sábado, 4 de maio de 2024

THE BEATLES: A HISTÓRIA POR TRÁS DE TODAS AS CANÇÕES


 

Das bandas que escutava na adolescência, os Beatles é a única que continuo ouvindo.

Há muitas razões para isso.

1. As músicas eram (são) boas. Quando deixaram de fazer apresentações ao público em 1966, os membros da banda passaram a ter mais tempo para se dedicar como artistas. Eles queriam se aperfeiçoar como músicos, explorar novas possibilidades. O processo de compor, tocar e gravar as músicas mudou. Usavam instrumentos diversos e as letras falavam de temas variados. Em vez de falar apenas de amor, elas passaram a mostrar seus verdadeiros sentimentos e como estavam enxergando o mundo.

Uma guarda de trânsito, uma cachorra, um orfanato, uma rua, notícias de jornal, propagandas de televisão, sonhos, desenhos de criança, um submarino, coisas místicas, tudo era fonte de inspiração.  Isso se refletia nas melodias, nos arranjos e na harmonia vocal.

2. O que explica o sucesso da banda? Eles eram bons músicos, mas já existiam melhores do que eles. Talvez os trabalhos do produtor George Martin e do empresário Brian Epstein ajudaram a dar uma cara ao quarteto diferenciando-os das outras bandas.

3. Alguns feitos até hoje são insuperáveis. É a banda que mais alcançou o top das paradas de sucesso. A que mais vendeu discos. A que bateu o recorde de lançamentos de discos em curto tempo (lançou dois por ano com músicas inéditas entre 1963 e 1965). E a que depois de 50 anos de seu término ainda hoje é lembrada por muitos.

4. Ouvir os Beatles é sentir saudade. De pessoas, de um momento, de um lugar, de um cheiro, é sentir algo bom.

Vale apena ouvir a discografia da banda. Especialmente Help, Rubber Soul, Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band, White Album, Abbey Road e Let it Be.

TUNNER, Steve. The Beatles: a história por trás de todas as canções. Tradução de Alyne Azuma. São Paulo: Cosacnaify, 2009. 384p.


quinta-feira, 11 de abril de 2024

AUTOCONTROLE E LIBERDADE

 


“Se quer permanecer são de corpo e de espírito, é necessário tomar a sólida resolução de dominar-se a si mesmo e permanecer fiel a este propósito durante toda a vida.” E. de Feuchtersleben.

“O conhecimento de si mesmo abre uma trilha para descobrir hábitos, tendências, perturbações, emoções, qualidades interiores. Não precisa de olhos, mas de silêncio e reflexão.” A. De Simone

Livre é a pessoa que escolhe conscientemente a vida que se quer viver e o uso que fará dela. É comportar-se com base nas referências e nos valores-base que carrega. O trabalho, o bem comum e a família constituem esses valores. Escolher amigos, companheiro(a)s, religião, profissão, leituras é também escolher o ambiente onde se crescerá na vida. 

É livre quem consegue se controlar. Quem é controlado se observa. Não ignora suas emoções. Consegue ter uma vida organizada, além de ter comportamento adequado diante de certas situações.

Agora não é fácil exercer a liberdade. A liberdade é confundida em ser uma pessoa “solta” de toda e qualquer norma e disciplina. Isso não acontece, pois na prática fica-se submisso a desejos e incapaz de resolver conflitos internos. O que essa “liberdade” faz na verdade é transformar o ser humano numa pessoa que busca soluções que não se encontram na realidade e que atribue aos outros responsabilidades que são suas. No final a pessoa se encontra desesperada, angustiada, insegura, cercada de dúvidas que a levam ao pessimismo. Controlar-se também não é fácil. Há as fraquezas, as limitações, os tropeços.

A pessoa precisa estar amparada por algo que seja eterno e seguro. Além disso, ter a coragem de dar uma resposta adequada e profunda aos tantos porquês da vida e às suas muitas mensagens.

“A fé em Deus é de grande ajuda para quem tenta dar, uma vez mais, coerência e esperança à própria vida.”

O evangelho de Cristo confirma e aperfeiçoa o comportamento humano. Aliás, Jesus é o modelo de ser humano por excelência.

CANOVA, Francesco. Autocontrole e liberdade. 4 ª edição. Tradução Haroldo Reiner. São Paulo: Paulinas, 2002. 80p. (Coleção Psicologia e Personalidade).

quarta-feira, 6 de março de 2024

COMO VENCER A TIMIDEZ


 

Timidez é conceituada no dicionário como um sentimento de insegurança causado por medo do ridículo e do julgamento dos outros.

É visto como problema quando afeta o desenvolvimento da pessoa e sua relação com os outros.

A pessoa que é tímida tende apresentar baixa autoestima. Não se enxerga como alguém capaz de fazer e conquistar algo; Dar importância demais ao que os outros estão falando ou pensando a seu respeito; Prefere o isolamento; Às vezes procura exibir-se pensando que é excepcional, fora do comum, superior aos outros e nega responsabilidade por algumas escolhas.  

