Um
juiz americano aposentado é encarregado de julgar quatro juízes alemães
nazistas responsáveis por permitirem as atrocidades contra os judeus. O filme
baseou-se vagamente em histórias reais como no caso Katzenberger de 1942.
Assistir
filmes que envolvam a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) é mergulhar na
complexidade de se observar até onde vai a liberdade humana e quais são suas
motivações. É a oportunidade também de voltar no tempo.
Numa
crise que envolve fome, desemprego e sentimento de desgraça e indignidade
homens comuns e até os mais talentosos são capazes de se enganarem e cometer
crimes tão bárbaros e atrozes que desafiam a imaginação.
Acompanhando
o enredo, os sentimentos gerados são mistos. De um lado é compreensível que sejam
responsabilizados aqueles que usaram cargos vitais para julgar, promulgar e
aplicar leis cujo propósito era o extermínio de seres humanos. Do outro, de ver
o esforço de uma parcela do povo em tentar passar uma imagem ao mundo que sua
pátria não se resume as monstruosidades que ocorreram.
Durante
uma guerra decisões são difíceis. Tomar parte? Se calar? Não querer saber? No
meio de tudo isso há o medo de pagar pelas consequências das decisões feitas. E
conviver com as lembranças por muito tempo.
Em nenhuma
parte do planeta nunca vai ser correto assistir a morte de homens, mulheres e
crianças. De ver a fé e a amizade serem objetos de escárnio. É correto buscar a
verdade, a justiça e mais ainda o valor de um simples ser humano.
Filme
ganhou dois oscars de melhor ator e roteiro adaptado.
De Stanley Kramer. Com Spency Tracy, Maximilian
Schell, Richard Widmark e Burt Lancaster. EUA, 1961, P&B, 3h07min.
Nenhum comentário:
Postar um comentário