sexta-feira, 17 de setembro de 2021

007 – SPECTRE

 

   


O serviço de espionagem britânico está considerado ultrapassado fazendo com que a MI6 possa ser extinta e substituída por outra unidade em que suas operações se resumem apenas em vigilância. A pedido de M (Judi Dench) antes de morrer, James Bond vai ao México matar alguém mesmo sem ordens oficiais. Após incidentes ocorridos por lá é temporariamente suspenso de seus serviços. Com a ajuda de Q (Ben Whishaw) e Eve Moneypenny (Naomie Harris) decide fazer investigações por conta própria sem que o atual M (Ralph Fiennes) saiba. Através de um anel descobre a existência de uma organização onde seus três últimos vilões faziam parte dela. Com a ajuda de Mr. White e sua filha Madeleine, Bond chega até o líder dela. Esse homem está relacionado com alguns acontecimentos e fatos importantes de sua vida.

 

Os filmes de 007 perduraram no tempo através de uma fórmula infalível: uma ótima música na abertura( Nobody Does It Better de Carly Simon, Tomorrow Never Dies de Sheryl Crow, You Know My Name de Chris Cornell, Skyfall de Adele para citar algumas); belas mulheres, cenas de ação realistas, e as peculiaridades dos vilões e do Bond do momento. Mas o enredo era sempre o mesmo. O desafio dos realizadores, Barbara Broccoli e Michael G. Wilson era fazer com que um novo filme fosse mais instigante tanto aos fãs antigos como aos novos públicos.

Daniel Craig em Cassino Royale (2006) e nos filmes seguintes, Quantum of Solace(2008) e Skyfall(2012) colocou 007 no século XXI. Agora se ver um Bond mais humano, capaz de errar, de se apaixonar e dotado de um passado. Sem dúvida esses elementos ajudaram o agente se tornar interessante, afinal parte do público busca afinidades com personagens mais próximos da realidade.

Em Spectre (2015) a fórmula ainda está lá (inclusive a cena clássica de abertura). Mas a história iniciada nos filmes anteriores não acabou. Existe algo a ser contado e o público precisa saber do que se trata.

Neste filme deixa claro que as mulheres na vida de Bond fazem mais do que aparecer na tela. Ele vive por elas e faz escolhas por elas. Pena que todas têm um passado que vem a se tornar um problema. Vilões mais perigosos surgem. E algo sempre acontece colocando sua vida de cabeça para baixo. Ele corre, luta, investiga, atira, mata, foge. Para a vida de Bond não existe tempo, nem mesmo para morrer.

De Sam Mendes. Com Christoph Waltz e Davi Bautista. EUA, 2015, 2h28min. 


                                                                                Atualizado em 01/11/2022 

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