Pouquíssimos foram os livros
de literatura que li. Mais ainda foram os que li da primeira até a última
página. Comecei a ler os ditos “clássicos”. Tão rápido eu começava a lê-los,
tão rápido os abandonava pela falta de compreensão/interesse. Na época do
ensino médio ouvia os professores falando com tanta empolgação de alguns livros
que me empolgava. Só que quando eu ia ler.... Talvez se eu tivesse o hábito de
leitura desde cedo podia ser diferente. Não teve incentivo. Meus pais se
esforçavam para trazer o bendito dinheiro pra casa. Eram submetidos a
humilhações e injustiças. Quando chegavam em casa só queriam descansar. Mesmo se
quisessem fazer outra coisa o cansaço impedia.
Não posso colocar culpa nos professores. Já naquele
período (década de 90 do século XX e início deste) não eram motivados tanto por
si mesmos como pelo sistema de ensino. Fiquei acostumado a linguagens áudio visual,
mas sinto que alguém deveria ter me motivado, afinal não sabia de nada.
Só que num certo dia de 2003
meu pai chegou com um mangá (HQ japonês) de um desenho muito famoso (Dragon
Ball Z). As imagens somadas com as palavras num balão me despertaram ânimo e
vontade. Vontade de ler. A vontade só aumentou com outro mangá de outro desenho
famoso (Cavaleiros do Zodíaco). Lê-los era minha razão de ser entre 2003-2008. O
tempo passou e cresci. As necessidades de leitura mudaram. Tenho me apegado aos
livros de conteúdo espiritual (da Igreja Católica Apostólica Romana), a
biografias de roqueiros e aos de Sherlock Holmes.
Não começou do jeito que eu queria, mas hoje a leitura
faz parte da minha vida e fará até o final.
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