quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

O SAGRADO E O PROFANO


“A religião é a solução exemplar de toda crise existencial, porque é considerada de origem transcendental e, portanto, valorizada como revelação recebida de um outro mundo.”

 

O sagrado seria um espaço, objeto ou símbolo dotado de um significado especial para uma pessoa. O profano não. Não há significado e tudo é a mesma coisa.

A pessoa religiosa acredita que existe uma realidade que transcende este mundo, o sagrado, que aqui se manifesta. Coloca seu ideal de humanidade num plano divino tornando uma pessoa completa quando ultrapassa a humanidade natural e se inicia uma vida sobrenatural. Esta vida atualiza e potencializa a existência humana inserindo-a na realidade.

O não-religioso é aquele que se reconhece como único agente da história. Rejeita todo apelo à transcendência. Não aceita nenhum modelo de realidade  fora da condição humana. Faz-se a si próprio quando se dessacraliza e dessacraliza o mundo.  O sagrado é um obstáculo à sua liberdade. Conserva comportamentos religiosos, mas sem seus significados. Ele o nega, o recusa para obter um mundo próprio. Só que é rodeado por realidades religiosas antigas, pois é fruto desse passado. Ele cria significados às coisas, momentos e lugares, mesmo sem ligação direta como divino.

O livro é bom porque traz conceitos e repete as mesmas coisas ao longo das páginas facilitando a compreensão.

ELIADE, Mircea(1907-1986). O Sagrado e o profano: a essência das religiões. 4 ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2018. 191p. 18,5 x 12,5 cm. 


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