sexta-feira, 3 de julho de 2020

AMAR, VIVER, ESCREVER





Ainda se olha a velhice como sinônimo de que “o fim estar chegando”. Também podera, quem gosta de conviver com doenças, de ser esquecido pelas pessoas que ama, de ser um “peso” para os outros? Realmente, ninguém. Contudo se o desamor pela vida surge de um lado, o amor surge do outro. De onde menos se espera. Sempre se muda quando se descobre uma nova perspectiva.


          Este livro ganhou destaque antes mesmo da leitura. Fiz o pedido diretamente com a autora. Pela distância geográfica (moramos na mesma cidade, Teresina-PI) não deveria demorar tanto para chegar em casa. Mas demorou e muito!

          Depois de um mês, a autora já ia me entregar outro, dessa vez ia recebê-lo em mãos por uma amiga sua. Chegando ao local indicado ela não estava. Teve que viajar às pressas para resolver assuntos familiares. O livro ficou dentro de uma sala que só ela possui a chave. Pensei: “Esse livro deve ser muito bom para tudo isso estar acontecendo”.

          Ao chegar em casa (no mesmo dia) recebo a notícia de minha irmã que chegou o livro (não, não é uma pessoa com esse nome). E era ele! Um mês depois! Detalhe, os correios não entregou em mãos para receber a assinatura. O livro estava jogado na calçada. Isso mesmo, o livro foi arremessado!  Ainda bem que o rufus (o cachorro de casa) não gosta de ler.

          E o conteúdo? Bem para ser lido qualquer autor(a) precisa abordar temas que faz parte da vida dos leitores. Isso é facilitado quando há assuntos diversos numa mesma obra. O que se percebe de comum nos textos? O olhar da vida com uma lupa. Quando se percebe os detalhes nossos e da Vida algo profundamente muda. Com lamentos se ver a escalada da violência (em todos os seus graus), a maldade, a ambição desmedida, o preconceito, as injustiças e a solidão idem.

          Mesmo assim a graça da vida não se perde. Ainda há coisas boas para se viver e elas nos empurram para frente. São coisas que o dinheiro não compra e o ladrão não leva.


TARGINO, Maria das Graças. Amar, viver, escrever. Nova Aliança: Teresina-PI, 2019. 326p.

Maria das Graças Targino escreve mensalmente em:https://www.ofaj.com.br/colunistas.php?cod=29

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