“Fazer amor é, sobretudo, o entendimento de almas, mentes e corações”.
Quando se fala de sexualidade e amor é indispensável uma visão séria e autêntica da realidade já que nossos comportamentos são implicados por eles. Sexualidade vai além dos órgãos genitais ou do sexo, pois o ser humano não se reduz ao corpo. Homem e mulher são convidados a viver uma relação, uma troca, para a alegria da vida. Isso chega através de uma maturação afetiva e sexual.
Na fase da adolescência, a cabeça passa por um turbilhão de pensamentos, conceitos e ideias. E o coração de emoções, alegrias e medos. Vive-se a solidão; o desejo de querer e estar com alguém; a experiência de se apaixonar. A partir dessas experiências é a oportunidade de saber que:
→ Amor é uma escolha voluntária e racional.
→ Estar sozinho ajuda a viver com a própria companhia e serve de parâmetro na convivência com o outro.
→ Se apaixonar (e principalmente ser correspondido) é bom. Mas não dura para sempre porque sentimento passa (é bom quando se trata daqueles que nos fazem sofrer).
“Adiar uma satisfação de um desejo favorece uma compreensão mais clara da própria necessidade; o prazer que se segue é mais intenso, dá maior satisfação. O inverso desta escolha, a pressa, leva-nos a queimar etapas.” (AVANTI, 2007, p.52)
Fazer sexo é uma decisão que deve ser tomada e realizada com consciência e pleno conhecimento. Não confiar no destino, ao acaso e ao sentimento algo tão importante. É por isso que o habitat natural do “fazer amor” é o matrimônio. É onde homem e mulher desenvolvem o amor completo (não no sentido de perfeito). Combinam a atração física, o entendimento sentimental e uma decisão. Aquela paixão lá do início não acabou, mas amadureceu. Transformou-se num projeto, num compromisso.
Relacionamentos acabam por falta de decisão e de atenção com o outro. Hoje se estimula o sexo sozinho (masturbação). Contudo é o amor do nada.
“O sexo solitário tem pouca originalidade, uma vez que realmente peculiar é a pessoa na sua totalidade” (AVANTI, 2007, p.76).
Amar implica aceitar a pessoa como ela é sem querer mudá-la. É possível “encontrar-se” exatamente porque se é “diferente”.
“É a escolha pessoal que dará dimensão eterna a um
sentimento. A realização de uma vida (sonhos e projetos de cada um) está na
capacidade de fazer escolhas de amor com características do Sempre para a
Eternidade. Apenas essa perspectiva liberta o amor da velocidade do tempo que
sufocam toda realização pessoal”. (AVANTI, 2007, p.136).
"É preciso toda uma vida para compreender que não se pode compreender tudo." Confúcio
"Quem não aceita o mistério não é digno de viver." Albert Einstein
AVANTI, Gigi. SEXUALIDADE E AMOR: uma visão integral do ser humano e dos
relacionamentos. São Paulo: Paulinas, 2007. 152p.
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