Petra Costa exibe as
memórias da irmã através de vídeos e depoimento no ótimo Elena de 2014. Elena
Costa se mudou para Nova York no final dos anos 80 para realizar o sonho de ser
atriz de cinema. Por parte dela não faltou esforço e nem dedicação, mas num
curto espaço de tempo a demora da espera de oportunidades lhe causa uma dor
profunda. Elena tira a própria vida aos 20 anos em 1990.
Crescemos
com a ideia triunfalista de que todo esforço será recompensado e de que todo
sonho será realizado. Sim! É a dura verdade. Não vamos conseguir tudo que
queremos, mas isso não significa que é o fim ou que a vida não vale ser vivida.
Agora, precisamos ser honestos: É muito complicado lhe dar com os fracassos e as
demoras de oportunidades. De ver que precisamos mudar certos pensamentos, mudar
planos de vida, mudar o foco.
Diante
de uma situação desagradável ou acabamos com tudo ou reconstruímos tudo. Elena disse
a mãe: “Se eu não for atriz prefiro morrer”. Sua mãe retruca: “Minha filha não
precisa ser assim”.
A
culpa pela incapacidade nos assombra. Só que não adianta remoer as coisas. É preciso
suportar e deixar o tempo fazer sua parte. Haverá coisas que nunca
entenderemos.
Não adianta
dizer: “Se não acontecesse isso talvez fosse diferente”. As justificativas não resolvem
nada. Pode ser que a separação dos pais tenha tirado da cabeça de Elena a ideia
de criar uma família. E daí veio o desejo de querer construir a vida longe do
colo maternal. Pode ser.
Diante
de perguntas sem respostas o que podemos fazer?
De Petra Costa, BRA, 2012,
1h22min
O filme está disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=KxoDVNh0tIA
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