A Fé Católica não oferece métodos ou exercícios para a vida sexual e sim conceitos claros da nossa moral.
A
Igreja ensina que o único lugar adequado e lícito para a vida sexual é o
casamento, como expressão do amor conjugal e da geração dos filhos. Fora do
casamento a vivência sexual é um desastre. O sexo existe para dar ao casal
humano unidade e alegria.
O que
deve mover o casal é a busca da santidade. Não é apenas saber o que deve ou não
fazer na vida matrimonial. O amor conjugal deve expressar o amor divino. Para
ele acontecer é preciso que o casal lute contra aquilo que impede a
manifestação desse amor: o pecado.
O
pecado não é apenas a ruptura entre Deus e a humanidade, mas também entre o
homem e a mulher. O amor entre ambos se vê ameaçado pelas infidelidades,
ciúmes, brigas, desejos de dominação e pelos prazeres do mundo.
A
nossa sociedade promove o sexo acintoso, sem responsabilidade e compromisso,
faz dele uma mercadoria de consumo. A internet é o campo disso, pois é
traiçoeira e pode viciar.
Outro
motivo que deve mover o casal é o desejo profundo de construir a vida juntos. É
uma decisão séria, portanto é importante não queimar algumas etapas antes do
casamento. A castidade ajuda a defender o amor dos perigos do egoísmo e da
agressividade além de permitir a cada um se conhecer melhor.
Existe
uma finalidade profunda no sexo além do prazer. Pois ele manifesta quem somos e mostra nosso caráter. Toda a
pessoa deve participar desse ato, não podendo ser apenas um ato biológico e
mecânico. Cada cônjuge não pode buscar apenas o prazer e fazer do outro um
“instrumento de gozo”. Por isso a satisfação sexual do homem e da mulher
depende de reações emocionais, afetivas, físicas e espirituais. O prazer no ato sexual é uma consequência da
intimidade entre o casal, exprime o que está no fundo da alma de cada um.
É
preciso saber que o prazer sexual nunca poderá ser o mais importante no
casamento. Só em Deus satisfaremos plenamente as nossas tendências naturais. A
busca exagerada do prazer no casamento deixa o casal numa ansiedade negativa e
numa angústia inconsciente, tornando-os psicologicamente abertos a tentar
consegui-lo de maneira anormal ou imoral.
Fonte:
AQUINO,
Prof. Felipe. Vida sexual no casamento.
16ªed. Lorena-SP: Cléofas, 2018. 144p