“A
confissão de minhas faltas passadas leva a quem lê e ouve, a não se entregar ao
desespero dizendo: não posso! Que esta confissão desperte nele o amor pela tua
misericórdia e pela doçura de tua Graça, que fortalece os fracos e lhes permite
tomar consciência da própria fraqueza.”
Agostinho
teve uma vida que serve de exemplo para mostrar a realidade negativa do pecado
e o poder transformador de Deus.
O
pecado causa uma desordem dentro da pessoa prejudicando suas relações com seus
pares e com Deus. Quem vive no pecado vive constantemente sem paz. É o que
vemos com Santo Agostinho. Ele a partir de sua vivência nos mostra que o pecado
é concebido interiormente e de tanto alimentá-lo chega ao ato. Sobretudo, as
escolhas e o estilo de vida “empurra” a pessoa para o pecado.
Em
vida, Agostinho tentou buscar a felicidade através do status social, de jogos,
do teatro e num relacionamento sem compromissos sérios com uma mulher. Chegou a
fazer parte de uma seita gnóstico-cristã chamada maniqueísmo. Ainda assim,
Agostinho andava inquieto e preocupado. Ele buscava a verdade e não a
encontrava. Sabia que estava no erro, que aquela vida não dava o que ele
necessitava. Mas tinha medo.
Ele
queria estar em Deus, mas não se decidia. Ia e voltava, avançava e retrocedia. Tinha
medo de deixar a vida de prazer que levava por achar que não suportaria o
Evangelho.
Enquanto
isso, sua mãe, Mônica, sofria com a vida que o filho levava e em meio a
lágrimas não parava de rezar. Um dia elas deram resultado. Com 30 anos,
Agostinho conhece as palavras sábias e verdadeiras de Ambrósio e certo dia se
depara com esta passagem de Romanos 13,13:
“Comportemo-nos honestamente, como em
pleno dia: nada de orgias, nada de bebedeiras; nada de desonestidades, nem
dissoluções; nada de ciúmes”.
Agostinho
se converte, abandona o maniqueísmo e o relacionamento de concubinato que tinha
com uma mulher.
Agostinho
deixa a mensagem que talvez tudo aquilo que mais buscamos só Deus é capaz de
proporcionar.
“Fizeste-nos,
Senhor, para Ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em Ti.”
AGOSTINHO,
Santo, Bispo de Hipona(354-430). Confissões.
Tradução de Maria Luiza Jardim Amarante. São Paulo: Paulus, 2002. (clássicos de
bolso).
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