A figura de Maria de Nazaré (a mãe do
filho de Deus) continua muito presente em nossas vidas apesar da indiferença
religiosa da contemporaneidade. O “apego” a ela surge duma necessidade que
todos temos de passar por uma experiência de fé. É sempre um “encontro” pessoal
e individual onde a partir dali nunca mais seremos os mesmos.
Quem é ela? Nas Sagradas
Escrituras não há muitas informações. Em Mateus e Marcos não é citado nenhuma
atitude especial (Mt 1, 18-23; 2, 11.13.14.20); (Mc 3, 31-35; 6, 1-6). Lucas e
João são responsáveis por mostrar qualidades humanas e espirituais de Maria. No
Livro do Apocalipse, a mulher vestida de sol representa a comunidade cristã:
experimenta o sofrimento, a perseguição, mas também a glória e a vitória de
Jesus (Ap 12).
Então, qual finalidade de sua vida?
Simples. Ela ajuda nosso relacionamento com a Santíssima Trindade (Pai, Filho,
Espírito Santo). Voltemos a bíblia....
Em Lucas aprendemos que Deus dá
iniciativa. Oferece sinal aos questionamentos, presença nas dificuldades e
forças necessárias para realizar sua missão. Serve de situações fora do normal
para realizar seu projeto de Salvação. De forma gratuita usou Maria por meio de
circunstâncias “irregulares” que fogem dos padrões normais. “Alegra-te”; “Cheia
de graça”; “O Senhor está contigo”. Para o evangelista, Maria é a perfeita discípula.
Acolhe a palavra, guarda no coração (Lc 2, 9. 51) e a frutifica como peregrina
fé. É humilde. Reconhece que tudo vem de Deus (Lc 1, 46-55) e se mostra
discreta. Sua importância reside no compromisso radical e inteiro a Deus e ao
seu projeto.
Em João, Maria está no início e no
final do evangelho. É solícita, atenta e intercessora: “Eles não têm vinho”,
“Fazei tudo que Ele vos disser” (Jo 2, 1-12). Permanece firme e de pé no
momento da crucificação de seu filho (Jo 19, 25-27). E fica lá até o final.
Um encontro com Deus vem a partir da
oração. Vem a dúvida: Se toda oração é
dirigida ao Pai, pelo Filho, no Espírito tem sentido dirigir preces a Maria e
aos Santos?
Não temos obrigação de recorrer a
Maria e aos outros Santos. Jesus é o Senhor (Fl 2, 11), o único mediador entre
Deus e a humanidade (1Tm, 25). Porém, Ele mesmo nos deu como mãe (Jo 19,
25-27). A devoção a esta mulher não tira Jesus do centro.
“Maria ocupa depois de Cristo o lugar mais elevado e
também o mais próximo de nós”. Lumen Gentium, n 54.
Sendo que....
Um devoto a Maria reza o terço de
coração aberto já que a verdadeira oração deve ser sincera. Implica desejo de conversão
e compromisso de realizar a vontade de Deus na existência.
Celebrações
Solenidades
(celebração importante)
Theotokos, mãe de
Deus (01/01); Anunciação (25/03); Assunção (15/08);
Nossa Senhora
Aparecida, padroeira do Brasil (12/10); Imaculada Conceição (08/12).
Memória
Nossa Senhora de
Fátima (13/05); Nossa Senhora do Carmo (16/07); Nascimento (08/09); Nossa
Senhora das Dores (15/09); Nossa Senhora de La Salete (19/09);Nossa Senhora do
Rosário (07/10); Nossa Senhora de Guadalupe (12/12).
Festa
Fonte:
MURAD, Afonso. Maria, toda de Deus e tão humana:
compêndio de mariologia. São Paulo: Paulinas; Santuário, 2012. 260p. (Coleção
peregrina na fé).
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