terça-feira, 10 de abril de 2012

O BIBLIOTECÁRIO, O PROFETA E O OTIMISTA


       Neste artigo vou falar um pouco da minha futura profissão, O Bibliotecário. Volta e meia leio em artigos e escuto as pessoas dizendo: “Nossa profissão não é valorizada!” Nessa frase eu reflito: “E que ou quais são as profissões que são valorizadas?” Professor, A PROFISSÃO MAIS IMPORTANTE que existe(afinal se sei ler e escrever é por causa dele) é valorizada? Os médicos, responsáveis pela nossa saúde interna e externa, são valorizados? Olha nossas escolas públicas, nossos hospitais públicos, estão uma lastima! Fica difícil dizer que bibliotecas são importantes em um local em que as pessoas não têm nem o básico. Pra quê falar de livros se uma criança de 10 anos nem entende e nem decifra o que tá escrito?  Por que falar de livros, cultura e conhecimento se a pobre coitada desaba de fome ou pela falta de atendimento médico? Dar vontade é de chorar diante de tudo isso.

      Então, o que fazer? Bem, primeiramente não “apontar dedos” sem antes conhecer. É preciso conhecer o meio que lhe cerca. Sendo bem direto, saber da situação financeira, política e cultural do local onde vive. Quando você começar a ir atrás do que quer saberá com certeza de como o sistema funciona. Todo esse processo serve pra quando alguém perguntar: “Por que não fizeram isso?” Aí você responde: “Eu tentei, mas aconteceu isso e aquilo...”. Segundo, é de fundamental importância de que você ame o que faz. Vejam, AME! Significa não dar MUITA importância pro dinheiro. Pensar no mínimo pra ter o que comer e ter um teto pra morar. Você não é o que TEM e sim o que FAZ! “Ah e meu cônjuge, dinheiro, carro?” Reconhecimento vem quando nos esforçamos quando estamos por baixo, quando não temos nada e queremos algo. Se você quer só ter carro e dinheiro, as pessoas só vão atrás de você por causa deles, ou seja, elas vão embora quando você não as tiver mais. Felicidade no TER MATERIAL é tristeza!

       É necessário ter atitude e coragem de se mostrar. Comunicar a todos o que faz e a importância do seu serviço, não pra se mostrar, mas para informar. E o problema é este: Não somos( bibliotecário(a)s ) conhecidos. Deixar a vergonha de lado e falar, falar como forma de respeitar aqueles que tentaram fazer algo para a Biblioteconomia. O trabalho nunca vai ser e nunca será do jeito que a gente quer. Vai ter muitos problemas e vamos ter que resolvê-los. E é aí onde mora nosso mérito. O fato de criarmos e reinventarmos, reinventarmos, reinventarmos...

       Aqui no estado onde moro, Piauí, estamos numa “onda de greves”. Professores, médicos, agentes penitenciários e futuramente ou de vez em quando os bancários, motoristas e cobradores, policiais e pasmem, os funcionários públicos (rsrsrsrsrs). Os motivos são os mesmos, dinheiro, dinheiro, dinheiro e de vez em quando as condições de trabalho. E o resultado também é sempre o mesmo, promessas que futuramente não serão cumpridas e “pepinos” jogados para os outros governantes. O que adianta saber o culpado de tudo isso? Político não é preso e ladrão de galinha é. Tá tudo muito intenso. Viver está custando tão caro que tem pessoas se matando, seja no trânsito ou destruindo seus sentimentos com mágoas, raivas, invejas e ciúmes. Quase ia esquecendo de falar da violência que cada dia só aumenta.

       Futuramente as pessoas vão passar a ir mais a festas achando que o fim está iminente e pensando que qualquer momento é o último. Vai chegar um momento em que os valores morais vão ser todos quebrados e machucados. Vai ser a geração do “qualquer jeito e não tô nem aí”. Respeito só vai ser uma palavra e nada mais, assim como todas no dicionário. Sinceramente acho bem assustador e procuro não pensar no futuro. Se preocupar para quê? Eu não sei como vai ser o dia de amanhã. Podem acontecer tantos acontecimentos e imprevistos: O ônibus quebrou, acordei tarde, não tem energia no trabalho, o professor faltou. Adianta reclamar e ficar bravo?

       Que tal vivermos a vida? Não pensar no que fará nem no que fez, mas no que está fazendo? Carpem diem! Olhe o hoje, o presente molda os dois tempos. Se você não conseguiu realizar aquele sonho é porque não era pra acontecer. O processo vai ser muito difícil com solidão e tristeza rondando sua casa, mas é assim mesmo. Vai ser necessário termos a coragem de viver a vida mesmo que tudo não saia como planejamos. Caiu? Levante e siga adiante! Amém!


Walter Luis de Sousa Santos
Estudante de Biblioteconomia 7º Bloco
http://pt-br.facebook.com/people/Walter-Luis/100002496361389


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