Espera demais da vida e das pessoas. 

Ao perceber que as coisas não são assim fica tão desiludida a tal ponto que acha necessário ferir, buscar vingança, odiar o próximo. 


Como reverter isso?

 

Não é uma tarefa fácil. Ajuda quando a pessoa se propõe a:

 

Ø  Descobrir e reconhecer os motivos que traz vergonha;

Ø  Aceitar as próprias fraquezas, inseguranças e indecisões;

Ø  Ser honesto com os próprios sentimentos;

Ø  Conhecer o próprio valor, o papel que desempenha na sociedade (ou o verdadeiro papel que Deus confiou);

Ø  Questionar-se quanto às razões profundas que estão por de trás das atitudes;

Ø  Ir de encontro das pessoas com simplicidade e humildade;

Ø  Compartilhar a própria vida;

Ø  Não focar tanto em si mesmo para assim se comportar de modo natural, espontâneo e autêntico;

Ø  Gostar de si mesmo;

Ø  Amar o próximo sem querer transformá-lo, sem esperar algo em troca;

Ø  Dar ao outro o que gostaria de receber;

Ø  Perdoar, pois perdoar é libertar-se do passado;

Ø  Não contar sempre consigo mesmo;

Ø  Saber que ganhou esta vida para desempenhar um papel que pode ser diferente do outro;

Nosso verdadeiro ser encontra-se em nossa alma. Sem esse conhecimento passamos a mendigar afetos, buscar consolações, buscar ser compreendidos e procurar emoções para preencher um vazio.

A fé pode ajudar. Ao ter consciência que é amada por Deus, a pessoa se liberta de expectativas e julgamentos dos outros.

ALBISETTI, Valerio. Como vencer a timidez. Tradução de Clemente Raphael Mahl. São Paulo: Paulinas, 2004. 80p. (Coleção Psicologia e você). 

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

COMO SE ESTAR VIVENDO O AMOR?

O amor vence a depressão. Arranca o sujeito de si mesmo e direciona-o para o outro.

É um relacionar-se com outra pessoa conhecendo sua individualidade e seu mistério.

É um deixar-se ser fraco para ao mesmo tempo sentir-se forte.

 

O filósofo, professor e escritor coreano Byung-Chul Han discorre no livro Agonia de Eros o quanto o amor vem perdendo espaço atualmente num mundo onde a pessoa tem à sua disposição escolhas infinitas de liberdade e multiplicidade de opções.

·         O ser humano vive constantemente comparando tudo com todos.

·         Não consegue mais estabelecer claramente os próprios limites.

·         Sobrecarrega-se querendo controlar tudo de maneira exagerada e doentia.

·         Acha que é livre por não está submisso às ordens de alguém.

·         Trata o próprio corpo como mercadoria.

·         Busca no outro a confirmação de si mesmo ou o enxerga apenas como objeto de excitação.  

·         Não quer mais se relacionar.

·         Evita o sofrimento a todo custo.

·         Cuida de forma exagerada a própria saúde.

Byung afirma que nada verdade isso não faz do ser humano uma pessoa realmente feliz. Pois agora ela explora a si mesma e por decisão pessoal. Vive por viver, permanecendo igual a todo mundo. Sem rumo, sem descanso e sem paz.

Apesar dessa exposição séria e preocupante, o autor é esperançoso.

A vida com seus mistérios pode surpreender e ensinar que uma desgraça desastrosa pode converter-se inesperadamente em graça e salvação. A relação com o divino faz a pessoa perceber a verdadeira “essência do amor”. Esquecendo um pouco de si mesmo, a pessoa passa a renunciar algo e a olhar o negativo “diretamente nos olhos”, além de descobrir formas de enfrentá-lo.

HAN, Byung-Chul. Agonia do Eros. Tradução de Enio Paulo Giachini. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017. 96p.

domingo, 7 de janeiro de 2024

O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON (THE CURIOUS CASE OF BENJAMIN BUTTON)


Assistindo novamente O Curioso Caso de Benjamin Button, o que mais percebi foi o enfoque que filme dá ao tempo, envelhecimento e a morte.

A história começa com uma idosa Daisy Fuller (Cate Blanchett) numa cama de hospital prestes a morrer. Conta a sua filha a história de um homem que após perder o filho na Primeira Guerra Mundial faz um relógio com os ponteiros andando em sentido anti-horário. Daisy pede a ela que pegue e leia um diário que está em seus pertences. Nele há a história da vida de um homem, Benjamin Button (Brad Pitt). Sua mãe morre no parto. Ao ficar horrorizado em ver sua aparência, seu pai o abandona num lar de idosos. Benjamin tem aspecto de um velho e está com os dias contados. É acolhido por Queenie (Taraji P. Henson), uma cuidadora, que decide tomar conta dele nos seus próximos poucos dias de vida. Só que a medida que o tempo vai passando ele não dá sinais que vai morrer. De forma misteriosa vai rejuvenescendo. Benjamin vai conhecendo e se despedindo de pessoas. Têm suas primeiras experiências de vida: Sai de casa para passar um tempo trabalhando no barco do capitão Mike (Jared Harris); Vive o primeiro amor; E ver um pouco do horror da Segunda Guerra Mundial. Ao retornar para casa conhece seu pai biológico que está morrendo e herda toda sua herança. Chegando na casa dos 40 anos vive um romance com Daisy, uma paixão que ele conheceu quando ela era uma menina. Quando a primeira filha deles nasce, Benjamin fica preocupado, pois acha que não terá capacidades de cuidar dela por causa de sua condição.

