujeito, que sai pelas ruas de Nova York assombrado com a imagem da mulher nos braços de outro. Ele acaba em meio a uma reunião secreta e uma mansão afastada.”


            Uma máquina complexa. Uma maneira bem instigante de nos definir. Difícil de decifra alguém já que a medida que o tempo passa mais misteriosos e assustadores ficamos. Dentro de nossas cabeças são escondidos desejos, fantasias, sonhos, coisas boas.

Um ponto que desencadeia quaisquer novos comportamentos são os relacionamentos. O que faz eu querer conviver com o outro? Por que tenho que compartilhar coisas? E se eu prometer que viverei com alguém independente do que aconteça sendo fiel e justo? Estou disposto a me sacrificar pelo outro? Engolir meu egoísmo e orgulho? Tentar descobrir sua essência?

Hoje se vê os relacionamentos pela ótica do sexo. Só se chega perto de uma pessoa porque ela é bonita e atraente. Você a deseja apena para aquilo e o resto nada mais importa. Quer obter felicidade, mas e a felicidade do outro? É bom ser usado? Parece satisfatório reduzir o ser humano a um mero animal? Um lixo? Onde só o corpo vale mais?

É em busca de um sexo desordenado, animalesco, egoísta e mortal que muitos estão se destruindo. Quem se importa em construir uma família? Cuidar de filhos? Sua felicidade é mais importante que tudo? É bom viver numa realidade solitária e opaca?


De olhos bem fechados, De Stanley Kubrick, Com Tom Cruise e Nicole Kidman, EUA, 1999, 2h39min.



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