Ninguém
consegue viver sem acreditar em algo. Se acredita em Deus ou em pedras ou
em energias ou em espíritos ou em coisas ou em si mesmo. Quem diz que não
acredita em nada na verdade já está acreditando em alguma coisa! Não tem como
ficar em cima do muro. Ou se acredita ou não.
Se
acredita não para defender que sua religião é a melhor, forçando os outros a
participarem dela. A crença confere uma identidade à pessoa.
Portanto
ela precisa ser não só dita, mas vivida. Se digo que pratico alguma religião,
preciso saber sua história, sua fundação, sua doutrina, preciso conhecê-la para
poder praticá-la e falar dela aos outros quando for necessário. Quem não sabe
no que se está acreditando fica perdido, confuso, vacilante, instável.
A
crença pode ser objeto de salvação quando perdemos tudo, até o sentido de viver
a vida, nos dando um novo impulso, um ar novo de viver.
A
religião nunca deve ser usada como meio de se promover ou como forma de fuga da
realidade. É bom praticá-la com serenidade e bom senso sem esquecer dos
compromissos e responsabilidades. Sem esquecer que o que importa é a maneira de
como se trata as pessoas. Dar uma de esquisito, estranho, hipócrita não convém.
Embora
tenhamos muitas opções de crenças não tem como abraçar todas. Ou é uma ou é
outra. Assim como somos um: temos uma vida, um coração, uma alma, e um corpo,
não tem como estar em dois lugares ao mesmo tempo. Não tem como obedecer vários
senhores. É preciso estar firme e perseverante. Por isso é importantíssimo
avaliar: minha religião ou aquilo que acredito está me fazendo bem? Está me
dando uma qualidade de vida? Está me fazendo uma pessoa melhor? Está melhorando
minha relação com as pessoas?