quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

SNIPER AMERICANO



             Lutar por quem? Por que lutar? Por que matar? O desejo de proteger o país que sofreu atentados terroristas onde inocentes morreram é forte. Se misturam raiva, vingança e senso de justiça, a necessidade de lutar pela vida e acabar com as ervas daninhas.

            Agora quando se pega numa arma e tem que escolher quem morre (mulheres e/ou crianças); ver dezenas de corpos sem vida; a ideia que poderá voltar sem vida; a difícil aceitação que um colega morreu e não vai voltar mais; e ao mesmo tempo ver os que sobreviveram estarem mais mortos do que vivos, não é fácil de suportar. A guerra não é para qualquer um. Quem sai de uma pensa que ela acontece na vida civil. Fica a toda hora num estado de alerta e ansiedade. O humor muda e a forma de tratar os outros também. As seqüelas são para sempre e uns nem conseguem se recuperar.

            É claro, fica a vontade de saber quem verdadeiramente se apresenta como vilão, culpado, as verdadeiras razões de arriscar a vida, afinal quem incentiva a guerra não está lá na linha de fogo.

            Sniper americano (American Sniper, 2014) conta a história verídica do militar Chris Kyle (1974-2013). Com 160 mortes confirmadas pelo Pentágono, Kyle é o atirador mais letal da história dos Estados unidos.



De Clint Eastwood, Com Bradley Cooper e Sienna Miller, EUA, 2014, 2h13min.

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