A morte põe fim à vida humana. De um
modo esperado ou não ela chega acarretando dor, saudade ou culpa. Esse se
dúvida é o grande mistério da vida.
Nas Sagradas Escrituras, a morte é
encarada sob o enfoque da fé. Através da relação com Deus podemos compreender
com profundidade o sentido do viver e do morrer. Ele não é o autor da morte (Sb
2, 23-24) e não odeia nada do que criou (Sb1, 13; 11, 24-26).
“Deus é o fim
último das criaturas: Ele é o Céu para quem o alcança, o inferno para quem o
perde, o juízo para quem por Ele é examinado, o purgatório para quem por Ele é
purificado. Ele dirigiu-se ao mundo por meio de seu filho, Jesus Cristo, a
síntese das coisas últimas.”
No Antigo Testamento se esperava pelo
Dia do Senhor. Evento onde Deus iria consolar o povo de Israel de seus
sofrimentos. Com o tempo os profetas vão descobrindo que este Dia está
associado à chegada de um personagem misterioso: o Messias, o filho do homem. No
Novo testamento esse Messias é Jesus Cristo, o centro da história humana, nossa
finalidade e futuro. Somente na união com Ele e transformados pelo Espírito
Santo é que seremos felizes, tanto no nosso corpo como na alma.
Se em vida procuramos a Deus, buscamos
o arrependimento dos pecados e abramos nosso coração ao seu amor, após a morte estaremos
num estado de felicidade suprema e definitiva chamado de Céu[CIC 1225]. Mas se
morrermos sem nos arrepender de nossas faltas, sem acolher o amor
misericordioso de Deus estaremos separados Dele. Este estado de autoexclusão definitiva
da comunhão com Deus é chamado de Inferno[CIC 1033].
Deus não quer que ninguém se perca,
mas que venham a converter-se. A ida para o inferno se dar pela insistência no
erro até o fim.
Faz parte da fé católica rezar por aqueles
que não tiveram tempo de se arrepender de seus pecados para que Deus os absolva
(2Mc 12, 46). A Igreja recomenda esmolas, indulgências e penitência em favor
dos defuntos.
*****
Antes se acreditava que todos iam para
a mansão dos mortos, o Sheol, e que as recompensas seriam recebidas aqui na
Terra. Riqueza, vida longa e filhos aos bons; e morte trágica, pobreza e
esterilidade aos maus. Com Jesus tudo muda com a Ressurreição.
A Ressurreição é a passagem desta vida
terrena para uma vida celestial, plena.
“Todos ressurgirão com os corpos de
que agora estão revestidos para receber, de acordo com suas obras boas ou más,
uns, a pena eterna e outros a glória eterna com Cristo.”
Concílio de Latrão IV
Fontes:
COSTA, Dom Henrique
Soares da. Escatologia: sobre o fim
do mundo. 3ª ed. Lorena: Cléofas, 2018. 128p.
CATECISMO DA IGREJA
CATÓLICA (CIC). Edição típica Vaticana. Editoras Loyola e Paulinas, São Paulo,
2000.
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