V de Vingança, baseado
no HQ de Alan Moore e David Lloyd, é instigante e bem atual. Nos mostra num
futuro não tão distante um país dominado pela opressão, alta censura,
vigilância, manipulação das informações e violência por aqueles que deveriam
proteger o povo. Nas palavras do diretor James McTeigue: “A história da obra é
bastante complexa. De um lado temos o protagonista que é altruísta. Acha que
pode provocar grandes mudanças se fizer com que o povo se una e perceba como o
governo de alguma maneira perdeu o controle, já que estão dando a eles o pão e
o circo de cada dia. Mas ele tem uma grande ambiguidade moral já que também
busca uma vingança homicida contra todos que lhes fizeram algum mal”.
Nos colocamos no lugar dos dois
personagens principais. Vendo por um ângulo achamos até justificável a vingança
de V (Hugo Weaving), afinal para tudo se tem limite e toda ação provoca uma reação.
Evy (Natalie Portman) precisava enfrentar seus medos. Sua relação com V provocou
mudanças mútuas. Mudanças significativas, pois todos acabam encontrando aquilo
que achavam que não seria mais possível. No fundo no fundo não queremos sair
por aí destruindo prédios ou fazendo justiça com as próprias mãos e nem mesmo viver
guiado por ideias.
Destaque para a influência da Arte (cinema,
música, pinturas) como escapismo e felicidade para encarar uma realidade cruel.
Por fim dar para afirmar que o filme possui cérebro e coração e não é apenas “mais
um” filme de ação.
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