CONFERÊNCIA NACIONAL DOS
BISPOS DO BRASIL (CNBB). Igreja particular,
movimentos eclesiais e novas comunidades. 2005, 48p. Comissão episcopal
pastoral para a doutrina da fé: Dom Walmor Oliveira de Azevedo(presidente); Dom
Dadeus Grings; Dom Felippo Santoro; Dom Benedito Beni dos Santos e Dom Sérgio
da Rocha. Disponível em: http://catedralmoc.com/wp-content/uploads/Subs%C3%ADdios-Doutrinais-da-CNBB-%E2%80%93-3-Igreja-Particular-Movimentos-Eclesiais-e-Novas-Comunidades.pdf
COMO
ANDA O MUNDO ATUAL?
Nestes tempos, a busca pelo individualismo propagada pela
cultura de massa tem distanciado o homem de si mesmo e de Deus. A própria maneira
de se viver a religiosidade está tendo seu centro na experiência emocional, sem
nenhum vínculo com instituição religiosa. Principalmente em ambientes onde se
afirma a teologia da prosperidade.
A Igreja Católica vem perdendo fiéis. O número dos que se
declaram protestante vem aumentando, assim como os católicos não praticantes e
os sem religião. Agora, o problema mais sério é a crise ética. Busca-se o
prazer; a insaciável sede de ter mais dinheiro; uma importância desmedida ao
setor econômico. Isso cria a necessidade de se afirmar a própria identidade
pautando nas relações humanas a afinidade e a livre escolha. Soma-se aí a ânsia
pela novidade e afeto.
O anúncio do evangelho está sendo desafiado pela
pretensão de tudo compreender e dominar. Consequência: drama pessoal, crise de
sentido e falta de esperança.
AS
NOVAS COMUNIDADES
O encontro de um sentido na vida tem impulsionado homens
e mulheres a viver o catolicismo com novos métodos, nova evangelização e novos
alcances. Tudo isso com a ajuda do Espírito Santo que desde Concílio Vaticano
II vem se manifestando em resposta aos desafios do mundo. Um belo exemplo são
as Novas Comunidades.
O
QUE SÃO?
As Novas Comunidades surgem como agregação de fiéis
dirigidas por leigos ou sacerdotes, autorizadas pelo Bispo da diocese. Possuindo
a espiritualidade da Renovação Carismática Católica(RCC) tem como
características:
- Experiência
pessoal com Deus através da Oração;
- Dom
de línguas;
- Cura
e libertação pessoal;
- Uso
da bíblia;
- Veneração
a Maria e a alguns Santos (São Francisco de Assis e Santa Teresinha do
Menino Jesus por exemplo);
- Regras
de vida;
- Logomarca;
- Um
sinal que os identifique;
- Independência
da RCC e Paróquias.
Desenvolvem
trabalho de evangelização aberta ao público: missas, adorações, catequeses, reuniões
para oração e cursos.
PARTICULARIDADES
Nas Novas Comunidades os servos se consagram. A consagração
se pratica na forma de votos ou compromissos diversos. Para se chegar até aí é
preciso passar por um intenso processo de formação feito em fases (como na vida
religiosa). Algumas comunidades maiores têm a “comunidade de vida” onde a
pessoa se dedica inteiramente a comunidade. Além disso, contam com vocacionados
ao sacerdócio onde são formados na própria comunidade e atuam nela
exclusivamente (com a devida autorização da diocese).
DESAFIOS
O Espírito Santo une todos os cristãos (ICor 12, 13). É preciso
que as Novas Comunidades:
- Tenham
um bom diálogo com os padres de paróquias, demais grupos, movimentos e comunidades;
- O
Concílio Vaticano II autoriza a criação das Novas Comunidades desde que
estejam em comunhão com a Igreja (Papa e os Bispos) em benefício do povo
de Deus.
- Evitar
o espiritualismo (Só rezar e não trabalhar) e o sentimentalismo (limitar
tudo as emoções).
- Resistência
de alguns setores da Igreja.
- Resistência
de alguns setores da Igreja.
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