Enquanto espera o retorno do marido da Segunda Grande Guerra (1939-1945), Grace Stewart vive isolada num casarão com seus dois filhos, Anne e Nicholas. Após a chegada de três empregados, estranhos acontecimentos surgem na casa: passos são ouvidos, portas aparecem abertas, cortinas desaparecem, choros são ouvidos. A pequena Anne afirma que tem pessoas na casa. Grace não acredita. À medida que as coisas vão piorando, os empregados demonstram esconder algo.
Há quem ache que para se viver a vida só basta saber
aquilo que lhe foi ensinado. Acha que não há necessidade em saber coisas novas,
de fazer novas perguntas, de ouvir os outros. Acha que aquilo que tem na cabeça
é o suficiente.
Quem vive assim não quer aceitar o que está diante de
seus olhos. Não se permite ir além do que já sabe e não quer mudar a maneira de
olhar as coisas. Não quer encarar o desconhecido. Entende as dúvidas como sinal
de fraqueza. Tem dificuldades em aceitar o que não sabe e não tem humildade
alguma de pedir ajuda. Este é o pensamento de Grace Stewart.
O filme fala do sobrenatural e expõe a ignorância
perante a essa realidade complexa e existente. Cada personagem possui uma
característica bem definida criando uma identidade e autenticidade ao
filme. Destaque para Anne, a filha mais velha de Grace. Toda a narrativa centra
nela. A atuação de Nicole Kidman é digna de elogios. Sua vestimenta, corte de
cabelo e postura representa bem a imagem de uma pessoa dura e incrédula.
O fato da maioria das cenas serem filmadas em ambientes escuros (a única feita pela manhã não conta com os raios solares) passa a ideia que a qualquer momento algo pode acontecer. O final do filme é surpreendente.
De Alejandro Amenábar. Com: Nicole Kidman, Alakina Mann e Fionnula Flanagan. EUA, 2001, 1h44min.
Atualizado em 24/09/2023
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