domingo, 23 de janeiro de 2022

O MILAGRE DE ANNE SULLIVAN (THE MIRACLE WORKER)


 

            Baseado em fatos reais, acompanhamos a persistente Anne Sullivan tentando ajudar Helen Keller, uma menina que nasceu cega, surda e muda, a adaptar-se ao mundo que lhe cerca. Anne enfrenta os pais da garota, que sempre mimaram ela sem ensinar algo concreto.

Num dia desses estava caçando no YouTube filmes antigos que transmitissem algo além do entretenimento  e que tivessem ganhando algum prêmio no Oscar. O pôster The Miracle Worker chamou atenção e li que ele recebeu os prêmios de melhor atriz principal e coadjuvante do Oscar de 1963. Comprei o DVD original pela internet em vez de fazer o download e não me arrependi. O Filme realmente é bom e reflexivo, pois expõe como é importante a relação aluna/professora; mestra/discípula ou “o mais velho” ensinando o “o mais novo”, para o crescimento pessoal.

Anne é determinada no que faz e procura fazer tudo o que estar a seu alcance para ajudar Helen em sua limitação. Seu método de trabalho é rígido, mas não é uma rigidez que deixa marcas e efeitos negativos. É um ensinamento tirado da própria vida: Em meio a durezas, as dificuldades podem tornar uma pessoa forte. Estar incapacitado fisicamente não é barreira para não vivê-la e nem desculpa para não fazer as coisas. Aliás, é o contrário. É isso que Anne tenta transmitir a Helen.

Helen quer explorar o mundo, mas não tem ninguém que lhe guie, que lhe oriente. Alguém com pulso forte, que sabe o que estar fazendo e para onde está indo.  Acostumou-se a ser tratada como coitada e a receber tudo que queria, por isso reage com violência quando é confrontada por Anne quando esta “invade” seu mundo.   Mesmo que relutante no princípio, Helen vai aceitando Anne quando esta lhe faz perceber que há coisas novas e interessantes a se aprender da vida.

De Artur Penn. Com: Anne Bancroft, Patty Duke, Swenson e Victor Jory. EUA, 1962, 1h46min. P&B.

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