“A vida conjugal é uma experiência de solidão dupla, mas ao mesmo tempo uma experiência de encontro recíproco.” p.14, 2014
A partir de conhecimentos
antropológicos, teológicos, culturais e bíblicos, o Papa João Paulo II
apresentou entre os dias 05/09/1979 a 28/11/1984 um conjunto de catequeses
sobre o casamento cristão que ficaram conhecidas como Teologia do Corpo.
Começando nos primeiros
capítulos de Gênesis, o Papa reflete que o homem se sentia solitário e
diferente, mesmo com os animais e a natureza à sua disposição, até a chegada da
mulher (Gn 2, 23). Só esta o completou. A partir daqui, formou-se o
entendimento que a essência do casal se manifesta quando um vive para o outro.
No evangelho de Mateus (19, 1-9), o Papa lembra que o divórcio só existiu por
causa da dureza do coração, mas que no princípio não era assim.
Por que um homem tem que se
juntar a uma mulher, viver juntos e gerar filhos? Infelizmente está difícil
responder essas perguntas, pois o coração vem sendo enganado pela “trindade”
que guia o mundo de hoje: a sensualidade, a sedução das aparências e o orgulho
da posse de bens. O ser humano vem se
tornando um ser opaco, dominado por suas vontades e não sabendo mais o que
decidir. Em outras palavras, uma coisa.
O corpo responde aos
movimentos da alma. Ele “fala” de alguma maneira aquilo que está no interior. O
ser humano não é livre quando não se domina e o grande ensinamento que João
Paulo II dá aos casais para se manterem unidos é não apenas ir atrás do
material, financeiro, carreira (as preocupações da vida), mas dando uma atenção
significativa a vida espiritual a partir de Jesus. Através de sua Palavra, dos
Sacramentos e do Espírito Santo, o casal recebe forças para vencer os influxos
do maligno, que quer separá-los. Aliás, é o Espírito Santo que purifica, vivifica,
confirma e aperfeiçoa o amor infundido no casal.
JOÃO PAULO II, São. Teologia do Corpo: o amor humano
no plano divino. Campinas-SP: Ecclesiae, 2014. 602p.

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