segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

JULGAMENTO EM NUREMBERG (1961)

 

       

Um juiz americano aposentado é encarregado de julgar quatro juízes alemães nazistas responsáveis por permitirem as atrocidades contra os judeus. O filme baseou-se vagamente em histórias reais como no caso Katzenberger de 1942.

Assistir filmes que envolvam a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) é mergulhar na complexidade de se observar até onde vai a liberdade humana e quais são suas motivações. É a oportunidade também de voltar no tempo.

Numa crise que envolve fome, desemprego e sentimento de desgraça e indignidade homens comuns e até os mais talentosos são capazes de se enganarem e cometer crimes tão bárbaros e atrozes que desafiam a imaginação.

Acompanhando o enredo, os sentimentos gerados são mistos. De um lado é compreensível que sejam responsabilizados aqueles que usaram cargos vitais para julgar, promulgar e aplicar leis cujo propósito era o extermínio de seres humanos. Do outro, de ver o esforço de uma parcela do povo em tentar passar uma imagem ao mundo que sua pátria não se resume as monstruosidades que ocorreram.

Durante uma guerra decisões são difíceis. Tomar parte? Se calar? Não querer saber? No meio de tudo isso há o medo de pagar pelas consequências das decisões feitas. E conviver com as lembranças por muito tempo.

Em nenhuma parte do planeta nunca vai ser correto assistir a morte de homens, mulheres e crianças. De ver a fé e a amizade serem objetos de escárnio. É correto buscar a verdade, a justiça e mais ainda o valor de um simples ser humano.

 Filme ganhou dois oscars de melhor ator e roteiro adaptado.

De Stanley Kramer. Com Spency Tracy, Maximilian Schell, Richard Widmark e Burt Lancaster. EUA, 1961, P&B, 3h07min.

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