“Por suas feridas fomos curados" Is 53, 5.
De uns tempos para cá sempre procurei meditar a Paixão de Cristo, seja através de homilias, textos ou músicas. Mas nada até agora superou a versão que Mel Gibson nos entregou em 2004. Tem as imagens; o idioma é o original (aramaico e hebraico); é baseado nos Evangelhos( e não em versões de livros polêmicos); e as atuações são muito boas. E toda vez que assisto percebo uma coisa diferente.
A primeira vez que assisti só vi a violência. Depois quando comecei a ler os Evangelhos e vivenciar os Sacramentos (Eucaristia e Confissão) algo foi mudando. Mas a mudança veio mesmo com a missão da Comunidade Católica ORE em Bitupitá-CE em 2014. Ali pela primeira vez vivenciei uma Semana Santa, Santa. Nunca tinha encenado a Paixão Cristo (não, não interpretei Jesus. Fui o povo. Minha fala só foi: “Crucifica-o”. Kkkk) e nunca tinha participado da Vigília Pascal (a Missa de sábado) com suas longas leituras. Foi algo tão simples, só que bem transformador.
O filme dá uma dimensão do que foi o sacrifício de Jesus. A cena da flagelação incomoda, inquieta, faz a gente querer desviar o olhar (é a cena que não consigo mais assistir). A intenção é fazer a gente refletir nos nossos pecados. É abrir o nosso coração para unir os nossos sofrimentos aos sofrimentos de Cristo. É difícil entender isso sem a prática da religião. Diante da Cruz de Jesus entregamos a nossa vida com nossas dores, medos e angústias para o Redentor nos devolver em consolos e força.
Atualizado em 18/04/2025, Sexta-feira da Paixão.
De Mel Gibson. Com Jim
Caviezel, Maia Morgenstern e Monica Bellucci. EUA, 2004, 2h06 min
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