Você perdoaria alguém que tirasse a vida de seu filho(a)?
Desejaria que essa pessoa morresse?
Ficaria aliviado(a)?
...
Provavelmente, não.
Um homem mata um rapaz e estupra sua
namorada (ela foi morta por um segundo). Suas tentativas de receber a prisão perpétua
não dão certo e acaba sendo condenado à pena de morte através da injeção letal.
Pede direcionamento espiritual a uma freira até o dia da execução. A missão da
irmã Helen Prejean é fazê-lo reconhecer que cometeu o crime e se arrepender. Sua
atitude de “estar ao lado” do assassino a coloca contra os pais das vítimas e
daqueles que são a favor da execução. Como ela vai fazer isso e os efeitos dessa
decisão é narrado em Os Últimos Passos de um Homem (Dead Man Walking no
original).
Dirigido por Tim Robbins vemos no
filme o ódio devastando os corações após uma perda brutal, a mudança que o
outro pode provocar e a força libertadora do arrependimento.
Diante da morte iminente, Matthew
Poncelet (Sean Pean) tem duas escolhas: ou sair dessa vida com ódio ou tirá-lo
do coração. Em seus últimos passos realiza o que nunca fez na vida: “Nunca amei
ninguém de verdade[...] Eu precisava morrer para encontrar o amor.” A relação
de amizade com a irmã Helen Prejean (Sussan Sarandon) contribuiu muito fazendo-o
perceber o quanto os valores corretos podem desfazer ensinamentos errados e
preconceituosos.
É de se parar para refletir a
importância de uma espiritualidade movida pela fé nas horas de grande dor. “Há
espaços de aflição que só Deus pode tocar” fala Helen. O pai do rapaz
assassinado busca na oração a fé que precisa para continuar a vida.
A pena de morte existe em alguns lugares.
Sua aceitação em outros levanta questionamentos, afinal leis penais existem,
mas se você tiver dinheiro e um bom advogado... (no filme, um dos assassinos
recebe a prisão perpétua, e não a pena de morte, porque tinha dinheiro). Não
dar para tirar a dignidade daqueles que se arrependem do crime que cometeram. Por
mais difícil que seja!
“Matar não é o certo. Não importa quem
o faça.” finaliza Matthew às lágrimas. A injeção letal
mata a pessoa lentamente com três doses. A primeira é uma anestesia; a segunda
implode o pulmão e a última o coração. Assistir a morte de alguém não é nada agradável. Não
há alívio e nem paz.
EUA, 1995, 2h02min. Baseado do livro homônimo
da Freira Helen Prejean. Susan Sarandon ganhou o oscar de melhor atriz pelo
desempenho no filme.
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