Chega
uma fase da vida que precisamos ter conquistas significativas para continuar
tendo vontade de viver. Uma casa, carro, filhos, bom emprego, amigos fiéis,
dinheiro, alguém... sei lá. Seguimos essa lógica.
Mas a vida é ilógica! Ela não segue
roteiros e não obedece a vontades humanas. Não está ao nosso controle. Estamos
numa rota de colisões e circunstâncias envolvidos em situações inesperadas. “Nunca
saberemos aquilo que nos espera.” A qualquer momento pode ser o início ou o fim
de algo.
O que deveria ser empolgante e
estimulante foi transformado em medo e ansiedade. Ficamos aflitos com o
inesperado e frustrados com aquilo que não está ao nosso controle. Queremos a
todo custo a segurança da felicidade. Elaboramos um roteiro para a vida e
desejamos intensamente que ele se realize. Se o roteiro não é seguido, então são
“mãos na cabeça” e “E agora? O que faço?”
Não se ensina a viver. Não se
ensina a confiar. Não se ensina a acreditar. Não se ensina a aceitar. Não se
ensina que tudo tem um preço. Se ensina a ser dependente de planos, ideias e
promessas. Tudo deve ser como na minha cabeça. Mas não é bem assim, não é?
Sempre temos alguma história
triste a contar. Traições, desapontamentos, cansaços, falta de esperança,
fracassos. Cria-se uma pressão em ser feliz e exterminar urgentemente aquilo
que atrapalha. Mas se sofremos por conquistas tão distantes, não deveríamos parar
para pensar? “O que estou fazendo da minha vida? Toda essa preocupação e cobranças
exageradas são necessárias?”
Talvez o caminho para a felicidade
seja um, mas é preciso seguir algumas estradas até chegar a esse caminho. Essas
estradas mudam demais! Precisamos mudar! Mudar a direção da vida! Mudar os
pensamentos! Mudar as atitudes! Fazer da desgraça, Graça! Talvez consigamos
almejar alguns itens daquela lista escrita lá em cima. Mas é preciso ter a
capacidade de se reinventar e suportar demoras e sofrimentos. Onde tem que ter
uma crença bem forte, verdadeira e pura. Que nos façam continuar em pé. Quem sabe
assim, acertemos o caminho da “Tal da dona felicidade”.
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