sábado, 3 de dezembro de 2016

CONFISSÕES



“A confissão de minhas faltas passadas leva a quem lê e ouve, a não se entregar ao desespero dizendo: não posso! Que esta confissão desperte nele o amor pela tua misericórdia e pela doçura de tua Graça, que fortalece os fracos e lhes permite tomar consciência da própria fraqueza.”

Agostinho teve uma vida que serve de exemplo para mostrar a realidade negativa do pecado e o poder transformador de Deus. 

O pecado causa uma desordem dentro da pessoa prejudicando suas relações com seus pares e com Deus. Quem vive no pecado vive constantemente sem paz. É o que vemos com Santo Agostinho. Ele a partir de sua vivência nos mostra que o pecado é concebido interiormente e de tanto alimentá-lo chega ao ato. Sobretudo, as escolhas e o estilo de vida “empurra” a pessoa para o pecado.

Em vida, Agostinho tentou buscar a felicidade através do status social, de jogos, do teatro e num relacionamento sem compromissos sérios com uma mulher. Chegou a fazer parte de uma seita gnóstico-cristã chamada maniqueísmo. Ainda assim, Agostinho andava inquieto e preocupado. Ele buscava a verdade e não a encontrava. Sabia que estava no erro, que aquela vida não dava o que ele necessitava. Mas tinha medo.

Ele queria estar em Deus, mas não se decidia. Ia e voltava, avançava e retrocedia. Tinha medo de deixar a vida de prazer que levava por achar que não suportaria o Evangelho.

Enquanto isso, sua mãe, Mônica, sofria com a vida que o filho levava e em meio a lágrimas não parava de rezar. Um dia elas deram resultado. Com 30 anos, Agostinho conhece as palavras sábias e verdadeiras de Ambrósio e certo dia se depara com esta passagem de Romanos 13,13: 

“Comportemo-nos honestamente, como em pleno dia: nada de orgias, nada de bebedeiras; nada de desonestidades, nem dissoluções; nada de ciúmes”.

Agostinho se converte, abandona o maniqueísmo e o relacionamento de concubinato que tinha com uma mulher.

Agostinho deixa a mensagem que talvez tudo aquilo que mais buscamos só Deus é capaz de proporcionar.

“Fizeste-nos, Senhor, para Ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em Ti.”

AGOSTINHO, Santo, Bispo de Hipona(354-430). Confissões. Tradução de Maria Luiza Jardim Amarante. São Paulo: Paulus, 2002. (clássicos de bolso).

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