Durante toda a vida somos extremamente necessitados de carinho, atenção, compreensão e, sobretudo de afeto e presença. Pode-se entender o afeto como uma “ligação forte” e a presença como transmissão de segurança.
Em meio a pressa e ao individualismo, típico do nosso tempo, está difícil essa ligação forte e sobram ausências.
Solidão incomoda quando não vem de escolhas, mas de imposições da vida. Estar só é perceber uma falta. Nesta falta achamos de forma errada que somente uma pessoa vai supri-la.
Estar apegado a alguém é muito dolorido quando se espera muito dela.Às vezes estamos vivendo uma vida que não é nossa. Demos liberdade demais a algumas pessoas para nos dominarem. E achamos que não conseguiremos viver sem elas.
A necessidade exagerada de atenção pode despertar a vontade de mascarar sentimentos e emoções. Falar e mostrar o que não se deve. Criar uma imagem errada do outro e de si mesmo.
Necessidades sempre vão existir. Mas precisa-se de ordem. Difícil se valorizar, planejar e ter foco se passa o dia a ver “status” e publicações da vida do outro. Num mundo violento, perigoso e pervertido precisa-se ser criterioso. Uma pessoa pode sim acabar com a vida da outra. Deixando-a nula, escrava, desanimada, desmotivada e submissa.
Se
a cultura impõe uma pressão e uma “obrigação” em ter alguém é preciso escolher
e conviver com pessoas que pensam o oposto. Que querem ser felizes sem se
destruírem e sem se enganarem. Necessário mudar a mentalidade, os valores, os
conceitos, as companhias, a visão de mundo.