Viktor E. Frankl (1905-1997)
sobreviveu a quatro campos de concentração nazista durante a Segunda Guerra
Mundial (1939-1945) para elaborar a Logoterapia. Trata-se de terapia aplicada
com base num modelo psicológico-antropológico onde a pessoa busca o sentido de
sua vida. Defende que somos capazes de suportar tudo o quanto desde que tenha
um sentido.
“Quem
tem por que viver suporta quase qualquer como”
Nietzsche
O sentido da vida pode
ser descoberto a partir de três maneiras:
1. Executando alguma tarefa.
2. Amando alguém ou se dedicando a uma causa.
3. Encontrando sentido num sofrimento inevitável.
O que importa é o sentido específico da vida de uma
pessoa em dado momento. Cada um tem sua própria vocação, sua missão específica
na vida; e precisa executar uma tarefa concreta. A pessoa não pode ser
substituída, nem sua vida pode ser repetida. (FRANKL, 2019, p. 133).
Temos uma responsabilidade a assumir e
saber o que a vida espera de nós. Não consiste em fazer o que os outros fazem
ou o que dizem que temos que fazer. Não se trata também da busca de realizações
e glórias, nem tão pouco fugir da dor ou procurar se adaptar aos “parâmetros”
da vida. Mas ser livre de buscar objetivos que valem a pena.
A falta de sentido na vida desemboca na
busca desenfreada por prazeres sexuais ou nas drogas. Amar uma pessoa é
enxergar suas potenciais capacidades e ajudá-la a desenvolvê-la. “É esquecer de
si mesmo procurando doar-se.” A busca pelo prazer só resulta em frustrações e
fracassos.
Em alguns momentos na vida somos
acometidos por situações dolorosas que nunca escolhemos. E por tensões daquilo
que se é e deveria ser ou aquilo que já se alcançou e deveria alcançar. Parece que
o sofrimento não terá fim e que nada mais vale a pena...
É quando sem esperar muita coisa da vida que
algo acontece. Dentro de nós se abre novos horizontes e vemos algo que vale a
pena viver.
“Diante
de uma situação que não posso mudar, sou desafiado a mudar a mim mesmo.”
Viktor
Frankl
FRANKL, Viktor E. Em busca de sentido: um psicólogo no
campo de concentração. 45ª ed. Tradução de Walter O. Schlupp e Carlos C.
Aveline. Rio Grande do Sul/Rio de Janeiro: Sinodal/Vozes, 2019. 184p.
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