Inspirada numa história
real, em dezembro de 1945, Mathilde Beaulieu (Lou de Laage), uma enfermeira
francesa ajuda a um grupo de freiras polonesas grávidas, vítima de estupro por
soldados soviéticos. As sete irmãs que sofreram o abuso tem reações diversas. Algumas
aceitam a maternidade, já outras rejeitam, tendo medo de irem ao inferno por
quebrarem o voto de castidade. No início, Mathilde receia, mas com o tempo elas
e as irmãs criam um vínculo afetivo forte.
O filme aborda a Fé no Deus invisível e silencioso em
meio a uma tragédia. Desenvolvemos o pensamento que Deus não permitiria que fossemos
acometidos por grandes sofrimentos na vida. Contudo, Deus e vida são mistérios difíceis de explicar. O que sabemos
é que eles surpreendem. Para bom ou ruim.
Diante de dilemas acabamos por tomar decisões. Decisões que
acabam nos consumindo por dentro. “Dará certo ou errado?”. Decisões desagradáveis
aos olhos dos outros. As experiências de vida acabam nos ajudando a encarar situações
futuras. Nos dão forças para “segurar a onda” e manter o equilíbrio. Às vezes o
pensamento no Bem maior e nas Recompensas Eternas causam cegueira nos impedindo
de pensar racionalmente. Por medo da vergonha e humilhação acabamos tomando atitudes
reprováveis.
A dor une e fortalece.
Uma enfermeira se sensibiliza a dor alheia ao tempo que reaviva a Fé àquelas irmãs
que estavam em momento de crise.
Dores acontecem para sermos curados. A desobediência a
Deus traz consequências nefastas a todos. Mas, Ele em sua infinita misericórdia
envia samaritanos, estrangeiros para nos lembrar de que na vida é preciso
transgredir e reconstruir o que foi destruído.
De Anne Fontaine, Com Agata
Buzek, Agata Kulesza e Vincent Macaigne, FRA/POL, 2015, 1h55min.
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