Todos vamos envelhecer. As forças não serão as mesmas, as limitações surgirão e não seremos tão independentes. A morte também vai chegar. Um dia vamos morrer e as pessoas que amamos também.

Agora esses dois acontecimentos não nos impede de viver. Ir a lugares diferentes, conhecer novas pessoas, colher novas experiências (boas e dolorosas).

E o tempo? Não podemos pará-lo ou querer que ele ande para trás. O que resta é escolher o que fazer com o tempo que temos.

Com o passar do tempo, O Curioso Caso de Benjamin Button ainda continua interessante. Seja pela história, pelo elenco, trilha sonora e os temas abordados.

Dirigido por David Fincher. Roteiro de: Eric Roth. História de: Eric Roth e Robin Swicord. Com: Tilda Swinton. EUA, 2008, 2h46 min.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

FRASES SOLTAS DE UM FINAL DE ANO

 

 

 

Ganha-se uma vida não para fazer aquilo que se quer

Coração, mente e memória tem que se convencer disso

 

É preciso lutar e ser corajoso

 

                                                                    Viver a vida fazendo algo concreto

 

Há uma missão, um sentido, um papel a se cumprir

Pode ser feito com a vida que se tem

Não olhando para o passado querendo viver algo que não volta mais

E nem ficar ansioso por um futuro que não aconteceu

 

                                                       Algo tem que ser deixado para trás

 

Se não encontrar um propósito

Um motivo pra viver

Fica-se eternamente perdido,

Eternamente caindo nos mesmos erros

Olhando, buscando, imaginando, fantasiando...

...uma vida que só existe na cabeça

 

                    Algo em si mesmo precisa mudar

 

É preciso querer e querer de verdade

 

Aceitar

Que não é a hora, nem o momento

Que aquilo que se deseja não vai ser como esperado

Que não dará felicidade

 

 

A vida evita sofrimentos maiores e reais

 

Aceitar o que não aconteceu

 

                  Dar pra ser melhor sem se parecer com os outros

 

 

A vida e as pessoas não são como estar na cabeça

 

Não se vive de ideias e fantasias

 

 

Tudo

Tem

Seu

       Momento

        e o que for

             Pra acontecer

      Acontece

 

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

SUPERANDO A PARTIDA DE PESSOAS QUERIDAS

 

Perder alguém nunca é fácil. Ainda mais se tivermos uma ligação afetiva forte com ela. Apesar de ser dolorida, a morte nos traz a certeza de que não viveremos para sempre. As pessoas que amamos não vão estar sempre conosco. Isso traz sentimentos de tristeza, solidão e vazio fazendo surgir incertezas a respeito do que poderá acontecer depois. “Como as coisas serão sem você?” (Alguns têm medo do julgamento de Deus por aquilo que fizeram ou não durante a vida).

Na verdade, a morte é a oportunidade de darmos um novo significado a nossa vida. De reorganizá-la e reajustá-la. E entender também que:

§  A Fé se mostra importante na hora de superarmos a partida da pessoa querida. E não só isso. Nos ajuda a seguir em frente;

§  O luto é uma fase. Ele precisa ser vivido, mas tendo consciência que não durará pra sempre. O luto dura em média 2 anos, onde neste período a realidade da perda se torna concreta e extremamente dolorosa, além da alternância entre dias bons e maus serem comuns;

§  Falar dos sentimentos: raiva, culpa, tristeza, desânimo. Expressar dor e emoções é libertador;

§  Aceitar a realidade da perda. A dor não durará para sempre;

§  Cultivar espiritualidade. No caso, praticar alguma religião. A vida não é apenas as “coisas visíveis”;

§  Não usar o luto para se aproveitar das pessoas;

§  Não há necessidade de se comunicar com ente querido que esteja no além. (No cristianismo basta confiarmos na Revelação Divina que consta nos Evangelhos);

§  Concluir o luto. Ele termina quando ao pensar no falecido não se sente mais dor e sim vontade de levantar a cabeça e continuar vivendo.

§  Não precisa ser religioso para perceber que não estamos nesta terra somente para produzir e consumir. Nenhum dinheiro do mundo nos protegerá de morrer quando chegar a hora. A vida é feita de escolhas cujas consequências são imediatas ou futuras.

 

MORAIS, Cristiano Batista de. Falar da morte para viver alegre e esperançoso. Halley: Piauí, 2019. 268p.

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