domingo, 23 de janeiro de 2011

UNIVERSIDADE: DOIS ANOS DE EXPERIÊNCIA


       Sempre pensei que Universidade seria algo muito diferente daquilo que eu já tinha visto, que seria algo mais exigente em que veria professores altamente qualificados, estruturas ótimas. Cheios de trabalhos acadêmicos pra fazer. Ficaria sempre das 14:00 às 18:00 e chegava à noite em casa, enfim, que poderia aprender alguma coisa.

       QUE NADA. É até pior que o ensino fundamental e médio que tinham aquelas regras que hoje eu sinto falta.

       O primeiro ponto fraco é esse. Não existe regra nenhuma. Na sala todo mundo pode vir do jeito que quiser. Bermuda, short, camisa regata, camisa decotada, de chinelo. Parece até uma festa com tantas cores e formas. Quando a  coisa é deixada de qualquer jeito a conseqüência é que tudo fique de qualquer jeito.
       A Segurança é uma questão delicada. Até agora não teve nenhum incidente, mas deveria existir controle pra saber quem tá entrando na Instituição. Qualquer um pode entrar sem problemas e fazer o que quiser.

       Quanto aos professores me decepcionei muito com alguns deles. Achava que ia ser diferente, que eles seriam capazes. Ilusão minha. São mais fracos e piores que os dos ensinos anteriores. Uns não tem a didática mesmo, só chegam na sala de aula e “joga” o assunto pra gente se virar. Repete apenas o que está no quadro, não vai além, e no final pensam que estão fazendo um bom serviço. Coitados. Têm uns que preferem falar da vida deles. (Não vejo problema nisso.... MAS... o que importa saber dá vida do cidadão? Vai mudar meu intelecto? Vai cair em algum concurso? . O que acontece é que um ou dois podem achar interessante, contudo, 25 (Tô nesse meio) acham uma total perda de tempo. Tudo bem, não dói nada ele falar umas coisas, só que usar a aula toda pra fazer uma biografia é falta de consciência.
       Bem, eu vejo três motivos para isso. A primeira, a péssima formação dos professores. A segunda, eles vêem a Universidade como um “bico”. Estão ali só temporariamente, o outro serviço é mais rentável e melhor. Deixam sempre a Universidade em segundo plano. A terceira é que eles não sabem mesmo o que estão fazendo.

      Sobre as pessoas o que tenho a escrever é que pessoas são pessoas. Vai ter aquelas que você vai querer puxar um papo e outras que só basta um sorriso e um “E aí”. Vai gostar de fazer trabalhos somente com alguns e ignorar aqueles que não opinam nada, não fazem nada e esperam os outros fazerem alguma coisa. Gente que você vai querer está perto e guardar na lembrança e outros que não vai querer chegar nem perto e que muito menos vai querer lembrar-se dele. (Vocês já conhecem esse tipo!).

       Mas, o que posso dizer com esses dois anos de Universidade é que não espere pela Instituição e muito menos pelos professores. Eles já têm tudo resolvido e finge que se preocupam com você. Dê graças a Deus se conhecer um professor que saiba ensinar, que lhe motive. Cruzar com funcionários que saibam e tenham vontade de trabalhar. Pelo menos na minha realidade é difícil vê bons exemplos. Crie um foco. Estabeleça aquilo que quer e que lhe agrade. Busque as informações. Veja as referências nos planos de cursos e pesquise. Use a Biblioteca ou a Internet. Leia e leia muito. Manter-se informado é caminho pra mudar sua vida. Tente reclamar menos. As coisas não vão ser do jeito que você quer. Todavia não quer dizer que tenha que ficar parado, não, se mexa, fale, faça. É só está preparado pra vitória, pois a derrota é sempre esperada.

       É provável que essas opiniões mudem mais pra frente, mas no momento elas são estas.

Walter Luis de Sousa Santos
Estudante de Biblioteconomia 5º Bloco
suilsantos@hotmail.com

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